Como usar a “Lei do Mínimo” para racionalizar os investimentos com fertilizantes – Parte 2

Por Flávio Bonini, Gerente de Serviços Técnicos da Mosaic Fertilizantes

17.03.2022 | 13:59 (UTC -3)

Na primeira parte deste artigo, busquei contextualizar como a falta de alguns ou mesmo de um único nutriente pode limitar a produtividade e gerar baixos retornos sobre o investimento em fertilizantes. Conhecendo a “Lei do Mínimo”, minha proposta para este segundo momento é de exercitarmos este conceito fazendo uma adubação. Mas, para evitar termos técnicos e a necessidade de conhecimentos aprofundados em interpretação de análise de solo e nutrição, vamos facilitar o processo com um “jogo da adubação”.

Nas figuras abaixo, apresentamos, em formato de quadrado, tanto os teores de nutrientes no solo, em laranja, quanto as doses que são aportadas nas adubações, em verde.

O objetivo do jogo é de se utilizar dos quadrados verdes para nivelar as colunas dos nutrientes do solo (N, P, K, S e B) para obter a maior pontuação possível. Mas, atenção: como na Lei do Mínimo, a coluna que estiver com menor quantidade de quadrados coloridos (laranjas e verdes) definirá a pontuação máxima.

Entendidos o objetivo do jogo e as regras, falta definir quantos quadrados estão disponíveis para utilização e estes são dados pelo campo “RECURSOS” contendo oito quadrados verdes. Agora vamos colocar em prática e, em três tentativas, buscar atingir a maior pontuação possível com os recursos disponíveis.

Tentativa 1: os oito quadrados verdes foram utilizados para elevar as colunas de N, P e K com quantidades praticamente iguais para cada nutriente. Perceba que mesmo com o grande incremento no N, P e K, ao final, a coluna S é a que define a pontuação de 400 pontos.

Tentativa 2: cinco quadrados verdes utilizados para nivelar as colunas do N, P e K e três utilizados para ajustar as colunas do S e B. Resultado final: 600 pontos.  

Tentativa 3: Como não há recursos suficientes para elevar todos os nutrientes no nível do N, os oito quadrados foram utilizados para ajustar os demais nutrientes, gerando 700 pontos.  

Se você chegou até aqui e entendeu bem o conceito da “Lei do Mínimo”, vai notar que o que este jogo ilustra é a realidade das tomadas de decisão para adubação. Além da necessidade de conhecer a fertilidade do solo, existem diversas possibilidades de combinações de adubações e cenários que, geralmente, são de recursos limitados. E as tentativas no jogo buscaram ilustrar os seguintes cenários:

Tentativa 1 - casos em que a adubação é realizada baseada apenas na experiência ou com baixa informação, considerando pouco os teores de nutrientes do solo ou mesmo o balanço da adubação. Costuma ser a decisão entre utilizar “mais ou menos adubo” na safra e sem muita atenção às necessidades das plantas ou condições do solo.

Tentativa 2 – adubação já considerando fatores relacionados à expectativa de produtividade e o balanço entre os nutrientes. Comumente, são situações em que existe a preocupação em aplicar “pontos” ou “quilos” de nutrientes e são, processos mais eficientes que a anterior. O que ocorre, entretanto, é que a análise tende a ficar muito focada nos macronutrientes primários (NPK), e os demais nutrientes são aplicados de forma incidental por estarem, de alguma forma, contidos nos produtos.

Tentativa 3 – é o melhor exemplo sobre como utilizar de forma racional os recursos para adubação. Perceba que, mesmo não sendo possível investir totalmente em todos os nutrientes, o entendimento sobre a situação do solo e a importância do balanço da adubação proporcionam o melhor resultado dentre as tentativas. A restrição de recursos pode não ter permitido atingir o máximo potencial, entretanto, a estratégia de eliminar ou minimizar os nutrientes que estão limitantes possibilitaram, nesta situação, aproveitar o investimento feito em fertilizantes e gerar ganhos em produtividade.

Tanto no “jogo da adubação” quanto na vida real, para usar de forma racional os fertilizantes e obedecer a conceitos básicos agronômicos, como a “Lei do Mínimo”, devemos sempre nos basear em fatos, dados, informações e, sem dúvida alguma, em nossa experiência adquirida para definir a melhor estratégia. Conhecer profundamente como está o solo, a cultura a ser implantada e utilizar ferramentas que proporcionam melhores diagnósticos, recomendações e eficiência de uso de nutrientes gerarão, certamente, benefícios em produtividade e sustentabilidade da produção.

São essas razões que fazem com que a Mosaic Fertilizantes desenvolva e recomende produtos como o Performa, linha de fertilizantes de alto desempenho que combina o que há de mais avançado em tecnologias para proporcionar maior eficiência das adubações e aumentar a produtividade, rentabilidade e sustentabilidade das lavouras. A solução possui o melhor das tecnologias da empresa em fertilizantes - MicroEssentials, Aspire e K-Mag - contendo macro e micronutrientes em teores equilibrados e com disponibilidade imediata e gradual, proporcionando alto rendimento operacional e distribuição eficaz em campo. Todas essas características geram incrementos na absorção de nutrientes, melhor nutrição das lavouras e resultam em incrementos de produtividade, como por exemplo, para a cultura da soja de até oito sacas por hectare em relação a adubações convencionais.

Por Flávio Bonini, Gerente de Serviços Técnicos da Mosaic Fertilizantes

A primeira parte deste artigo pode ser lida aqui.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

LS Tractor Fevereiro