Como o Brasil se tornou o maior produtor e consumidor de produtos de biocontrole
Por Wagner Bettiol (Embrapa Meio Ambiente) e Flávio H. V. de Medeiros (Universidade Federal de Lavras)
O local para o Test Drive desta edição, com o trator marca LS, modelo Plus 80 Citrus, não poderia ser mais interessante. Fomos a Avaré, em São Paulo, e de lá até Paranapanema, para acompanhar a rotina de trabalho do modelo nas Fazendas do Grupo I.B. Agro, dos Irmãos Bardin. Um prenúncio de chuva nos preocupou do dia anterior até a manhã do teste, no entanto, acabamos por vivenciar um dia de sol, com nuvens, suficiente para aprender sobre a cultura de citros e conhecer as atividades em que o Plus 80 Citrus está envolvido.
Desde a chegada da LS Tractor Brasil, a empresa conquistou o seu espaço, utilizando muita criatividade e conhecimento do mercado e aproximando sua oferta do que realmente o produtor necessita. Nesse sentido, foram desenvolvidas alternativas e opcionais nos tratores da marca, para as culturas hortícolas e frutíferas, mas também para setores bem específicos como a pecuária intensiva, a floricultura e o trabalho em espaços confinados, como a avicultura. Esta atitude estratégica abriu mercado e, de uma marca desconhecida, atualmente a LS está presente no mercado de tratores como um importante fabricante. A montagem da fábrica em Garuva, Santa Catarina, em 2013, deu mostras da intenção da marca pelo mercado nacional.
A origem sul-coreana traz uma boa genética ao produto, pois esse país asiático é bastante desenvolvido tecnologicamente e reconhecido no mundo pela produção de automóveis, componentes e produtos eletrônicos de qualidade. A marca atua em vários países da Europa, África, Oceania e nos Estados Unidos, principalmente com tratores pequenos e médios das séries J, S e G e os compactos da série R. No Brasil, existe uma série desenvolvida exclusivamente para a nossa agricultura que é a H. A concessionária que atende a região onde fizemos o teste é a J.A. Máquinas, com loja matriz em Jaú (SP).
Embora esse trator tenha utilizado anteriormente um motor de outra marca, atualmente a montagem é com o confiável e bastante desenvolvido motor Perkins, de quatro cilindros, com turbocompressor e injeção direta, modelo 1104D-44T, de 4,4 litros, que apresenta sistema de controle de emissões padrão Tier 3. Com injeção mecânica por bomba injetora, ele fornece 80cv (ISO TR 14396) de potência máxima a 2.200rpm e um torque máximo de 352Nm a 1.400rpm do motor. É um motor muito durável e que foi, e continua sendo, utilizado por outras marcas de tratores no Brasil e no exterior.
Esse modelo oferece duas alternativas de sistema de transmissão, que o cliente pode escolher de acordo com as suas necessidades. A primeira é a Synchro Shuttle, de 12 ou 20 velocidades, que utiliza um reversor de sentido sincronizado. A variação de velocidade é feita pela combinação de quatro marchas e três gamas de velocidades (alta, média e baixa). A marcha à ré especificamente não existe, porque há a alavanca de reversão, colocada no lado esquerdo do painel. Para selecionar cada gama de velocidade é necessário parar o trator, enquanto que as quatro marchas, assim como o reversor, apresentam câmbio sincronizado, facilitando o manejo do trator.
A segunda alternativa é a transmissão Power Shuttle, que proporciona 24 ou 40 velocidades com reversor power shift, que prescinde embreagem para a troca de marchas. Nas duas alternativas é de linha a oferta deste modelo com multirredutor, creeper, que proporciona velocidades reduzidas para o trabalho em operações que requeiram um lento deslocamento.
A TDP, utilizada no acionamento de equipamentos que necessitem potência na forma rotativa, é independente com três rotações, as padronizadas de 540rpm e 1.000rpm, e uma terceira de 750rpm que pode ser utilizada como TDP econômica.
