​Triticultores apostam no seguro rural para evitar perdas

Depois de dois anos de frustração por causa do clima produtores aumentam cautela com o clima

01.03.2017 | 20:59 (UTC -3)
Nestor Tipa Júnior

Apesar de uma safra sem sobressaltos na questão climática, os produtores gaúchos de trigo ainda amargam prejuízos causados pelo clima no período 2015. Conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Rio Grande do Sul colheu 2,5 milhões de toneladas em 2016, alta de 70% em relação ao período anterior, que teve uma severa quebra. Após os efeitos do clima trazerem sérios problemas para as lavouras cultivadas com o cereal nos dois períodos anteriores, o seguro rural se tornou uma ferramenta indispensável para o triticultor.

Os eventos do clima em 2015 trouxeram também um grande número de ocorrências de sinistros. Só no que diz respeito aos seguros realizados com a Tovese Corretora de Seguros, 1,3 mil pedidos foram encaminhados, o que representou 73% das propostas contratadas pelos produtores. "Nestes dois anos de problemas com o clima tivemos muitos sinistros nas lavouras de trigo. Mas o produtor não pode deixar de plantar e dar cobertura para a terra durante o inverno. As culturas de inverno como o trigo, aveia, cevada e canola são alternativas disponíveis no mercado", afirma o diretor da Tovese, Otávio Simch.

O especialista afirma que o produtor precisa examinar a importância do seguro na hora do sinistro, não só na hora de contratar o mesmo. A empresa estará participando da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, de 6 a 10 de março de 2017. No Brasil, apenas 14% da área total é segurada, enquanto nos Estados Unidos este índice é de 92%. "Estaremos novamente na Expodireto para falar sobre as novidades do seguro e sobre a importância do seguro rural para o produtor. Pensamos na evolução. O produtor busca tecnologias e manejo, mas a proteção é um item fundamental neste processo de construção das lavouras", observa Simch.

Uma boa notícia para o setor é a de que o governo federal decidiu alocar R$ 80 milhões dos recursos aprovados no orçamento para subvencionar o seguro rural das culturas de inverno, especialmente milho segunda safra e trigo. Também serão destinados mais R$ 10 milhões para a subvenção das demais atividades, como pecuária, olericultura e florestas ao longo do primeiro semestre de 2017. A estimativa do Ministério da Agricultura é que haja a possibilidade de cobertura de cerca de 15 mil apólices com subvenção entre fevereiro e junho para as culturas de inverno e mais 2,5 mil apólices para demais culturas.

Durante a Expodireto, a Tovese Corretora de Seguros, empresa pioneira no mercado e que atua há mais de dez anos no setor vai apresentar seus programas de seguro rural, especialmente para as culturas de inverno.


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