Podridão de Diplodia: o perigo invisível
Por Joana Souza Fernandes e Renato Mendes Guimarães, DAG/UFLA
Na edição de 2022 da Agrishow, a Massey Ferguson lançou a nova série MF 3400, que entrou em comercialização em setembro do ano passado. Fazem parte desta série quatro modelos de tratores de perfil compacto, todos com motor AGCO Power de três cilindros. Dois modelos, o MF 3406 e o MF 3407, têm injeção mecânica de combustível, com bomba injetora, e os outros dois, o MF 3408 e o MF 3409, com injeção eletrônica de combustível.
Para testar dois modelos desta série fomos até um dos locais mais frios do nosso país, o município de Urupema (SC), reconhecido como a Capital Nacional do Frio. O fabricante nos disponibilizou dois tratores, um com injeção mecânica e outro com injeção eletrônica, respectivamente os modelos MF 3406 e MF 3409.
O motor que equipa esses modelos da série tem três cilindros e volume deslocado de 3.300cm³ e a potência varia com o modelo e a configuração da injeção. Embora estruturalmente os motores sejam semelhantes, nos modelos com injeção mecânica de combustível o motor utilizado é o 33DTC e nos dois modelos com injeção eletrônica o motor é o 33CWC.
O modelo MF 3406 apresenta potência máxima de 69cv a 2.000rpm, pela norma SAE J1995, e o torque máximo se detecta a 1.500rpm e é de 252Nm, pelo protocolo ISO TR14396. O segundo modelo da série é o MF 3407, que tem 79cv, também a 2.000rpm e torque de 296Nm na mesma rotação de 1.500rpm. O terceiro modelo da série, primeiro com oferta de injeção eletrônica de combustível, é o MF 3408, que tem potência máxima de 89cv a 2.000rpm e 330Nm de torque máximo a 1.500rpm. Finalmente, o maior trator da série é o MF 3409, que disponibiliza 99cv de potência máxima e 343Nm de torque máximo.
Enfim, a série oferece quatro modelos com potência entre 69cv e 99cv com steps de torque e potência bem definidos. Ressalta-se que todos os modelos utilizam turbocompressor e intercooler na aspiração. Para uma boa economia e conforme a potência gerada e o consumo horário esperado, o fabricante dimensionou o depósito de combustível em 79 litros para o modelo MF 3406 e 104 litros para os demais modelos.
Afora a diferenciação entre os modelos pela potência e torque e a forma e configuração da injeção de combustível, o restante das características é comum em todos os modelos. Nos modelos com injeção mecânica de combustível se utiliza uma bomba injetora de combustível marca Bosch, em linha. Nos modelos com injeção eletrônica, são utilizados o sistema common rail, uma bomba de alta pressão e a unidade de controle eletrônico.
Embora seja um trator compacto de pequeno porte e dimensões reduzidas, a presença do intercooler e da cabina exige que o fabricante tenha que dotar esses modelos com quatro trocadores de calor, um específico para o sistema de arrefecimento do calor do óleo do sistema hidráulico, um para o condicionador de ar, um para o intercooler e o mais tradicional para o fluido de arrefecimento do motor.
Talvez um dos diferenciais mais importantes, em relação ao que se oferece no mercado pelas marcas que comercializam tratores desta categoria, é com relação ao sistema de transmissão de potência. Para os quatro modelos são oferecidas quatro alternativas, uma transmissão standard de oito velocidades à frente e quatro à ré, uma de 12 velocidades à frente e oito à ré, com multirredutor creeper, a terceira alternativa é uma transmissão de 16 velocidades à frente e oito à ré, que utiliza um multiplicador, e por último, uma de 12 velocidades à frente e 12 à ré, que utiliza um reversor de acionamento mecânico. O sistema de embreagem utilizado nesta série é de acionamento mecânico com disco duplo em material orgânico. O acionamento da tração dianteira é por meio de uma alavanca, e o eixo dianteiro é da marca Carraro, com acionamento por um eixo cardã central.