O sistema hidráulico utilizado pelos três pontos é de categoria II e apresenta vazão total de 86 litros por minuto a uma pressão máxima de 190bar, o que resulta em uma capacidade de levante na rótula de 3.600kgf, mas que pode chegar a 3.800kgf, como configuração opcional. No sistema de acionamento de implementos pelas válvulas de controle remoto (VCR) a pressão máxima é de 190Mpa e a vazão máxima de óleo de 62 litros por minuto, podendo chegar a 70 litros por minuto, como opcional. Na versão standard são oferecidas três VCRs.
A massa de embarque do Plus 80 é de 3.210kg, podendo chegar lastrado a 4.400kg. A distância entre eixos é de 2.375mm e as bitolas dianteiras e traseiras podem ser ajustadas, chegando, no mínimo, a 1.687mm no eixo dianteiro e a 1.560mm no eixo traseiro. Para o aumento de estabilidade lateral e adequação às linhas de plantio, os valores máximos alcançados de bitola são de 1.979mm no eixo dianteiro e 1.815mm no eixo traseiro.
Também é oferecido um opcional na capacidade do depósito de combustível, que pode ser de 170 litros como alternativa ao standard de 100 litros.
Muito positivamente mencionado pela equipe da I.B. Agro, o posto do operador do LS Plus 80 tem realmente qualidade. A manutenção do motor é facilitada por um capô basculante, que se abre e levanta, proporcionando acesso aos componentes do motor.
Dentro da cabine, bem espaçosa, foi colocado um tapete antiderrapante e a porta de entrada abre o suficiente para um ingresso seguro. Sobre o volante, foi colocado um painel de instrumentos com tacômetro, termômetro e medidor do nível de combustível. O banco do operador é bem confortável e vários comandos são acionados por interruptores, em substituição às alavancas, o que é uma vantagem ergonômica. Um ponto muito valorizado na fruticultura e outras atividades em que o reduzido espaço seja uma dificuldade adicional é o reversor de sentido, que proporciona movimentação à frente e à ré, acionado de forma sincronizada nessa versão que testamos.
Em 2021 foram produzidos, no mundo, aproximadamente 75 milhões de toneladas de laranja, com uma produtividade média de 19 toneladas por hectare. O Brasil é o maior produtor mundial e foi responsável por mais de 20% dessa produção, alcançando maior produtividade média, ao redor de 28 toneladas por hectare. Além da laranja, outras espécies cítricas são importantes, principalmente o limão, o pomelo e a tangerina. Dentro do Brasil, a região maior produtora de laranja é a Sudeste, com mais de 80% da produção nacional, sendo destaque o estado de São Paulo, com mais de 12,5 milhões de toneladas dessa fruta, que é o cítrico mais produzido.
No sistema adotado pela I.B. Agro o espaçamento entre filas de plantas é de 7m, com 2m entre plantas. Na implantação das áreas da empresa, o sistema se inicia por uma gradagem pesada na linha e um sulcamento, com a adubação com superfosfato simples. Como é uma operação de grande demanda de potência, são escolhidos os maiores tratores.
Após essa etapa, é introduzida a muda, adquirida de fornecedores e, já primeiro ano, se nota o início da produção. No terceiro ano, já se tem uma produção considerável, que atinge o auge já na sexta safra e que se mantém até os 16 anos. A partir daí já começa a haver declínio da produção, o que obriga a substituição das plantas a partir dos 20 anos.
Durante o período de produção das plantas são feitas diversas operações de cuidados, principalmente fitossanitários. Sem dúvida o mais intenso é feito com pulverizações contra insetos, lagartas e fungos. No passado, os fungos foram os problemas mais importantes. Atualmente, pelo Greening, que é o efeito de uma doença bacteriana, transmitida por um inseto psilídeo, as pulverizações são mais frequentes e o cuidado é maior. Por isso, o tratamento contra os fungos vai na carona do inseticida, que é o principal e grande problema da citricultura nacional. O cancro cítrico, que era um problema há décadas, hoje é controlado por um manejo de convivência, que o torna um problema menor.
O inseto psilídeo se chama Diaphorina citri e a bactéria da qual ele é o vetor é a Candidatus liberibacter spp. O Greening é o efeito da doença que causa a perda irreversível da planta. O dano provocado pelo inseto não é importante economicamente, porém o fato de que ele se contamine pela bactéria, e por conta disso inicie a contaminação de plantas sadias.
