Produção de açúcar e etanol recua no Centro-Sul
Queda na produção total contrasta com avanço do biocombustível feito a partir do milho
Entre 20 de setembro e 20 de novembro de 2025, todas as lavouras de algodão em Minas Gerais devem cumprir o vazio sanitário. A medida impede a presença de plantas vivas em estágio reprodutivo no campo e visa reduzir a incidência do bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis). Em áreas irrigadas localizadas abaixo de 600 metros de altitude, o vazio será entre 30 de outubro e 30 de dezembro.
Durante o período, produtores devem eliminar restos culturais e soqueiras em até 15 dias após a colheita. A responsabilidade recai sobre quem detém a posse da área. Plantas voluntárias também precisam ser removidas para evitar focos da praga. Somente áreas de pesquisa e produção de sementes genéticas, previamente autorizadas e monitoradas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), estão dispensadas da obrigatoriedade.
O cadastro de áreas produtivas deve ser renovado a cada safra e entregue até 60 dias após o plantio. Quem desejar cultivar algodão durante o vazio sanitário precisa solicitar autorização ao IMA até 30 de abril, com apresentação de Plano de Trabalho Simplificado, conforme a Portaria nº 1884/2018.
A fiscalização será feita por amostragem, com inspeções presenciais e verificação de denúncias recebidas por canais oficiais. Em caso de descumprimento, o produtor poderá ser multado após notificação e processo administrativo.
A Amipa (Associação Mineira dos Produtores de Algodão) reforça ações preventivas junto aos associados, como visitas técnicas, relatórios e distribuição de armadilhas com feromônio. Com apoio do Proalminas, a entidade também entrega tubos mata-bicudo para contenção da praga.
O engenheiro agrônomo José Lusimar Eugênio recomenda monitoramento constante, alternância de princípios ativos e destruição imediata das soqueiras no pós-colheita. A instalação de armadilhas e aplicação de inseticidas entre 9h e 16h complementam o controle.
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