A tomada de potência (TDP), muito utilizada nesta classe de tratores, principalmente na fruticultura, é do tipo independente, com acionamento mecânico, por meio de uma alavanca, e proporciona duas opções de velocidade, a padrão de 540rpm e a de 540 econômica (540E), muito utilizada com equipamentos de aplicação de agroquímicos. O menor consumo de potência e, consequentemente, de combustível se dá pela redução da rotação do motor, pois para a opção de 540rpm a rotação é de 1.890rpm e para a econômica, é de 1.594rpm.
Um destaque, e diferencial nestes modelos, é a presença de uma embreagem na TDP, acionada por um interruptor colocado no painel lateral direito e que proporciona rápida e efetiva interrupção da rotação da TDP, muito útil nas manobras de cabeceira nos pomares, como era o caso nesse teste.
O sistema hidráulico de três pontos de todos os modelos da série é de categoria II e muito reforçado. Os dois braços inferiores podem ter a altura da rótula ajustada, porque há regulagem nos dois lados. Dois enormes cilindros externos fazem uso da pressão hidráulica gerada por uma bomba de engrenagens. A pressão máxima do sistema é de 180bar, o que gera uma capacidade de levante máxima de 3.135kgf, no olhal do braço inferior.
O sistema de válvulas de controle remoto oferece em todos os modelos de duas a três válvulas, com possibilidade de válvula de retorno livre. O fluxo de óleo é de 41 litros por minuto, mas pode vir com 54 litros por minuto, dependendo da opção do cliente.
Impressiona, assim como o sistema de levante, a robustez da barra de tração, que é muito reforçada, pois esses modelos utilizam componentes de tratores de mais alta potência.
Muito importante nessa classe de tratores compactos é o ajuste da bitola, pois em geral esses modelos são utilizados para o trabalho agrícola em ambientes de espaço reduzido. No eixo dianteiro ela pode variar de 1.048mm a 1.267mm, e no eixo traseiro, de 1.000mm a 1.444mm. A distância entre eixos, medida importante para reduzir o espaço de manobra, mas também para resguardar o equilíbrio longitudinal do trator, é de 2.200mm e o vão livre, importante para evitar o contato do trator com a superfície e os obstáculos, é de 205mm, medidos no ponto mais baixo.
Para ajustar o equilíbrio e a aderência do trator ao solo durante o trabalho, o fabricante possibilita a utilização de pesos complementares no eixo traseiro, com a fixação de pesos circulares, presos às rodas do trator, e na parte dianteira os pesos podem ser colocados em um suporte dianteiro. Nesse suporte, os pesos podem ser agregados por baixo e na extremidade do suporte, de acordo com a quantidade e com o tipo de trabalho. Os suportes colocados na parte inferior do suporte possibilitam a diminuição do comprimento total do trator e, por conseguinte, auxiliam na movimentação em espaço reduzido. Na extremidade do suporte há um pino de engate.
Como todos esses modelos da série utilizam tração no eixo dianteiro e traseiro, há que se respeitar as opções de pneus homologadas pelo fabricante. Assim, são quatro as opções de pares de pneus a utilizar nos quatro modelos: 8.00-18R1 + 12.4-28R1, 8.00-18R1 + 14.9-24R1, 8.00-18R1 + 14.9-26R1 e 250/80-18R1 + 380/85R24.
Embora a critério do cliente os modelos da série 3400 possam vir com o posto do operador do tipo plataformado, os dois modelos que testamos eram dotados de uma cabina exclusiva para a série, de fabricação própria da AGCO, com Rops incluído, certificado pelo fabricante.
Para o acesso à cabina, uma escada de dois degraus, com superfície antiderrapante, está disponível, com o primeiro degrau disposto a uma baixa altura, dando acesso à única porta, no lado esquerdo. Como apoio à entrada há pega-mãos na porta e na lateral da coluna esquerda. No interior se nota um espaço surpreendente para essa dimensão de trator e um assento da marca Grammer, com regulagens de posição e altura.
Sentado na posição de trabalho, o operador tem o volante com regulagem de posição, e sobre ele um painel com a visualização de alguns instrumentos e indicadores. Nas laterais do banco há dois consoles, à esquerda um porta-objetos e o freio de estacionamento, de acionamento manual. Na direita, à frente do console, as duas alavancas da transmissão, uma que controla as quatro marchas e outra para os dois grupos, mais a marcha à ré. No console, a alavanca do sistema hidráulico de três pontos, o acelerador e as alavancas de controle das VCRs e da velocidade de descida do implemento. Sobre o console, ao lado do interruptor de ligar e desligar o trator, o mencionado interruptor da embreagem da TDP.
