Como combater a broca da cana na primavera verão

Por Fábio Maximiano de Andrade Silva, gerente técnico de inseticidas para América Latina da FMC

23.09.2021 | 20:59 (UTC -3)

O período chuvoso é reconhecido, por especialistas, como os períodos de maior infestação da broca da cana-de-açúcar. Pesquisas indicam que a cada 1% de infestação, a produção de cana é reduzida em 1,21%, a de etanol em 0,27% e a de açúcar, em 0,38%.

A broca-da-cana (Diatraea saccharalis) pode ser encontrada durante todo o ano, mas é na primavera-verão, que – se o produtor não entrar com importantes ferramentas do Manejo Integrado de Pragas (MIP), como produtos biológicos (Cotesia flavipes e Trichogramma galloi) e inseticidas químicos – o prejuízo será inevitável. 

O setor, diante de tamanho poder destrutivo da broca-da-cana, já se prepara para dar início ao processo de controle, e que é essencial optar por um inseticida seletivo, de alto poder inseticida e que proteja as novas áreas de crescimento da cultura pela atividade sistêmica, ou seja, com capacidade de se movimentar dentro da planta.

É por isso, o uso de produtos à base de Clorantraniliprole (ingrediente ativo do Altacor) da FMC, principal inseticida do mundo e o segundo defensivo agrícola mais vendido do planeta é considerado como o produto ideal para o manejo da broca. Além de possuir as características citadas anteriormente, ele ainda entrega longo período de proteção, flexibilidade de uso - podendo ser aplicado via foliar, no sulco de plantio ou até mesmo diretamente sobre as Mudas Pré-Brotadas (MPBs) – e alta segurança, seja para os aplicadores, os consumidores de produtos agrícolas ou para o meio ambiente.

A sistemicidade desponta como um fator decisivo no processo de escolha de um inseticida para o controle da broca. O atributo – presente no Altacor - permite que a molécula proteja novas áreas de crescimento da cultura planta após ser aplicado no sulco de plantio ou via foliar. Conforme a planta cresce, melhor é a atuação do inseticida pela distribuição do produto em áreas novas. Levando em consideração que é nas partes mais novas da cana que a broquinha jovem faz seu orifício de entrada, a presença da sistemicidade no inseticida se torna ainda mais relevante.

Outra característica que diferencia o produto da FMC das outras diamidas e fisiológicos presentes no mercado é a sua longa ação residual, promovendo longo período de controle da praga. Fábio conta que o Altacor permanece em operação por até, no mínimo, 120 dias, quando aplicado no solo. No entanto, já tivemos áreas que a proteção perdurou até 200 dias. No caso da aplicação foliar, o residual mínimo é de 45 dias.

A seletividade também é fundamental. O inseticida da FMC se destaca pela sua alta seletividade, não somente aos agentes de controle biológico (Cotesia flavipes e a Trichogramma galloi), mas também aos insetos benéficos presentes nas áreas, como as joaninhas, tesourinhas, formigas carnívoras e algumas moscas, que auxiliam fortemente no manejo da broca. 

O produto possui, ainda, alto poder inseticida, pois além de controlar com eficiência a broca-da-cana, auxilia no manejo da broca-gigante, de cupins e até mesmo do Sphenophorus levis, outra praga que vem dizimando os canaviais.


Fábio Maximiano de Andrade Silva, gerente técnico de inseticidas para América Latina da FMC

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