Manejo da praga subterrânea coró na cultura da soja
Corós são um dos grupos de pragas de solo mais diversos e bem-distribuídos nas áreas agrícolas brasileiras. Causam injúrias às sementes, plântulas e raízes das plantas
Ao falar do cultivo de feijão, precisamos contextualizar brevemente que se trata de um grão com cultura de farto consumo aqui no País. E assim como as demais nações com este hábito, a produção atende à demanda doméstica, estabilizada em 15kg/habitante/ano no Brasil. Isso, sem contarcom a produção argentina de feijão preto, que atende o mercado carioca, principalmente. Portanto, por uma lógica simplificada, consegue-se imaginar o que esperar dos preços e dos campos de produção, consequentemente.
Que lógica? Se houver alguma commodity remunerando bem, os agricultores buscam este cultivo na intenção de reduzir risco e elevar lucros, como foi o exemplo do milho na safra 2015/16. Na sequência, o feijão safra e inverno perdem área de plantio no Cerrado. E, pronto, diminui a oferta e o preço sobe.
Então, qual o verdadeiro espaço do feijão no agronegócio? Para não deixar o arroz solteiro no prato do brasileiro, o feijão fica apertado entre 10% e 15% da área plantada, considerando o total de área ocupada por agricultura de grãos no Brasil nas três safras. Ressalta-se ainda que após duas safras com redução de espaço no campo para o feijoeiro comum, desta vez estima-se um incremento de 20% na primeira safra.
Este mercado possui fatores que carecem de análise. Perecibilidade do produto, disputa por área com o milho, influência da oferta e demanda de soja no mercado, comércio internacional nulo e demanda estabilizada podem significar desconfiança. Mas, o preço elevado em função de três anos seguidos com redução da oferta são muito animadores para o cultivo do feijoeiro na sucessão da soja. A elevação no crédito rural para a cultura em questão é outro fator considerável. Seguramente, há registro de crescimento no volume de financiamento. Tanto no PRONAF, quanto no total de empréstimos para este cultivo. Mercado promissor nesta safra.
Antes de bater o martelo, existe outro ponto importante. O lançamento de novas cultivares para o mercado brasileiro. No cenário de retomada do crescimento deste braço do agronegócio, é importante destacar a finalização das pesquisas que lançarão a cultivar de feijoeiro super precoce. Grande oportunidade ao agricultor.
Qual a novidade? A inovação está em plantar uma cultivar que promete finalizar os ciclos com 55 dias, diante de condições ótimas para adaptabilidade e estabilidade produtiva do material. A inovação está em competir de fato com o milho na safrinha, inclusive oferecendo menos riscos. Pois, com esta precocidade, estaria pronto para colheita antes mesmo da estiagem completa das chuvas.
Então, economicamente está mais viável nesta safra 2016/17 devido aos preços do mercado, considerando os cenários de milho e soja. Com uma novidade, novas cultivares chegando para estimular ainda mais esta cadeia agrícola essencialmente brasileira aumentando as possibilidades de cultivo. As expectativas são de ótimos resultados.
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