A única solução encontrada é a erradicação da planta com equipamentos mecânicos, como os utilizados para manejo de florestas secundárias, que se desenvolveram para evitar queimadas. São vários os fabricantes no país. O equipamento corta e tritura os restos da vegetação e, no local, é colocada uma planta nova.
Mas durante o ciclo produtivo também são feitas podas de limpeza e condução das plantas, tanto na face lateral como no plano horizontal, rebaixando o topo das árvores. Essas operações são fundamentais para o trabalho de aplicação de fitossanitários e o deslocamento de máquinas nas entre linhas de plantas, mas também para facilitar a colheita dos frutos de forma manual. O raleio, como uma forma de melhorar a qualidade individual de cada fruto e também a produção final, é feito apenas em tangerina, bergamota, murcott e ponkan.
A colheita é feita o ano inteiro, por empresas terceirizadas e também com mão de obra própria. A diversificação de variedades e o escalonamento da produção proporcionam que sempre exista fruto a colher. Nas áreas da I.B. Agro atualmente está terminando a safra 2022-23 e se iniciando a safra 2023-24.
Embora exista na empresa uma equipe com profissionais das diversas áreas, que desenvolve controles, na I.B. Agro e em todo o setor de citricultura no estado de São Paulo, se recebe apoio em estudos realizados, principalmente pela Fundecitrus, que é uma associação privada, sem fins econômicos, que trabalha em ensino e pesquisa no tema de citricultura.
A empresa I.B. Agro, dos irmãos Bardin, é cliente da marca LS há vários anos. Dos 50 tratores que atualmente trabalham nas áreas do Grupo, 15 são da marca LS, modelos Plus 80, 90 e 100. A entrada da marca na frota do grupo ocorreu a partir de testes, que foram proporcionados pelo concessionário em outras fazendas dos irmãos Bardin, que a partir daí se tornaram clientes e pretendem adquirir mais unidades no futuro.
A empresa é uma sociedade de cinco irmãos da Família Bardin: Antonio, Donizete, Elso e Paulo Bardin. De comerciantes de feiras livres, desde 1980, iniciaram na produção de citros, como pequenos produtores em Mococa (SP) e hoje são importantes no cenário da produção de limão siciliano, tangerina e laranja para suco e de mesa, além de uma área de café que usam para a diversificação da atividade.
Atualmente, o grupo produz citros em cinco unidades, formadas por fazendas lindeiras, com um total de área plantada de aproximadamente três mil hectares no total. Na unidade em que estivemos para o teste de campo do LS Plus 80 se agrupam seis fazendas, com área aproximada de 1.400 hectares de cultivo.
Iniciamos a nossa visita pela Fazenda Las Palmas, localizada na área rural de Paranapanema (SP), onde fomos recebidos pela gerente Valdirene Aparecida Alves, formada em Administração, e pelo supervisor administrativo fitossanitário, Adir Lopes, que é também acadêmico de Agronomia. Notamos desde o princípio muito entusiasmo pela atividade. A Valdirene nos contou que atuava na área de pecuária, principalmente em produção de carne e inseminação, e que apenas há três anos trabalha com citros, o que nos surpreendeu, tamanha desenvoltura e o envolvimento na produção. O Adir nos contou que trabalha bastante próximo do engenheiro agrônomo Eduardo Bardin, que é filho de um dos sócios da empresa e sobrinho dos outros irmãos que compõem a sociedade. Toda a prescrição de produtos a aplicar, a combinação de produtos e o momento são determinados pelo responsável técnico, e a operacionalização da aplicação fica a cargo do supervisor, sua equipe de operadores de máquinas, abastecedores e inspetores. Também foi possível conhecer o trabalho do senhor Pedro Morales, que é gerente-geral e detinha informação importante sobre os processos da empresa.