Atrás do assento está posicionada a alavanca de seleção do modo de funcionamento da TDP, para seleção dos 540 ou 540E e a alavanca do bloqueio do diferencial. No canto inferior direito o fabricante deixou uma abertura para passagem de cabos ou mangueiras para conectar implementos e máquinas, com uma devida proteção por um cone plástico.
Como esses tratores que testamos são de posto do operador fechado, o cuidado com a proteção e a segurança é redobrado. A cabina é dotada de um sistema de condicionamento do ar interior, com regulagem de intensidade e saídas pelas laterais do teto da cabina. Para impedir a entrada de ar do exterior, que possa contaminar o interior da cabina, dois dispositivos se auxiliam mutuamente, o primeiro é o de recirculação interna, fechando a entrada do ar do exterior, e o segundo é um sistema de filtragem do ar, com filtro de carvão ativado. Esse filtro é de fácil manutenção e está colocado na lateral superior da cabina, com acesso pelo exterior.
Outras características a serem ressaltadas nos modelos avaliados são a possibilidade de abertura do capô dianteiro, com exposição de todos os componentes do motor, para a manutenção, e o posicionamento do tubo de escape que, ao invés de sair para cima, foi direcionado para a lateral, por baixo da plataforma, o que auxilia na aplicação do trator na fruticultura. Também devem ser ressaltados a posição da bateria, que foi posicionada para a parte inferior da plataforma, a colocação de um protetor de cárter e de uma caixa de ferramentas encaixada no suporte dianteiro de pesos e um efetivo sistema de proteção do operador em manutenção com as correias e pás do ventilador do sistema de arrefecimento. Enfim, várias ideias para compactar a estrutura e tornar os tratores da série adaptáveis aos pequenos espaços que os clientes irão utilizá-los.
Durante os testes, observamos o desempenho operacional de dois modelos de tratores da marca Massey Ferguson da série MF 3400. O de menor potência da linha, o modelo MF 3406, e o de maior potência, o modelo MF 3409. Avaliamos o desempenho do trator MF 3406 na operação de aplicação de agroquímico às macieiras, tracionando e acionando um implemento turboatomizador com capacidade de 1.500L. O volume de aplicação era de 1.200L/ha a uma velocidade de 3,8km/h, na terceira marcha reduzida (L3) a 1.890rpm, proporcionando as 540rpm na tomada de potência.
Segundo o senhor Urigueller, em sua propriedade, na cultura da maçã, são realizadas entre 30 e 33 aplicações durante o ano, variando entre adubo foliar, inseticida e fungicida. Mas destacou que na região, normalmente são realizadas em média entre 30 e 40 aplicações por ano. Portanto, para tal tarefa é de suma importância um trator versátil e com algumas valências que permitam melhor desempenho operacional nesta cultura.
No local onde foram realizados os testes havia mais de dois mil pés de macieira por hectare, com um espaçamento de 4,50m entre filas e 1,10m entre plantas, bem mais adensado do que os novos espaçamentos que o produtor está utilizando nos novos pomares, de 5m entre filas de árvores e 2m entre plantas, o que favorece a mecanização. No local, havia cinco tipos de variedades de maçãs, com uma produção média anual de 360 toneladas.
Durante a operação, algumas características do trator chamaram a atenção da equipe de testes e ao produtor, que estava iniciando o trabalho com ele, pois a chegada do trator à propriedade havia sido recente. Um dos destaques foi a facilidade em desconectar a TDP durante as manobras de cabeceira pela embreagem da TDP, que, ao ser acionada através de um interruptor, pode interromper o funcionando do equipamento por até 90 segundos, o que é mais que suficiente para sair de uma entre linha de plantas e entrar na seguinte. Uma vez que o operador queira iniciar novamente a aplicação, com um toque no interruptor a TDP volta a funcionar. Essa é uma grande vantagem em relação ao sistema tradicional de uso de alavanca. Outro detalhe visível durante o teste foi a estabilidade do conjunto, que, compacto, dava muita sensação de segurança. Também é necessário elogiar o motor, que se manteve estável e silencioso, mesmo durante as subidas e descidas dentro do pomar. Por último, ressaltar a qualidade da cabina, que dá segurança ao operador sem prejudicar a visibilidade.
