Mapa participa de simulado de prevenção da entrada de praga que atinge bananas
Ocorrência da praga FOC R4T foi confirmada na Colômbia. Mapa vem adotando medidas preventivas para impedir a entrada da doença no Brasil
O vice-presidente Norte da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Zilto Donadello, participou das discussões sobre alternativas para aprimorar o seguro rural no Brasil, na Cátedra de Agronegócio da Academia Nacional de Seguros e Previdência. O evento ocorreu na última terça-feira (26.11), em São Paulo, e reuniu especialistas em estatística, seguradoras, economistas, corretores de seguros e produtores rurais de diferentes regiões do país para discutir os gargalos que impedem uma maior penetração dessa ferramenta de mitigação de risco na atividade agropecuária.
Zilto Donadello pontua que a agricultura brasileira é referência mundial na produção de alimentos, tanto em volume quanto em qualidade, mas que em contrapartida não encontra apólices de seguro adequadas e com normas claras voltadas ao setor. “O Brasil desempenha suas atividades em cerca de 63 milhões de hectares, mas apenas 5 milhões é segurada, isso representa menos de 10%, percentual muito baixo. Precisamos de seguros com regras transparentes, com riscos corretamente quantificados e a um custo apropriado. Outra questão importante são os canais de venda, o produtor precisa escolher o seguro por entender a importância e não como venda casada. A Aprosoja é veementemente contra isso, pois além de representar um abuso da instituição ainda inibe a criação de uma cultura voluntária de gestão de risco. E alerto, se o produtor não tiver renda não haverá produção, então, todos devem se empenhar para garantir a rentabilidade no campo”, enfatizou.
Para Donadello o seguro rural daqui para frente vai ser, verdadeiramente, um mitigador de riscos. “A partir do momento que outros investidores se interessarem pela agricultura brasileira, seja ele estrangeiro ou não, a demanda por bons seguros vai crescer rapidamente. Precisamos estar prontos para essa nova realidade”, ressaltou.
Neste sentido, é preciso que o produtor esteja preparado, munido de todas as informações da propriedade como dados de produção, custo, valor de venda, podendo no futuro captar um crédito mais vantajoso.
Um dos palestrantes do evento, Fernando Pimentel da Agrosecurity, afirmou que cerca de 58 milhões de hectares no Brasil estão desprotegidos, o que explica o problema de um financiamento difícil e caro para as atividades agropecuárias no país. Ele destacou a importância do seguro rural para o financiamento agrícola brasileiro. “E aqui temos elemento externo que pode impedir a recuperação do credito que é a seca, excesso de chuva, etc. Essa é a peça que falta aqui no Brasil, teoria do crédito que norteia os trabalhos dos financiadores e aqui inexiste”, alertou.
Pimentel aponta que enquanto nos Estados Unidos, Canadá e Europa, 95% têm cobertura de apólice, no Brasil não temos nem 10%. Mais de 50% do crédito que vai para produtor rural hoje não sai de banco, mas sim de cooperativas, por exemplo. “A leitura do Banco Central é de subvenciar, aumentar a utilização do seguro para trazer voluntariamente o financiador, mas precisa de uma melhor adequação. Nossa estatística não é boa e gera uma cobertura ruim com prêmio alto, é preciso tratar tudo isso de maneira sistêmica para poder recriar o seguro rural no pais”, defendeu.
Também foi discutido no evento, o seguro para custeio, seguro de produção e seguro de faturamento e receita.
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