Test Drive trator Mahindra 86-110 P

Testamos o mais novo e tecnológico integrante da família de tratores Mahindra. O 86-110 P é um trator cabinado de 110cv de potência, com transmissão powershift de 16 marchas à frente e 16 à ré

21.09.2021 | 20:59 (UTC -3)

Testamos o mais novo e tecnológico integrante da família de tratores Mahindra. O 86-110 P é um trator cabinado de 110cv de potência, com transmissão powershift de 16 marchas à frente e 16 à ré, que chega para disputar uma nova fatia de mercado 

Nestas viagens que fazemos com a equipe da Cultivar Máquinas, para testes e avaliações dos equipamentos, sempre aparecem as surpresas. Temos tido a oportunidade de visitar lugares surpreendentes, conhecer pessoas incríveis, ver situações diversas e máquinas dos mais diferentes tipos e estágios de desenvolvimento tecnológico.

Quando soubemos que iríamos testar um novo trator da Mahindra e que este seria em Minas Gerais, mais particularmente na região da Zona da Mata Mineira, onde se caracteriza a produção de gado, de corte e de leite, pensamos imediatamente em um trator com aquelas características marcantes da marca Mahindra, simplicidade e rusticidade, que havíamos visto e confirmado nos tratores testados anteriormente por nós, o modelo 2025, avaliado no Vale dos Vinhedos, na Serra gaúcha, e o modelo 6075 que testamos na localidade de linha Santo Alécio, cidade de Ibiam, 57 quilômetros distante de Joaçaba, no estado de Santa Catarina. 

Para nossa surpresa, nada disso aconteceu. Fomos surpreendidos por um Mahindra diferente. Um produto muito mais evoluído tecnologicamente e já adequado aos requisitos exigidos de um trator que se comercializa nos rigorosos mercados da comunidade europeia.

A história da Mahindra é muito interessante. De origem indiana, nasceu como empresa logo após a segunda guerra mundial e chegou ao Brasil apenas em 2016, instalando-se na cidade de Dois Irmãos, no Rio Grande do Sul, para fabricar, importar e comercializar seus produtos no País. A chegada da marca foi por meio da Bramont, uma empresa chilena que até 2016 detinha os direitos de venda da Mahindra no Brasil. Após o anúncio do encerramento das atividades da fábrica de Manaus, que produzia automóveis Mahindra e motocicletas Benelli, a marca seguiu com a produção de tratores agrícolas, no entanto, como já seguia caminhos separados, como fábrica individual e sempre atuando de forma independente, o ramo agrícola continuou.

Na Turquia a Mahindra é proprietária do Grupo Erkunt, que, por sua vez, tem uma marca de exportação denominada ArmaTrac. A ArmaTrac produz vários modelos de trator entre 50cv e 120cv, com diferentes configurações, desde tração simples e com tração dianteira auxiliar (TDA), com posto aberto ou cabinado, para diferentes tipos de cultivos. O mercado destes modelos estende-se pela Europa (Alemanha, Bulgária, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Grécia, Kosovo, Letônia, Macedônia, Moldávia, Reino Unido, Romênia, Servia e Ucrânia), África (África do Sul, Argélia, Etiópia, Marrocos, Sudão e Tunísia), Caribe (Antígua), Ásia (Filipinas, Iraque e Japão) e Oriente Médio (Jordânia). 

O 86-110 P está adequado aos requisitos exigidos de um trator que se comercializa nos rigorosos mercados da comunidade europeia
O 86-110 P está adequado aos requisitos exigidos de um trator que se comercializa nos rigorosos mercados da comunidade europeia

Este trator que chega ao Brasil será igual ao modelo comercializado nos melhores mercados da Europa, e antes de se concretizar totalmente o Plano de Nacionalização virá com todos os itens que o caracterizam nestes países em que cumpre rígidas diretrizes de mercado, para a proteção do meio ambiente e dos trabalhadores. De imediato apenas a especificação dos pneus será o item a ser alterado, como explicaremos a seguir.  