Aproveitando a ocasião e a boa vontade do produtor e da equipe do concessionário e do fabricante que nos acompanharam, testamos o desempenho operacional do trator MF 3409 na operação de escarificação do solo. O trator MF 3409 com seus 99cv de potência máxima não teve dificuldades para tracionar um escarificador de cinco hastes, espaçadas a 32cm. A operação foi realizada na primeira marcha reduzida (L1) a 1.800rpm. O processo tem por objetivo descompactar camadas subsuperficiais do solo, mais adensadas. A profundidade média de escarificação durante os testes foi de aproximadamente 30 centímetros. Novamente, o elogio foi para o motor, que resistiu ao esforço sem diminuir muito a rotação. Como esse trator utiliza injeção eletrônica, notamos que, mesmo nesse esforço decorrente da operação com o escarificador, não emitia fumaça pelo escapamento e o ruído dentro da cabina era mínimo.
Fomos apoiados no teste pela equipe do concessionário Sotrima Agrícola, com a presença do senhor Márcio Zanette, gerente da filial em Lages, e o senhor Paulo Henrique Acquesta, consultor comercial. A Sotrima Agrícola é uma empresa do agro que representa a Massey Ferguson para a região Sul do Brasil, com lojas no Rio Grande do Sul, matriz em Porto Alegre e filiais em Camaquã, Capivari do Sul, Caxias do Sul, Pelotas e Vacaria. Em Santa Catarina, as lojas estão nas cidades de Lages (onde visitamos) e São Joaquim. Representando o fabricante e o marketing da Massey Ferguson esteve conosco o engenheiro Eder Dornelles Pinheiro, que é coordenador de Marketing do Produto – Tratores da Massey para a América do Sul - e conhece muito de detalhes e características dos tratores da marca.
No início do mês de abril, quando o Papagaio Charão (Amazona pretrei) sobrevoa a localidade de Rincão dos Papagaios, na cidade de Urupema, localizada na Serra catarinense, a 1.425m de altitude, a procura de pinhão, anunciava-se o fim da colheita da maçã no município.
Urupema é uma cidade de 2.500 habitantes que, distante 200km da capital Florianópolis e 55km de Lages, mantém uma diversidade de costumes e tradições gaúchas. A praça Manoel Pinto de Arruda é uma das principais atrações e no interior, além dos rios claros, é comum a paisagem com campos verdes e pinheiros. No inverno, devido à ocorrência de fortes geadas e até de neve, as pequenas cachoeiras e vegetação rasteira transformam-se em cristais de gelo, deixando no município um aspecto de clima de paz e tranquilidade e uma paisagem linda da neve, que cobre a cidade durante essa época. No período da pandemia da Covid-19, a cidade recebeu novos moradores à procura de paz e tranquilidade.
Nesse cenário, visitamos o sítio do Vô Higino, nome em homenagem ao pai do produtor rural Blévio Pinto de Andrade. Está localizado na estrada geral de Bossoroca, antes conhecida como a estrada da Lenda do Pinheiro do Choro, onde, diz a lenda, se ouvia um choro próximo ao pinheiro, por isso o nome. Fomos recebidos pela família de seu filho Urigueller Medeiros Andrade, que é técnico agrícola, sua nora Bruna Andrade Wrublechi, farmacêutica, e as netas gêmeas Lívia e Maísa, de seis anos. Por sinal, Bruna está grávida de três meses, novamente de gêmeos, o que fez com que ela ficasse muito conhecida na cidade por esse fato.
