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A festa da soja já tem data marcada. Isso porque a 15ª edição do Fórum Nacional de Máxima Produtividade do CESB será realizada em 29 de junho, no Hotel Royal Palm de Indaiatuba.
Será o grande momento de reunião e revelação dos vencedores do Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja, ou seja, dos melhores produtores e consultores especialistas em soja de todas as regiões do Brasil.
O Desafio é dividido em duas categorias: sequeiro e irrigado. A categoria sequeiro apresentará os campeões regionais (Centro-Oeste, Sul, Nordeste, Norte e Sudeste), que concorrerão ao prêmio de campeão nacional. Já a categoria irrigado terá diretamente o campeão nacional.
Durante o Fórum, que terá transmissão ao vivo pelo Canal Rural, a partir das 8h30, serão apresentados e revelados também, os números inéditos de produtividade mediante exposição dos Cases Campeões da Safra 22/23, por parte dos especialistas e membros do Comitê Estratégico Soja Brasil.
De acordo com Marcelo Habe, presidente do CESB, o Desafio de Máxima Produtividade é uma importante ferramenta de inovação e de transferência de tecnologia para o produtor. “O Desafio reforça o principal objetivo do Comitê, que é contribuir para o crescimento da produtividade da cultura da soja, e de seu sistema produtivo, com sustentabilidade e rentabilidade. Este objetivo se materializa principalmente quando o produtor seleciona as tecnologias mais impactantes e financeiramente viáveis aplicadas na área do Desafio e as aplicam na sua área comercial, resultando em aumentos da produtividade”.
“O Fórum é um momento único, de celebração de conquistas importantes, não só da sojicultora nacional, mas do agronegócio brasileiro. Diversas informações serão apresentadas como forma de divulgar e incentivar as boas práticas produtivas”, acrescenta.
Com 6.500 participantes, a 15ª edição do Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja registrou recorde de inscrições e aproximadamente 750 auditorias já realizadas.
De acordo com Lorena Moura, coordenadora técnica do CESB, o rigor do processo de auditoria é a chave principal que garante a confiabilidade do Desafio de Máxima Produtividade de Soja do CESB.
“Todo o processo segue um protocolo que foi elaborado e patenteado para que seja realizado da mesma forma em todas as regiões do Brasil por todos os auditores. O processo é criterioso e inteiramente acompanhado de perto por um auditor e documentado com fotos, que trazem a data, horário e as coordenadas daquela fotografia”, pontua a coordenadora técnica do CESB.
Lorena explica que a carga com os grãos colhidos é enlonada, lacrada e escoltada pelo auditor até à balança. “Além disso, o auditor acompanha a classificação dos grãos (medições de impurezas, umidade e peso de mil grãos) pelo armazém. Ao final do Desafio, os produtores e consultores recebem um laudo da auditoria realizada com todas as informações do manejo da lavoura colhida e resultados da produtividade da área”, acrescenta.
Nesse ano, o Comitê Estratégico Soja Brasil completou importantes 15 anos de atuação, com resultados comprovados e contribuições efetivas ao desenvolvimento da sojicultura nacional.
Tudo começou no ano de 2008, quando profissionais e especialistas que buscavam aumentar a produtividade da soja no Brasil se reuniram e criaram um grupo.
A ideia central era proporcionar um ambiente nacional e regional que estimulasse os sojicultores e os consultores técnicos a desafiar seus conhecimentos e incentivar também o desenvolvimento de práticas de cultivo inovadoras, que possibilitassem extrair o potencial máximo da cultura, com sustentabilidade e rentabilidade.
Nascia nesse momento o Comitê Estratégico Soja Brasil, o CESB, uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), sem fins lucrativos.
Luiz Antonio da Silva, atual Diretor Executivo do CESB, lembra que os desafios eram grandes. “Na década dos anos 2000, a média produtiva da Soja, segundo dados da CONAB, estavam estacionados na casa de 43 sc/ha, porém a academia e também observações em nível de campo, mostravam que estávamos ainda distantes do teto produtivo do cultivo”, lembra.
“Começamos a identificar produtores e consultores que conseguiam, de forma constante e sustentável, alcançar altas médias produtivas e mapeamos quais as técnicas e as práticas utilizadas para o atingimento destes níveis produtivos. Na sequência, passamos a compartilhar estas informações de forma estruturada e democrática a todo sistema produtivo da soja para que produtores, em nível nacional, pudessem assimilar e incluir em suas práticas de cultivos tais informações para atingirem o incremento médio sustentável do cultivo”, acrescenta o Diretor Executivo do CESB.
O vice-presidente do CESB, Nilson Caldas, observa que a evolução de produtividade do Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja tem alguns momentos extremamente relevantes. "O primeiro deles é a quebra da barreira de 100 sacas, na safra 2009/10, com o campeão alcançando 108,40 sc/ha. Depois, na safra 2012/13, tivemos o vencedor chegando a 110,5 sc/ha e ultrapassando a então importante marca de 110 sacas", lembra.
O terceiro momento, de acordo com o vice-presidente, ocorreu na safra 2014/15, com o campeão superando as 140 sacas e registrando 141,8 sc/ha, número ultrapassado na safra 16/17, quando tivemos o recorde, até hoje não superado, de 149,10 sc/ha.
Outro indicativo que merece destaque é a média de produtividade dos participantes. "Na safra 2008/09, os top 10 produtores do Desafio registraram, uma média, de 77,8 sc/ha, sendo que apenas 02 produtores produziram mais de 90 sc/ha. Já na safra 2020/2021, esse número saltou para 119,75 sc/ha, com 381 produtores ultrapassando a marca de 90 sc/ha", analisa o vice-presidente.
"Diversos fatores contribuíram para essa clara evolução da sojicultura nacional, tais como a correção do perfil do solo em camadas mais profundas, de até 40 cm; a construção da física do solo através do uso de culturas de cobertura; a velocidade de plantio, ao redor de 4 Km/h, permitindo melhor arranjo espacial; materiais genéticos com alto potencial produtivo; rotação de culturas e manejo utilizando químico e biológico, aplicados na hora certa de forma preventiva", analisa Nilson Caldas.
O CESB é composto por 19 membros especialistas e 26 organizações patrocinadoras que acreditam e contribuem para o avanço sustentável dos mais altos índices de produtividade de soja no Brasil, são elas: AGROGALAXY, BASF, BAYER, SYNGENTA, JACTO, Atto Sementes, Brasmax, Cortev
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