A Mahindra utiliza um sistema lógico para a designação dos modelos de trator desta série, no caso, este que avaliamos é 86-110 P, em que o 86 designa a série, o 110 representa a potência do motor em cv pela Norma ISO TR 14396 e o P significa Premium. Esta linha deverá ser um diferencial no portfólio da Mahindra no País, com a linha de tratores até 100cv seguindo um padrão mais simples e com menor especificação, enquanto que a série 86 será a linha mais qualificada.

À primeira vista essa nova série já impressiona pela aparência. Quando se começa a conhecer as especificações, nota-se que é um produto que irá brigar pelo mercado com as melhores marcas do País. O lançamento desta série ocorreu no dia 4 de fevereiro, em um evento tipo live, para todos os concessionários e alguns convidados especiais. A pandemia impediu que fosse feito o evento presencial que se previa.

Desde o lançamento no País, já foram vendidas 20 unidades deste modelo, todas já entregues e trabalhando no campo. Do total que chegou ao País, quatro foram reservadas para demonstrações por concessionárias e clientes, assim como para os testes das equipes de engenharia e marketing.

Como dissemos, este modelo, nesta faixa de potência, virá brigar pelo mercado que abrange o médio produtor de grãos e ainda manter o cliente que trabalha em regime de agricultura familiar e que necessita de um trator de maior porte.

Motor

O motor que equipa este trator é da marca Perkins, modelo 1104-44T + T3059 (MAR-1), de quatro cilindros com 4.400cm3 de volume deslocado. Embora este motor já tenha sido utilizado por outras marcas de tratores, inclusive produzidos no País, a versão T-3059 é recente e tecnologicamente superior.

Motor Perkins, modelo 1104-44T + T3059 (MAR-1), de quatro cilindros , com 110cv de potência
Motor Perkins, modelo 1104-44T + T3059 (MAR-1), de quatro cilindros , com 110cv de potência

Um dos destaques deste novo modelo é o sistema de injeção de combustível mecânico, utilizando uma bomba injetora rotativa marca Delphi, e o atendimento às normas de emissões Tier 3B e MAR-1 é feito por meio de um sistema de recirculação de gases, no acionamento do comando de válvulas, sem necessidade de válvula externa nem depósito de Arla. Nesta faixa de potência ainda é possível controlar emissões de gases poluentes com o sistema de injeção convencional, sem passar obrigatoriamente ao sistema de injeção eletrônica.

O sistema de aspiração de ar é feito com auxílio de um turbocompressor e um radiador de esfriamento do ar, intercooler. A limpeza do ar de entrada é feita por meio de um filtro de duplo elemento, sendo o segundo de segurança.

Avaliado pela metodologia da Norma ISO TR 14396 este motor produz 110cv de potência máxima a um regime de 2.200rpm. Pelas curvas características do motor se nota que, na faixa entre 2.200rpm e 2.300rpm, a potência é constante. O torque máximo, obtido a 1.400rpm, é de 416Nm. Da análise do comportamento da potência e do torque se verifica uma reserva de torque levemente superior a 18%, entre as rotações de potência e torque máximo. Este desempenho foi demonstrado em teste dinamométrico de 60 horas de operação, com a temperatura do combustível a 40 graus Celsius, medidos na bomba injetora.

Transmissão

A transmissão de potência do motor até as rodas se inicia com um sistema de embreagem, que utiliza duplo disco com material de revestimento cerametálico que utiliza duplo disco com material de revestimento cerametálico e acionamento mecânico. A transmissão é da consagrada marca ZF, modelo T-557-L, formada por dois grupos (slow e fast), quatro marchas mecânicas (1, 2, 3 e 4) e um sistema powershift ou Hi-Lo, que insere mais uma marcha entre duas velocidades sincronizadas. Além disso, um reversor faz com que o mesmo número de marchas à frente seja também o que temos à ré.