O sítio possui 70 hectares, no qual 11 hectares são dedicados à produção de maçã das variedades Fugi Suprema Imperial, Gala Galaxy, Gala Mishima, Gala Real e Gala Imperial e o restante à criação de gado. Mas, antes de maçãs, o sítio produzia batata semente de 1970 até 1987. A partir daí, a batata foi sendo substituída pela maçã, visto que em uma importação de batata semente, a contaminação trouxe doenças. Isso fez com que a atividade fosse paralisada e ocorresse a introdução da cultura da macieira. Outros fatores que influenciaram a troca da cultura foram o clima e as baixas temperaturas, em média 14°C no ano, com temperaturas que podem ir abaixo de 0oC no inverno, o que favorece a produção desta cultura frutífera, devido à necessidade de dias de frio à planta para o seu desenvolvimento. Em 2002, o filho Urigueller completou seus estudos de técnico agrícola, obtendo conhecimento para melhorar a produção da família.
Por ser uma cultura anual, o trabalho no local é diário, pois a produção de maçã exige muitos cuidados. Os tratos culturais vão desde a implantação de novos pomares, o controle de pragas como a mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus), doenças como a mancha de glomerella (Glomerella cingulata, Colletotrichum sp.) e de plantas invasoras, além de nutrição do solo e das plantas, sendo necessárias até 40 aplicações de produtos no ano, que vão de fungicidas, inseticidas a nutrientes foliares e aminoácidos para a recuperação das plantas. Sobre a recuperação de plantas, o sítio, nessa safra, sofreu com fortes chuvas de granizo, o que fez com que a produção e a qualidade das frutas fossem reduzidas - como aconteceu em 2007, quando a família teve a perda de toda a produção -, sendo necessária a aplicação de nutrientes foliares e aminoácidos para que as plantas voltem a produzir.
A cultura da macieira é renovada a cada 23 a 25 anos, sendo que a área em que realizamos os testes foi implantada no ano de 2001 e com previsão de renovação já para o ano que vem. A cultura da maçã, como qualquer outra, é muito suscetível ao granizo, que prejudica e diminui a qualidade da fruta. Este ano, segundo o senhor Urigueller, o granizo prejudicou a produção, e o que era antes destinado à fruta de mesa foi todo à indústria para a produção de cidra e doces. O produtor informou que quando a produção é destinada à indústria, o valor pago representa de 12% a 15% do obtido para a produção destinada à fruta de mesa.
Da mesma maneira com que a família crescia, com a chegada dos novos gêmeos, o mesmo ocorria com a produção. O sítio do Vô Higino, além da maçã e da criação de gado, pretende, no final do ano, introduzir a cultura do brócolis, pois as condições climáticas do lugar favorecem a produção, além de um novo pomar de maçãs e da troca de outros que já estão há quase 25 anos produzindo.
Dificilmente temos condições de testar dois tratores no mesmo dia. Foi uma ótima oportunidade, dentro das poucas vezes que tivemos esta possibilidade. Os tratores da série MF 3400 nos surpreenderam pelo grande número de soluções apresentadas pelo fabricante, para um trator de pequeno porte, que necessita ser compacto, mas ao mesmo tempo atender a todos os requisitos da Norma Regulamentadora NR-12 e mais, atender às necessidades e às exigências de um segmento de máquina que deve trabalhar em ambientes de espaço reduzido.
Os fabricantes modernos enfrentam o desafio de dispor de maiores e melhores especificações em sistemas de transmissão de potência e torque, como a caixa de velocidades e a tomada de potência, mas também de potência hidráulica. Ao mesmo tempo, esses modelos não podem descuidar-se dos elementos de segurança e operacionalidade. De um lado, o conforto, que traz rendimento, diminui o esforço e, por conseguinte, o cansaço, e, de outro, a capacidade de operações de forma ágil e rápida, como os reversores de sentido.
Finalmente, o fabricante necessita dotar o trator de meios para a sua adaptação ao trabalho que a ele se encarrega, fazendo com que seja versátil e, à medida do cliente, faça com que funcione de acordo com as exigências particulares do trabalho, proporcionando plena adaptação. Isso se consegue com opções de bitola, lastragem, distribuição de peso, entre outras. Com prazer, reconhecemos muitas dessas particularidades nos tratores da série MF 3400 que tivemos a oportunidade de testar para esta edição da Revista Cultivar Máquinas.
José Fernando Schlosser
Henrique Eguilhor Rodrigues
Daniel Ciro de Souza
Lab. de Agrotecnologia - Nema - UFSM
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