Ao longo do dia tivemos a condição de conhecer mais uma parte da família Bardin, como o próprio Eduardo, sua irmã Viviane, filhos de Adilson Bardin, e a prima Mariana, filha de Donizete Bardin, que participam ativamente dos processos administrativos e operacionais. A sede da empresa fica em Paulínia, a 300km dessa fazenda, onde também existe uma unidade packing house, que centraliza e armazena o produto antes de ser despachado por caminhões para todos os oito estados do Brasil que compram a produção da empresa. O mercado atingido pela empresa é o nacional de citros, principalmente de mesa, embora parte da produção seja estrategicamente destinada à produção de suco. Dentro da amplitude do mercado brasileiro atingido, São Paulo é o mais importante.
Atualmente, a empresa possui duas oficinas para a manutenção das máquinas, mais de 300 pessoas envolvidas no processo de produção e administração, sendo que 200 dessas são mensalistas.
Além das mulheres sócias, que trabalham diretamente na administração do grupo empresarial, e da gerente das fazendas, há aproximadamente cinco anos o grupo começou a inserir mulheres na tarefa de operadoras de tratores. A partir da experiência positiva de treinar mulheres para atividades de campo, como a inspeção de pragas e o abastecimento das máquinas, o supervisor Adir iniciou o treinamento para a operação, principalmente de tratores, uma medida que acabou por se tornar um sucesso.
Com a falta de mão de obra de operadores homens na região, a alternativa de oferecer uma vaga prioritariamente masculina às mulheres deu certo e hoje é orgulhosamente apresentada como solução. Além disso, se visualizam alguns detalhes importantes, em que as operadoras mulheres contribuíram, como a implementação de iniciativa, a qualidade do trabalho e o capricho com o equipamento.
Foi uma tentativa de ver um diferencial em uma oportunidade, que acabou se mostrando muito positiva. Um período de adaptação e treinamento precedeu o trabalho direto, e após algumas semanas já havia confiança para que outras mulheres pudessem executar em igualdade, inclusive com vantagens, em relação ao tradicional trabalho masculino. Já foram quatro mulheres trabalhando nesta função e, atualmente, três operadoras de tratores executam praticamente todas as operações da fazenda. O entusiasmo do supervisor é ressaltado pelo cuidado com o equipamento, a limpeza, o capricho pelo bem fazer, principalmente nas manobras no campo.
A primeira operadora a aceitar o desafio foi a Mabrie Eduarda de Paula, que tem dois filhos, havia começado como trabalhadora braçal na empresa e logo aceitou ser operadora. Pelo seu relato, não houve dificuldade, mesmo tendo começado um pouco desconfiada se iria dar certo ou não. Relatou que houve aceitação plena dos colegas operadores, inclusive recebeu e recebe até hoje a ajuda e os conselhos dos mais antigos na profissão. O seu marido também trabalha como operador na fazenda. Ela reconhece no supervisor Adir um incentivador e tutor na atividade. Atualmente, ama o seu trabalho como operadora e ressalta que o trator LS a ajudou muito na adaptação, pois considera a cabine muito boa e confortável.
Outra operadora de trator que encontramos na mesma fazenda foi a Lídia Maricato Florencio, que também estava trabalhando no controle fitossanitário. Para trabalhar na nova função, que era um sonho antigo, ela também recebeu treinamento do supervisor e do marido, que também é operador de máquinas.
Na Fazenda Santa Maria fomos conhecer a terceira operadora de máquinas da empresa, Cratieli Silva. Além de operadora de trator ela dirige caminhão e trabalha ao lado do marido Fernando, que também é operador de máquinas. Ela nos contou que já faz três anos que está na função e acha uma oportunidade maravilhosa. Disse que no início houve alguma desconfiança, mas que agora a aceitação é plena. Um fato que a auxiliou é que o seu pai e o seu irmão também são operadores. O marido, no entanto, aprendeu e começou depois, mas hoje trocam experiências durante suas conversas.
Para o teste de campo com o modelo Plus 80 da LS, tomamos duas unidades equipadas com o pulverizador com turbina marca Natali, fabricado por esta empresa em Limeira, SP. O equipamento é de grande porte e parte de um depósito de dois mil litros para aplicar o produto, com vazão de ar proporcionada por uma turbina e a condução do fluxo por defletores laterais. O equipamento é ligado ao trator pela barra de tração e o acionamento é feito pela tomada de potência.
