SLC Agrícola se une a startup Pink Farms para desenvolver a tecnologia de cultivo em ambientes controlados

Iniciativa faz parte dos investimentos próprios da SLC Agrícola na busca por identificar e apoiar startups que estejam criando produtos, serviços e modelos de negócios disruptivos e transformacionais para o agronegócio brasileiro e mundial

25.11.2022 | 17:30 (UTC -3)

A SLC Agrícola, por meio da SLC Ventures, vai investir diretamente na startup Pink Farms, que lidera o mercado de fazendas Verticais no Brasil. A iniciativa faz parte dos investimentos próprios da SLC Agrícola na busca por identificar e apoiar startups que estejam criando produtos, serviços e modelos de negócios disruptivos e transformacionais para o agronegócio brasileiro e mundial, como é o caso da Pink Farms, onde a SLC está buscando compreender as vantagens da cultura em ambientes controlados que podem ser aplicadas e adaptadas as diversas etapas da cadeia produtiva agrícola tradicional.

Carlos Eduardo Aranha, Ecosystem Leader da SLC Ventures, explica que a empresa, produtora de algodão, grãos, sementes e pecuária é obstinada por produtividade e ganho de escala na atividade agrícola, ou seja, busca conseguir mais resultados com menos recursos de forma sustentável e sabe que a inovação é fundamental nesse processo. “A SLC Agrícola tem essa porteira aberta com a inovação e, por meio da SLC Ventures, obtivemos um mandato para investir em startups para os próximos 5 anos. Na tese da SLC Ventures está obviamente o retorno financeiro do projeto, mas a lógica nesse momento está conectada, também, com a estratégia de encontrar insumos que nos ajudem a projetar o negócio SLC Agrícola para o futuro”, define Aranha.

O CEO da Pink Farms, Geraldo Maia, explica que a SLC Agrícola entra na quarta rodada de investimentos da empresa, que opera desde 2019 na Zona Oeste de São Paulo, é a maior em agricultura vertical urbana da América Latina e já está ganhando seu mercado no país. “Hoje já temos uma demanda muito maior do que a oferta. Precisamos de mais espaço para produzir e, por isso, estamos com uma nova rodada de investimento coletivo, via SMU, em que, com lance mínimo de R$ 3 mil, é possível ser sócio da nossa fazenda”, diz Maia.

Nos seus 750 m², a fazenda paulistana produz hoje mais de 70 plantas, entre folhosas, ervas e PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) e produz alimentos sem agrotóxicos, aliando temas como saúde, tecnologia e sustentabilidade em um ambiente totalmente controlado que, atualmente, pode ser até 400x mais produtivo do que as fazendas tradicionais.

Quando produzidos em uma fazenda vertical urbana, os alimentos contam com um processo logístico mais econômico e simplificado, que não sofrem quebra em épocas de chuva, por exemplo. E por chegarem mais rápido às prateleiras, duram mais tempo. Com o controle do ambiente e clima, a Pink Farms também tem a tecnologia necessária para produzir alimentos independente da sazonalidade.

A expectativa é chegar a mais de 450 itens nos próximos cinco anos, com foco inicial em tomate-cereja, morangos e outras frutas vermelhas. Os próximos passos estão no desenvolvimento de outros cultivares de frutas, legumes e cogumelos.

Segundo o CEO, o avanço da tecnologia tem tornado o custo de implantação e operação cada vez mais barato, fazendo com que este não seja mais o grande desafio do setor. “Os maiores desafios de expansão estão em realizar a pesquisa e desenvolvimento para alcançar um portfólio extenso e que seja economicamente viável em competir no mercado”, diz.

O investimento na Pink Farms deve gerar, além da rica troca de conhecimento, de ambos os lados, um importante passo em direção à produção em escala cada vez maior de alimentos. “A parceria com a Pink é muito animadora, porque eles conseguiram atingir 100% das variáveis do processo produtivo controladas, criando o que podemos chamar de o “ciclo perfeito’. As possibilidades de aprendizado e aprimoramento conjunto são imensas e animadoras”, finaliza Aranha.

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