Fruticultura irrigada de alta tecnologia: a mágica do gotejamento na caatinga do Vale do São Francisco
Por Glayton Rocha, especialista agronômico, Netafim Brasil
Com mais de 30 anos de experiência no segmento, nunca vivenciei algo parecido com o cenário atual no mercado brasileiro de máquinas agrícolas. Mesmo com uma pandemia que assola o mundo há mais de um ano, causando turbulência mundial na economia e em toda a indústria que sofre com escassez de matéria prima, componentes nacionais ou importados, mesmo com muitas adversidades em função da COVID-19, o AGRO não parou! Graças a Deus o AGRO não para! Foi colocado à prova e mostrou sua força.
E o AGRO não se resume à agricultura de grandes áreas, produtos de exportação, lavouras que conseguem rentabilidade suficiente para adquirir o que existe de melhor em tecnologia. Os principais protagonistas do AGRO são todos os brasileiros que cultivam a terra, sejam eles grandes, médios ou pequenos produtores.
Cabe lembrar que são os pequenos e médios produtores que colocam na nossa mesa mais de 70% do alimento que consumimos diariamente. Acredito que estes foram os grupos que mais sofreram com a pandemia e precisam de tratores e máquinas agrícolas novas para continuarem na luta por menores custos de produção.
Nas últimas semanas ouvi gente da indústria de tratores dizendo para o agricultor não comprar máquinas agrícolas neste momento. Esse foi o maior absurdo que já escutei. Agora querem ditar o que o agricultor deve ou não fazer? Parem de vender então!
O aconselhamento para o grande produtor é bem diferente da orientação que deve ser dada para o médio e pequeno produtor.
Não se pode retardar o investimento de produtores que estão se organizando para comprar ou renovar suas máquinas. De forma alguma um país que tem mais de 60% DE SUA FROTA CIRCULANTE DE TRATORES COM MAIS DE 10 ANOS DE USO pode se dar ao luxo de não renovar, atualizar a tecnologia de suas máquinas, melhorar o custo operacional das mesmas e o próprio custo de produção de suas lavouras. Estamos muito distantes de uma bolha de consumo irracional e artificial como se viu nos anos de 2011, 2012 e 2013. Ou seja, não existe “efeito manada”, como disseram.
Aproveito para parabenizar a Ministra Tereza Cristina que, mesmo com sérias dificuldades orçamentárias, está lutando pelo apoio à Agricultura Familiar, pois este segmento ainda carece de acesso à tecnologia, de máquinas mais atualizadas e eficientes. Neste segmento é que se concentram os tratores com a maior idade de uso que citei acima e por tanto, temos que olhar com respeito à necessidade premente de aquisição de tratores e outros equipamentos.
Jak Torretta Jr., diretor de operações Mahindra
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Com um projeto diferenciado, a semeadora Maestro Evolution 36.50, da Horsch, surpreende pela precisão dos seus sistemas de dosagem e pela tecnologia utilizada em cada elemento das linhas de deposição de sementes