UPL lança fungicida Evolution
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Que a tecnologia veio para ficar no agronegócio não há dúvidas. Para ajudar a acelerar essas implementações também na citricultura, a startup de São Paulo, Adroit Robotics, apresenta soluções para algumas dores dos produtores de citros. Especializada em inteligência artificial, desenvolveu a tecnologia chamada LeafSense, que por meio de sensores inteligentes possibilita ter maior precisão na fruticultura.
A empresa começou a atuar comercialmente em 2020 e de lá para cá está atuando em 14 propriedades que cultivam citros. Esses produtores utilizam a solução, que captura as imagens, com uma visão frontal e lateral, gerando uma gama de dados. Entre elas, a avaliação dos frutos de cada árvore um a um, fazendo ainda estimativas de safra, detecção de doenças e também o cálculo da volumetria de copa e isso de forma totalmente automática.
O gerente agrícola do Grupo Vidotti, de Monte Azul-SP, Fabrício Santos, conheceu a tecnologia da Adroit Robotics por meio de uma parceria com a Bayer e conta que depois de ver os primeiros resultados, ficou surpreso com a quantidade de informações, a precisão dos dados e a qualidade das imagens. “Até agora tem nos ajudado, pela possibilidade de obter as informações de forma muito rápida. Usamos o sistema para fazer o inventário de falhas. Isso nos ajudou a fazer o replantio em toda a propriedade, apenas com os dados obtidos pela ferramenta. São informações atualizadas em tempo real, de fatores que muitas vezes conferimos uma vez por ano, no máximo”, aponta.
Outra facilidade que Santos encontrou foi com a contagem das árvores, que são difíceis de verificar no dia a dia, como a evolução dos pomares. “Estamos com a LeafSense acompanhando os números da estimativa e a evolução dos diâmetros dos frutos, que nos ajudarão na elaboração do orçamento da propriedade”, salienta.
A tecnologia da empresa também é capaz de trabalhar com diversas variáveis como, por exemplo, mensurar a variabilidade espacial de inúmeros parâmetros da cultura. Ela possibilita, por meio de mapas, identificar regiões do talhão com maior e menor potencial produtivo. Assim, é possível estimar a quantidade de nutrientes exportados pelas árvores, refletida na produção no final da safra.
Produtor de citros há mais de 30 anos, Filipe Cunha, da Fazenda Santo Inácio, de Brotas-SP, também está utilizando a solução da startup e está animado. “Esse ano foi muito importante para mim em relação à safra, com a LeafSense eu pude ter uma estimativa dela, também de crescimento de frutos, e não só isso, mas acompanhar o crescimento do meu pomar. Enfrentamos geada na safra passada e que infelizmente matou muita planta, a Adroit Robotics ajudou a contabilizar essa perda para fazer o replantio esse ano”, relata.
Para o citricultor esta é uma tecnologia que veio para ficar e para economizar tempo nas operações. “É interessante porque você pode conciliar ela com alguma atividade sua, no caso aqui nós colocamos junto com algum trator, para rodar junto com a pulverização, uma roçagem, não precisa ficar perdendo tempo. Ele mesmo já faz todo o serviço lá sem atrapalhar as atividades da fazenda”, afirma Cunha.
Já o gerente agrícola da AlfaCitrus, Pedro Fávero Filho, reitera que a telemetria e algumas outras tecnologias de precisão não estão tão acessíveis ainda para a citricultura, mas que já são mais disseminadas nas culturas dos grãos e de cana-de-açúcar, por exemplo. “Um dos mais relevantes benefícios que tivemos com os sensores e a IA foi o ganho na programação, no direcionamento para aproveitar as quadras que estão com um calibre maior de fruto, para ter um maior rendimento no pós-colheita”, detalha.
A tecnologia embutida na LeafSense gera informação como resultado do seu manejo, da produtividade e direciona para tomadas de decisões mais assertivas e aí mais rentáveis. “Damos a oportunidade para o pé de laranja ser mais produtivo, claro que existe uma pressão forte de colheita, demanda do mercado, mas com certeza, tendo essa informação, você pode direcionar sua colheita para áreas maiores e lá na frente ter sim um ganho de rentabilidade em cima do talhão. Você o deixa evoluir por mais tempo, ganhar calibre, ganhar peso e assim você entra colhendo um fruto que realmente está pronto para ser colhido”, finaliza o citricultor.
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