A transmissão powershift proporciona 16 marchas à frente e 16 marchas à ré
A transmissão powershift proporciona 16 marchas à frente e 16 marchas à ré

Para o usuário escolher a velocidade de trabalho haverá à disposição três alavancas, sendo uma para a escolha do grupo, reduzida ou direta, uma para a escolha de qualquer uma das quatro velocidades e o interruptor na alavanca de velocidades, para a escolha da marcha powershift que poderá será trocada sem uso da embreagem e sem necessidade de parar o trator ou reduzir rotação do motor. Desta forma se conseguem 16 velocidades à frente e 16 velocidades à ré. No diagrama de velocidades é possível verificar a presença de, no mínimo, seis velocidades na faixa mais frequente de trabalho de campo, entre cinco e dez quilômetros por hora. O acionamento para a troca de grupos é feito por seleção manual, por uma alavanca posicionada abaixo do assento. A alavanca de troca de marchas está colocada à direita do assento do operador e à frente do console lateral.

A tomada de potência (TDP) é um dos diferenciais deste modelo, pois são quatro as versões disponíveis. Em um único eixo, com seis estrias, é possível dispor das seguintes velocidades angulares: 430rpm, 540rpm, 750rpm, que equivale à 540 econômica (540E), e 1.000rpm, que também pode ser utilizada como a versão 750rpm econômica (750E).

O bloqueio do diferencial, necessário em ocasiões com alta umidade do solo e baixa capacidade de deslocamento, pode ser feito por meio do acionamento de um interruptor no console lateral. O eixo dianteiro motriz é de acionamento central da marca Erkunt e a tração dianteira pode ser ligada e desligada pelo acionamento de um interruptor.

Sistema hidráulico

A base do sistema hidráulico é uma bomba tripla de engrenagens que atende, além do sistema hidráulico de três pontos, ao sistema de controle remoto de implementos. Esta bomba, composta de uma sequência de três partes, tem dois reservatórios de óleo. A primeira parte da bomba serve ao acionamento de todo o sistema hidráulico e o fluxo e pressão necessários ao conjunto de válvulas de controle remoto, com seu filtro dedicado e usado apenas neste circuito. A segunda parte da bomba é exclusiva ao sistema de direção que utiliza um circuito hidráulico fechado. A terceira porção desta bomba serve ao sistema de transmissão, para acionamento dos cilindros hidráulicos de acionamento da embreagem, eixo dianteiro, bloqueio e TDP, sendo também usada no acionamento dos pacotes de embreagens do sistema powershift da transmissão.

O sistema de controle remoto de implementos compõe-se de quatro VCRs de dupla ação e engate rápido
O sistema de controle remoto de implementos compõe-se de quatro VCRs de dupla ação e engate rápido

Somente para o sistema hidráulico de três pontos e para o controle remoto é utilizada uma vazão máxima de 60 litros por minuto. Devemos salientar que um dos destaques deste modelo é a presença de acionamento hidráulico do braço inferior direito por um cilindro hidráulico, assim como o terceiro ponto do sistema hidráulico de três pontos. Os braços inferiores têm terminações por engate rápido. Não é comum esta montagem nos tratores comercializados no Brasil.

Neste trator, todo o acionamento e a configuração do funcionamento do sistema hidráulico de três pontos funcionam através de um painel de comandos com interruptores e luzes indicadoras. O sistema hidráulico de três pontos é da Categoria II e tem capacidade de levante de até 5.000kgf. A pressão máxima de todo o sistema é de 190kgf/cm2.

No controle dos braços de elevação o sistema permite a seleção da altura máxima, velocidade de descida dos braços, configuração da profundidade de trabalho e da sensibilidade com que o sistema vai controlar a profundidade e a tração. Para auxílio do operador há sinalização luminosa para cada condição do sistema de levante em três pontos.

O sistema de controle remoto de implementos compõe-se de quatro VCRs de dupla ação e engate rápido, com duas válvulas dedicadas ao terceiro ponto e braço inferior. As quatro alavancas, posicionadas no console lateral, são acionadas para abrir e fechar os cilindros hidráulicos, colocados no terceiro ponto hidráulico e no braço inferior direito hidráulico para ajuste do engate e nivelamento e para aqueles implementos com acionamento pelas válvulas VCRs. 

Características técnicas

A configuração e a oferta de opções de pneus foram alguns dos itens modificados em relação ao modelo comercializado nos demais países, quando este modelo foi trazido ao Brasil. O trator Mahindra 86-110 P que está sendo comercializado no País usa pneus dianteiros na medida 340/85 R24 – 13.6R24 R1. Na traseira a medida de 460/85R34 - 18.4R34 R1. Em fase de homologação e liberação existem mais medidas para disponibilidade futura como itens opcionais.