Partimos para duas áreas, uma na Fazenda Orvalho e outra na Fazenda Serra Velha, para a aplicação de inseticidas para o controle de lagartas e insetos. Essa operação é a mais frequente dentro do sistema de produção, sendo realizada o ano inteiro. Para isso, foi selecionada a 3ª marcha do grupo L, a uma velocidade do motor de 2.000rpm, com 540rpm na TDP, para conseguir uma taxa de aplicação de 2.400L/ha.
Embora o espaçamento entre as linhas de plantas seja bastante amplo, as manobras de cabeceira podem ser complicadas com um conjunto mecanizado grande como esse. Por isso, o reversor de sentido, standard, nos tratores da marca LS são bastante úteis. Durante a observação vimos a utilidade desse dispositivo. No trajeto da máquina entre as filas de plantas é recomendado que as máquinas não se choquem contra os ramos e principalmente os frutos que se projetem para o centro, por isso ainda é necessário tomar medidas de diminuição da largura das máquinas. A primeira medida é a poda de condução e a segunda é a adaptação das máquinas. No caso do trator LS, as adaptações foram mínimas, porque é um equipamento compacto e de largura reduzida, mesmo assim, os espelhos foram trazidos para dentro da linha de projeção da cabine e o tubo do sistema de escapamento foi deslocado para a lateral inferior do trator.
Também nos deslocamos para a Fazenda Santa Maria, para ver outra operação onde o LS Plus 80 é utilizado, em conjunto com uma roçadeira central, utilizada no controle da vegetação entre as linhas. Principalmente em estações chuvosas e com grande desenvolvimento vegetativo, esse controle é necessário com bastante frequência. Para a roçadeira central, a marcha utilizada era a 2ª do grupo L a 2.000rpm. Na mesma área é utilizado outro equipamento complementar, que faz o controle da vegetação na linha, complementando o sistema de roçada ecológica, aplicando o herbicida por meio de uma barra colocada à frente do trator. A barra atua próximo à linha e mantém a palhada sobre a superfície, evitando os problemas de solo descoberto.
Tivemos o apoio durante a visita e o teste de campo do trator LS Plus 80 de Rodrigo Silva, coordenador comercial da LS Tractor Brasil para o estado de São Paulo, e do Gerente de Marketing & Vendas da LS, Astor Kilpp.
Durante os testes, tratamos de conseguir a impressão dos operadores e dos administradores sobre o trabalho dos tratores LS, principalmente do modelo Plus 80 Citrus. A conclusão é de que o trator cumpriu todas as expectativas que existiam quando da aquisição. As valências mais mencionadas foram o conforto, principalmente da cabine, os comandos, as dimensões do trator - que o tornam compacto e de fácil manobra em ambientes de espaço restrito - e a facilidade de manutenção, pois nos foi transmitido que a empresa concessionária é muito presente e a disponibilidade de peças de manutenção é grande. Inclusive, a empresa adota um sistema de aproveitamento das viagens dos caminhões para se abastecer nos diversos concessionários da marca na região.
Quanto ao sistema adotado nas Fazendas do Grupo, notamos um extremo cuidado com a sustentabilidade da produção. Muita vegetação nativa mantida, áreas de preservação e reservas em grande quantidade, principalmente próximo ao principal manancial da região, que é a Represa de Jurumirim. Também notamos um grande envolvimento da família Bardin, tanto da administração da empresa como no acompanhamento das atividades operacionais que proporcionam a produção.
Não poderíamos deixar de mencionar o sucesso da inserção de mulheres em uma atividade predominantemente masculina, que é a operação de máquinas e tratores. O desenvolvimento da mecanização e a evolução da qualidade dos tratores, com a melhoria da ergonomia e da segurança, se aliaram a uma administração moderna para dar este importante passo. Todos os problemas e as dificuldades na aceitação ficaram no passado e hoje se nota uma harmonia entre operadores de diferentes sexos. Às virtudes dos operadores homens, as mulheres trouxeram a atenção aos detalhes, o comprometimento e o cuidado para essa importante função da agricultura. Hoje, fica claro que os momentos de convivência, como as refeições, ajudaram a melhorar este convívio, e as empresas que seguirem esse caminho poderão ser beneficiadas.
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