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A produção de trigo na Ucrânia para o ano comercial 2023/24 é projetada em 17,5 milhões de toneladas, marcando um aumento de 6% em relação ao mês anterior, de acordo com as últimas estatísticas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No entanto, este número mostra uma queda de 16% comparado ao ano anterior e uma redução ainda mais drástica, de 34%, em relação à média dos últimos cinco anos.
A produtividade esperada é de 4,07 toneladas por hectare, superando em 6% a estimativa do mês anterior, e 3% e 2% acima das médias do ano passado e dos últimos cinco anos, respectivamente. A área de colheita esperada permanece estável em relação ao mês anterior, em 4,3 milhões de hectares, embora esteja 19% abaixo do ano passado e 35% abaixo da média dos últimos cinco anos.
Geograficamente, a Ucrânia é dividida em três zonas: Estepe, Estepe Florestal e Zona Florestal. A Zona da Estepe, que responde por cerca de metade da produção de trigo do país, desfruta de um clima favorável, levando a rendimentos acima da média de cinco anos, apesar dos desafios impostos pelo conflito em curso. A situação da vegetação na Zona da Estepe, medido pelo Índice de Vegetação por Diferença Normalizada VIIRS (NDVI), baseado em satélite, aponta que as condições atuais da vegetação estão acima da média nas principais áreas produtoras de grãos de inverno.
No dia 6 de junho de 2023, uma explosão causou o colapso da barragem Kakhovka, no oblast de Kherson, na Zona da Estepe. A região depende fortemente das chuvas para o cultivo de cereais como trigo e cevada, porém o reservatório da barragem alimenta uma série de sistemas de irrigação usados para hortaliças, oleaginosas e arroz. As primeiras avaliações das imagens de satélite indicam que o colapso da barragem teve um impacto mínimo nas terras agrícolas da região. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ainda está avaliando as implicações deste evento para a agricultura local.
A Ucrânia, atualmente, encontra-se dividida em áreas de conflito e áreas livres de conflito. O USDA, juntamente com o Ministério da Agricultura da Ucrânia (MinAg) e o Serviço Estatístico Estatal da Ucrânia, relatam que, devido à guerra em curso, não há informações oficiais ou confiáveis sobre o estado da agricultura na zona de conflito. Portanto, os números fornecidos por essas agências não refletem a totalidade do país. Para a temporada MY 2023/24, a área plantada reportada pelo MinAg exclui o território temporariamente ocupado nas regiões de Donetsk, Zaporizhzhia, Luhansk e Kherson, assim como a Crimeia.
Apesar da exclusão da Crimeia nas estatísticas do MinAg, as estimativas de produção agrícola do USDA para a Ucrânia incluem a produção estimada da Crimeia. Os dados sobre a área da Crimeia e a produção são obtidos a partir dos relatórios de safras agrícolas fornecidos pela Agência Estatística Russa, Rosstat.
Com a projeção de uma safra de trigo de 17,5 milhões de toneladas para o ano comercial 2023/24, a Ucrânia continua a ser uma importante produtora de trigo. No entanto, os desafios persistentes, incluindo o conflito em curso e o recente colapso da barragem Kakhovka, estão impactando a produção agrícola do país.
As condições climáticas favoráveis na Zona da Estepe, que abriga metade da produção de trigo da Ucrânia, são uma luz no fim do túnel para os produtores de trigo ucranianos. Mesmo assim, as incertezas relacionadas à guerra e seus efeitos a longo prazo na produção de trigo continuam sendo uma grande preocupação.
A queda na produção de trigo da Ucrânia em 16% em relação ao ano passado e 34% em relação à média dos últimos cinco anos indica os desafios que a nação tem enfrentado. Com um rendimento previsto de 4,07 toneladas por hectare e uma área de colheita de 4,3 milhões de hectares, a situação no setor agrícola ucraniano é complexa e em constante evolução. Estamos aguardando novas informações do USDA e do MinAg sobre o impacto do colapso da barragem Kakhovka na produção de trigo, assim como atualizações sobre a situação na zona de conflito.
A previsão para a produção de trigo na Rússia no ano de comercialização de 2023/24 é de 85,0 milhões de toneladas métricas (mmt), uma elevação de 4% em comparação ao mês anterior, mas ainda assim, 8% inferior ao mesmo período do ano passado. A produção continua acima da média dos últimos cinco anos, com um aumento de 7%.
Do total esperado, 61,5 mmt correspondem ao trigo de inverno, enquanto 23,5 mmt são de trigo de primavera. A produção média geral do grão é projetada em 3,09 toneladas por hectare, 4% acima do mês passado, 3% abaixo do ano passado e 8% acima da média quinquenal. Os números levam em consideração uma área total colhida de 27,5 milhões de hectares, a mesma do mês anterior, mas 5% menor que no ano passado.
