O Fundecitrus promoveu, na quarta-feira (23/11), em sua sede, em Araraquara/SP, o Workshop de greening: Estratégias para manejo da doença. O evento foi realizado de forma presencial e online, reunindo cerca de 150 profissionais do setor no auditório da instituição e 742 acessos na transmissão online, realizada ao vivo pelo canal do Fundecitrus no YouTube.
O workshop foi conduzido pela jornalista Daniela Lemos, e teve como proposta apresentar informações atualizadas sobre o atual cenário de greening, visando aprofundar o assunto e auxiliar na compreensão da situação, levando informação técnica detalhada para o público.
O gerente-geral do Fundecitrus, Juliano Ayres, fez a abertura do evento, destacando a importância do encontro. “Esse workshop veio em um momento estratégico e crítico da citricultura. Trouxemos especialistas do Fundecitrus e da ESALQ-USP para falar sobre o maior desafio atual da citricultura, o greening. O mundo quer suco de qualidade, e suco não se faz com greening”, comenta Ayres.
Em seguida, o pesquisador do Fundecitrus Renato Bassanezi fez um panorama do cenário do greening no cinturão citrícola, enfatizando que, com a adoção de medidas de manejo adequadas, é possível reduzir a disseminação da doença. “É importante ter atenção a alguns fatores responsáveis pelo aumento da doença no parque citrícola, como a manutenção de plantas doentes, o controle inadequado do psilídeo e algumas práticas culturais que têm favorecido brotações nos pomares”, destaca.
O professor e pesquisador da ESALQ-USP João Lopes falou sobre a dispersão do psilídeo nos pomares. “O produtor precisa conhecer como ocorre a transmissão e movimentação do psilídeo, especialmente em função das brotações e condições climáticas. É preciso estar preparado com medidas de manejo externas, eliminar plantas doentes e associar táticas com produtos eficazes”, comenta.
O também professor e pesquisador da ESALQ-USP Celso Omoto abordou a resistência de psilídeos a inseticidas. “A resistência a inseticidas não deve ser negligenciada. Os citricultores precisam fazer a rotação de produtos com diferentes modos de ação e implantar estratégias de boas práticas com as propriedades vizinhas, para evitar o aumento da população do inseto”, explica Omoto.
A última palestra do evento foi realizada pelo pesquisador do Fundecitrus Marcelo Miranda, que tratou sobre as principais ações para o controle do psilídeo. “Além da rotação de produtos, ressaltamos diversos pontos importantes, como a qualidade da pulverização e o bom monitoramento do psílideo e das ninfas e também das brotações”, reforça.
O encerramento do workshop enfatizou como o Fundecitrus e instituições parceiras continua atuando, por meio de pesquisas, para auxiliar os produtores a lidar com a doença.