Retomando um velho hábito

Aprender a lidar com este processo de recusa e aprovação requer um certo equilíbrio na autoestima pessoal

18.04.2022 | 14:16 (UTC -3)
"Sem as feiras, retomamos o velho costume de visitas pessoais com os clientes", André Rorato, Vice-Presidente da LS Mtron.
"Sem as feiras, retomamos o velho costume de visitas pessoais com os clientes", André Rorato, Vice-Presidente da LS Mtron.

Há um ditado popular, repetido centenas de vezes, quase como um mantra hindu, que diz: “Quando uma porta se fecha, muitas outras se abrem”. No mundo dos negócios, lidamos com esta situação diariamente. Em um único dia podemos começá-lo com um não para uma venda e terminá-lo com vários sims. É a roda da vida. Aprender a lidar com este processo de recusa e aprovação requer um certo equilíbrio na autoestima pessoal para não desistir diante dos nãos que aparecem. Afinal, todo o sim é precedido de muito trabalho, pesquisa, conhecimento dos vários fatores que envolvem aquela situação. E tudo isto para evitar o “perverso” não.

Durante quase dois anos vivemos, no Brasil e no mundo, um momento de um grande não. Não pudemos sair normalmente para a rua, visitar amigos, familiares e, em relação às empresas do agronegócio, como é o caso da LS Tractor, participar das feiras especializadas em agropecuária, que ocorrem ao longo do ano, em várias partes do País. Acertadamente, por questões de segurança em relação à saúde, estes eventos foram cancelados, para evitar a transmissão do vírus da Covid-19. Mas o que isto trouxe como consequência?

Feiras como Show Rural Coopavel, Expodireto Cotrijal, Agrishow, entre tantas outras, são extremamente importantes para os nossos negócios, por três motivos básicos. Um forte canal de venda pelo número de produtores rurais que comparecem nestes eventos; a oportunidade de trocas de informações com o mercado e também com o seu cliente sobre como anda seu produto no campo e o fortalecimento da marca através da sua presença na feira, das suas ações de marketing junto ao público alvo. O cancelamento das feiras e eventos do setor provocou uma revolução no planejamento de marketing e do setor de vendas que perderam um dos principais canais de comercialização ao longo do ano, deixando a todos que atuam neste agronegócio, perdidos, tal era o costume de trabalhar dentro deste calendário já conhecido por muitos anos.

Na LS Tractor, pela experiência de mercado que a equipe comercial possui, foi possível reagir mais rapidamente usando uma excelente ferramenta. O bom e velho hábito de contatar os clientes pessoalmente. Quer dizer, a pandemia não permitiu a visita nas propriedades, no primeiro ano, mas aquele contato por telefone, email ou whatsapp, foi a “salvação” da lavoura para que as metas de vendas se mantivessem ativas. Todos precisaram se readaptar, e foi interessante observar como o ser humano consegue rapidamente enfrentar uma adversidade e mudar a situação para algo positivo.

Estes dois períodos, 2019/20 e 2020/21 foram desafiadores, mas apesar das adversidades que enfrentamos foi bastante positivo para nós. Não só pelo balanço final, onde mantivemos nosso share de mercado, mas porque justamente, diante da dificuldade imposta pela pandemia, via cancelamentos de feiras e eventos, conseguimos reinventar o antigo modelo de vendas, quando ligávamos para o cliente, marcávamos uma visita e tínhamos a oportunidade de mostrar o nosso produto. O velho hábito foi modernizado pelas novas ferramentas digitais, por conta da agilidade e do distanciamento exigido pelo momento, mas uma venda sempre será um ato em que duas pessoas se encontram frente a frente. Seja pessoalmente ou através das plataformas digitais. E isto, eu imagino que nunca vai mudar. Tiraram-nos as feiras, mas reinventamos a roda! Lembro do meu avô que dizia: “Nem tudo que é velho, é descartável”!

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