O trigo de inverno, que responde por cerca de 70% da produção total, é cultivado principalmente na parte europeia da Rússia. Neste mês, houve uma revisão para cima na produção de trigo de inverno, impulsionada pelas boas condições no Distrito Sul, responsável por aproximadamente 43% do total de trigo produzido no país.
Por outro lado, o trigo de primavera, responsável por cerca de 30% da produção total, é cultivado principalmente em regiões fronteiriças com o Cazaquistão, como Volga, Urais e Sibéria. Até o dia 1º de junho, a área plantada de trigo de primavera chegava a 13,2 mha, um aumento em relação ao ano anterior, quando o mesmo período contabilizava 11,7 mha.
Contudo, apesar das boas expectativas, a seca e o calor intensos têm ameaçado as colheitas de primavera nos Urais e na Sibéria. A colheita do trigo da primavera, de acordo com o calendário agrícola, deve começar no final de agosto.
Por fim, é importante destacar que as previsões de produção agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a Rússia excluem a produção estimada da Crimeia.
A produção de trigo na Índia está projetada para atingir um marco histórico no ano de comercialização (MY) 2023/24, segundo estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A produção está avaliada em 113,5 milhões de toneladas métricas (mmt), um aumento de 9% em relação ao ano anterior, o que é notável em uma indústria marcada por constantes flutuações.
A área colhida também está a caminho de bater um recorde, projetada em 32,0 milhões de hectares, 5% a mais que no ano passado. O rendimento, por sua vez, deverá atingir um patamar inédito de 3,55 toneladas métricas por hectare. Este aumento no rendimento vem mesmo diante de adversidades climáticas, como calor e granizo durante a fase reprodutiva em fevereiro e março, demonstrando a resistência da indústria agrícola indiana.
Um conjunto de fatores contribuiu para este quadro otimista. Condições climáticas favoráveis, umidade do solo adequada no momento do plantio e preços mínimos de suporte mais altos do que no ano passado resultaram em um plantio recorde. A cultura de trigo evoluiu do plantio para a fase vegetativa/reprodutiva graças a essas condições climáticas favoráveis e níveis apropriados dos reservatórios.
Embora tenha havido um retorno do calor ao cinturão de trigo do norte quando a safra entrou na fase reprodutiva no final de fevereiro, as temperaturas não foram tão altas quanto no ano passado, resultando em danos mínimos.
Além disso, a aquisição de trigo pelo governo da Índia é 18% maior que a safra 2022/23. Esta é uma notícia promissora para os agricultores que, em meio a este cenário favorável, relatam rendimentos mais altos do que o previsto, evidenciando a perspectiva de um ano de alta lucratividade para o setor agrícola indiano.
A produção de trigo na União Europeia (UE) para a campanha de comercialização 2023/2024 está projetada para atingir 140,5 milhões de toneladas métricas (mmt), um acréscimo de 1,5 mmt (1%) em relação ao mês anterior e um aumento de 6,2 mmt (5%) em comparação com o ano passado. Este valor também está 6% acima da média quinquenal. O relatório indica que a área colhida se mantém em 24,4 milhões de hectares (mha), a mesma medida do mês passado, porém, ligeiramente acima do ano anterior e 2% acima da média de cinco anos. A produtividade está estimada em 5,75 toneladas por hectare, 1% a mais do que no mês passado e 4% acima do ano anterior e da média quinquenal.
Nesta análise, houve revisões ascendentes da produção para vários países europeus. Destacam-se a França, com acréscimo de 0,6 mmt, totalizando 37,2 mmt, a Itália, com aumento de 0,3 mmt, e a Hungria, Espanha e Alemanha, cada um com um incremento de 0,2 mmt na produção.
As condições climáticas durante o mês de maio foram em sua maioria favoráveis para a floração e enchimento dos grãos das safras de inverno na maior parte da Europa. Espanha e Portugal, entretanto, foram exceções. Apesar das chuvas de maio terem trazido um alívio mínimo à seca prolongada na Península Ibérica, as condições gerais permaneceram desfavoráveis.
Dados de satélite, mostrando a porcentagem média sazonal de verde (PASG) para maio, retratam uma situação positiva na maior parte da UE. A alta pressão do mês direcionou chuvas para o sul da Europa - embora com alguns relatos de inundações localizadas - enquanto o norte da Europa experimentou um período de seca, após um início de primavera úmido. A seca prolongada no norte da Europa pode se tornar preocupante se o padrão climático não mudar. As temperaturas foram favoráveis, quase na média em toda a UE, proporcionando taxas de crescimento normais e sem danos precoces às plantações devido ao calor.
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