Para ajuste da relação peso/potência e da distribuição de peso estática se pode combinar até dez peças de pesos de 30kg, mais o peso do suporte dos pesos, que é uma caixa de ferramentas. Muito legal que o fabricante tenha dado ótimo aproveitamento deste espaço. Nas rodas traseiras é possível carregar cada uma com três pesos de 50kg cada, mais o volume de lastro líquido, que depende da medida do pneu utilizado.

O moderno 86-110 P possui diversos comandos elétricos no lugar de comandos mecânicos de outras versões
O moderno 86-110 P possui diversos comandos elétricos no lugar de comandos mecânicos de outras versões

Muito difícil de ser oferecido no nosso país por outros concorrentes, neste modelo a Mahindra disponibiliza um compressor de ar com reservatório na lateral do trator, que pode ser usado com tomada de ar em dois pontos com engate rápido, um dentro da cabine e outro externo, junto ao reservatório de ar. Também está disponível como item opcional conjunto de carregador frontal.  

O depósito de combustível é produzido em polipropileno com capacidade de até 110 litros e está colocado abaixo da escada, na lateral do trator. 

Para arrefecimento da temperatura há três radiadores, sendo um dedicado ao sistema de condicionamento de ar da cabine, um exclusivo para o intercooler do sistema de turbocompressor e o terceiro para o líquido de arrefecimento do motor. O acesso a todos os componentes do motor, sistema elétrico, radiadores etc. se faz pela abertura do capô, que se articula para cima e para trás.

Equivalente aos melhores modelos, o Mahindra está equipado com para-lamas dianteiros com um sistema de absorção de impacto, por articulação. O freio atua nos semieixos das rodas traseiras com discos em óleo, porém também há atuação sobre as rodas dianteiras, que com auxílio da tração dianteira auxiliar (TDA) a conecta automaticamente, quando houver necessidade.

A barra de tração é do tipo oscilante, com regulagem de altura de engate e como opcional o cliente pode adquirir o trator com um suporte para lâmina ou concha frontal.

Cabine

A cabine é um dos pontos altos deste trator, na nossa avaliação. Embora este modelo seja oferecido na versão plataformada ou cabinada, o que testamos tinha uma cabine que nos impressionou positivamente. Com uma excelente absorção de vibrações, baseada em coxins com eixo vertical na parte dianteira e bolsas pneumáticas na parte traseira, sentimos no campo os efeitos do bom projeto. Quanto ao acesso à cabine, ele é feito por uma escada de três degraus em cada lado, sendo o último articulado, e portas amplas. Portanto, diferentemente da maioria dos tratores atuais, a entrada e saída pode ser feita pelos dois lados do trator.

O atendimento das Normas regulamentadoras brasileiras NR 12 e 31 é pleno e, sem dúvida, a qualidade e a forma como se atendem aos requisitos de segurança são em razão de que este modelo é comercializado na Europa, onde também as regras para a fabricação, comercialização e uso são bem restritas.

A cabine é ampla com grande área envidraçada e bom sistema de ar condicionado
A cabine é ampla com grande área envidraçada e bom sistema de ar condicionado

As interfaces de comunicação com o usuário e de comandos e controles são bem mais desenvolvidas e ergonômicas que nos modelos que testamos da marca. Há um painel lateral posicionado no console, onde à frente estão as duas alavancas de marchas e do inversor, as quatro alavancas do sistema de VCRs, o interruptor do acelerador, todo o controle do sistema hidráulico de três pontos, com várias características positivas. Há um interruptor para levantar, abaixar e travar o sistema de engate em três pontos, inclusive com a tecla de bloqueio para o deslocamento e transporte. Em um pequeno painel toda a sinalização é luminosa para indicação de funções do sistema hidráulico.

À frente do volante, que tem regulagem do ajuste de posição, há um painel digital com informação básica. Na parte superior do para-brisa há uma cortina dianteira retrátil que auxilia no bloqueio dos raios diretos de sol.

