Subcomissões da CTNBio liberam uso comercial de milho com o evento DP202216

Conforme a literatura, plantas que contêm esse evento têm maior potencial de rendimento de grãos; e expressam tolerância ao herbicida glufosinato

15.10.2023 | 17:26 (UTC -3)
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As Subcomissões técnicas da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) liberaram o uso comercial de milho com o evento DP-2Ø2216-6 (DP-202216-6). O pedido foi da Corteva Agriscience.

A liberação abrange alimentação humana e animal. Isso inclui manipulação, processamento, comercialização, transporte, importação, exportação e armazenamento, consumo e descarte de produtos.

O evento DP202216 foi desenvolvido pela Dow AgroSciences, uma das empresas que originaram a Corteva. A introdução de suas características ocorre por transformação de plantas mediada por Agrobacterium tumefaciens. Seu objetivo é proporcionar tolerância ao herbicida glufosinato e aprimorar fotossíntese e rendimento da planta. Esse evento está liberado em outros países. Por exemplo, Austrália, Canadá, Estados Unidos e Nova Zelândia.

Conforme a literatura, plantas de milho contendo evento DP-2Ø2216-6 (milho DP202216) ampliam temporariamente a expressão do fator de transcrição nativo zmm28 aumentando o potencial para maior rendimento de grãos; e expressam a proteína fosfinotricina acetiltransferase (PAT), que confere tolerância ao herbicida glufosinato. Há estudos de cientistas da Corteva que apontam aumento na produtividade. Além disso, "o milho DP202216 demonstrou anteriormente ser equivalente em composição e nutricionalmente ao milho convencional", dizem cientistas da Corteva.

Conforme o Extrato de Parecer Técnico 8.693/2023: "o milho DP-2Ø2216-6 foi geneticamente modificado para aumentar e estender a expressão do gene zmm28 em relação à expressão do gene zmm28 nativo. Ambos os genes zmm28, introduzido e nativo, codificam a proteína ZMM28, um fator de transcrição MADS-box. A expressão aumentada e estendida da proteína ZMM28 resulta em plantas com maior potencial de rendimento de grãos. Os resultados da análise da composição centesimal, minerais e fibras, na forragem, ácidos graxos, aminoácidos, minerais, vitaminas, metabólitos e antinutrientes, em grãos de milho demonstram que o milho DP202216 é comparável ao milho convencional representado pelo milho isolinha controle não GM e milho comercial não GM. No âmbito das competências do art. 14 da Lei 11.105/05, bem como os critérios internacionalmente aceitos para avaliação de segurança de alimentos e matérias primas geneticamente modificadas, A CTNBio considerou que os dados de biossegurança do evento DP202216 atendem às normas e à legislação pertinente que visam garantir a biossegurança do meio ambiente, agricultura, saúde humana e animal. Assim, atendidas as condições descritas no processo e neste parecer técnico, essa atividade não é potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente ou saúde humana".

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