Ajustes na área semeada impulsionam expectativas para a safra 2023-24

Apesar dos desafios climáticos, a produção total de grãos está prevista em 295,45 milhões de toneladas para a temporada

14.05.2024 | 09:48 (UTC -3)
Revista Cultivar

A área semeada para a soja na safra 2023-24 foi ajustada após a identificação de novas áreas de cultivo em diversos estados. O mesmo ocorreu para o milho 2ª safra. Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Apesar dos desafios climáticos, a produção total de grãos está prevista em 295,45 milhões de toneladas para a temporada.

Ainda não é possível determinar as perdas exatas no Rio Grande do Sul. O acesso às propriedades está dificultado devido ao elevado nível de água. A produção de arroz está estimada em 10,495 milhões de toneladas. As chuvas no Rio Grande do Sul devem causar perdas em pelo menos 8% da área plantada. Nos outros estados, a colheita avança com estabilidade climática. Até 5 de maio, cerca de 80,7% da área semeada já estava colhida, com bons rendimentos.

A segunda safra do feijão apresenta bom desenvolvimento. No Paraná, as chuvas foram irregulares, mas as condições climáticas melhoraram. Em Minas Gerais, houve um leve aumento na área plantada, com boas condições de umidade do solo. A produção nacional de feijão deverá atingir 3,32 milhões de toneladas, 9,5% a mais que a safra anterior.

A estimativa para a colheita de milho é de 111,64 milhões de toneladas, 15,4% a menos que a temporada passada. A primeira safra teve produtividade inferior em muitos estados. A segunda safra apresenta condições variadas: bom desenvolvimento em Mato Grosso, mas estresse hídrico em outros estados.

A produção de soja, sem a catástrofe climática no Rio Grande do Sul, seria superior a 148,4 milhões de toneladas. A estimativa atualizada é de 147,68 milhões de toneladas, 4,5% a menos que a safra anterior. A área total cultivada é de 45,7 milhões de hectares, 3,8% a mais que na safra passada. As produtividades foram inferiores devido às condições climáticas adversas.

Para o algodão, espera-se um crescimento de 16,7% na área cultivada, com boas perspectivas de mercado. A produção deve atingir 3,64 milhões de toneladas, um recorde histórico.

Por sua vez, a semeadura do trigo começou em alguns estados, mas no Rio Grande do Sul o plantio será atrasado devido às chuvas.

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