O modelo cabinado possui portas de acesso pelos dois lados
O modelo cabinado possui portas de acesso pelos dois lados

A cabine é dotada de um sistema de condicionamento do ar interno bastante eficiente e a filtragem de ar é feita por um elemento de carvão ativado que limpa o ar externo antes da entrada no interior da cabine. Também o fabricante dotou esta cabine de um sistema de pressurização que permite que a pressão do interior seja levemente maior que a pressão exterior, impedindo com isto a entrada de qualquer material que poderia passar por portas e janelas. Esta característica permite a utilização deste modelo com máquinas de aplicação de produtos químicos, como o pulverizador.

A estrutura de proteção no caso de capotamento do trator (ROPS) é incorporada à estrutura da cabine e homologada para uso na comunidade europeia.

O assento principal é dotado de absorção mecânica, com regulagem de altura e inclinação do apoio para cabeça, peso do operador, posição de aproximação do apoia braços e inclinação do encosto. A qualidade é muito próxima a um assento com absorção pneumática.  Também há um assento auxiliar, que pode ser rebatido contra a lateral da cabine, o que facilita a movimentação.

Quanto à iluminação interna e externa o fabricante fez uma combinação de faróis e luzes halógenas e do tipo LED.

Teste na Fazenda Santana

Para o teste tínhamos a disponibilidade de uma grade de 14 discos de 28 polegadas do fabricante Santa Isabel, que tem 1.968mm de largura de corte e peso aproximado de 1.652kg. O nosso trabalho de teste compreendeu em realizar várias passadas no sentido longitudinal da parcela, alternando marchas e utilizando o sistema de troca powershift. 

O local do teste foi uma parcela de solo agrícola na Fazenda Santana, localizada no distrito de Sarandira, no município de Juiz de Fora, Minas Gerais. A fazenda está distante 30km da cidade de Juiz de Fora e tem 180 alqueires mineiros, o que equivale a aproximadamente 871 hectares. A atividade principal da fazenda é a produção de gado de corte e antes a produção de gado de leite. Possui uma sede arquitetonicamente muito linda, mas que recorda os tempos da escravatura, com sua casa grande, seus moinhos de água e a senzala.  

O teste foi realizado em duas áreas, com o auxílio de grade aradora
O teste foi realizado em duas áreas, com o auxílio de grade aradora

Tivemos o apoio do representante do fabricante, engenheiro Gilberto Dutra, especialista de Marketing Produto da Mahindra, que demonstrou todo o conhecimento no novo modelo e suas características e teve que enfrentar nossa surpresa e dúvidas com a nova configuração do modelo da série 86. Também nos apoiaram na missão de conhecer as particularidades técnicas do trator o senhor Andrey Andrade, da AyA Comercio de Tratores, e o senhor Celio Vicente Laurindo, Seu Dedé, operador de máquinas da fazenda, que, mesmo um pouco enciumado por estarmos trabalhando com o seu trator, nos deu toda a ajuda para a realização do teste.

A empresa AyA Comercio é uma concessionária de tratores que representa a Mahindra na região da Zona da Mata de Minas Gerais. É uma família envolvida no agro, e além de comercializar equipamentos agrícolas, é produtora, envolvendo filhos e pai, há muitos anos. Fomos recebidos para um jantar com a família e reconhecemos o amor deles pelo negócio.  

O teste foi realizado na Fazenda Santana, localizada no distrito de Sarandira, no município de Juiz de Fora, Minas Gerais
O teste foi realizado na Fazenda Santana, localizada no distrito de Sarandira, no município de Juiz de Fora, Minas Gerais

Depois do teste, destacamos algumas características positivas deste trator, como o conforto da cabine, a qualidade do motor, que em nenhum momento sofreu sobre as cargas aplicadas, demonstrando ter boa reserva de torque. Também destacamos positivamente a solução para facilitar o engate de implementos ao sistema de três pontos, com dois pontos dotados de cilindros hidráulicos. A transmissão sincronizada, com inversor e powershift, com 16 marchas também requer destaque.

José Fernando Schlosser,
Natã Balssan Moura e
Rubén Collantes Veliz,
Laboratório de Agrotecnologia, Nema, UFSM

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