Trigo tem bom desenvolvimento vegetativo no RS

05.07.2012 | 20:59 (UTC -3)
Raquel Aguiar

A semeadura de trigo evoluiu rapidamente nesta semana, atingindo 72% da área destinada à cultura, que neste ano deverá ficar em torno de 990 mil hectares. Conforme o levantamento semanal realizado pela Emater/RS-Ascar, a semente incorporada ao solo está germinando muito bem, o que pode ser comprovado pelo ótimo estande e padrão das lavouras. Com as condições meteorológicas favorecendo a cultura, os triticultores estão conduzindo as lavouras com boa tecnologia, com o objetivo de produzir, se possível, grãos com qualidade superior.

O clima seco e as temperaturas amenas também têm beneficiado a cultura da canola, que se encontra em fase de crescimento vegetativo. No momento, os produtores realizam os tratos culturais de controle de ervas concorrentes e aplicação de nitrogênio em cobertura. O preço de referência atual é de R$ 62,00 para a saca de 60kg.

No Vale do Rio Caí, o morangueiro apresenta bom desenvolvimento e sanidade, bem como uma aceleração da primeira florada em virtude do calor das últimas semanas. A florada é abundante e já está com os primeiros frutos em formação. Na Serra gaúcha, algumas localidades estão concluindo o plantio do morangueiro, com ótimo pegamento das mudas e criando boas expectativas aos produtores.

As condições climáticas vêm acelerando o desenvolvimento das fases de florescimento e início de brotação do pêssego. Esse quadro é verificado nas variedades mais do cedo em todas as regiões produtoras do Estado, gerando grande preocupação aos persicultores. Plantas de cobertura do solo nos pomares da Serra, após estresse pela estiagem, estão se recuperando bem e demonstrando bom aspecto e sanidade. As chuvas que recentemente têm sido periódicas e de boa intensidade vêm viabilizando a recuperação do seu vigor, possibilitando o suporte ao ataque de pulgões em algumas áreas de aveia preta.

As chuvas que ocorreram nas últimas semanas favoreceram o desenvolvimento das pastagens cultivadas de inverno, porém, os índices registrados na maioria das regiões produtoras de leite do Estado, foram insuficientes para restabelecer os níveis das fontes e reservatórios de água necessários para o desenvolvimento das atividades agropecuárias. A atual situação ambiental, caracterizada pelo inverno com baixa ocorrência de chuvas, começa a preocupar os produtores rurais.

Os produtores de leite também continuam complementando a alimentação dos animais com silagem, já que as pastagens de outono-inverno implantadas no cedo, devido às pequenas precipitações ocorridas no período, apresentam volume de forragens abaixo do normal. Mesmo que as precipitações ocorridas nesta quinzena tenham favorecido seu desenvolvimento e rebrote pós-pastejo, a densidade e o perfilhamento alcançados pelas plantas geram uma produção de volumoso abaixo do necessário.

Em algumas microrregiões da região de Santa Rosa, os rebanhos leiteiros estão pastejando especialmente as áreas recentemente estabelecidas com aveia, com alto valor nutricional. Com isso, está ocorrendo um aumento do volume de leite captado pelas indústrias. A situação é diferente em algumas microrregiões, sendo que, na de Três de Maio, a produção leiteria está normalizada. Muitos produtores da região das Missões ainda estão com baixas significativas na produção, cerca de 20% a menos do que seria o normal para a época.

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