Integração Lavoura Pecuária Floresta pode ser diferencial competitivo para o agronegócio
Tema foi discutido na 5ª edição do Circuito RedeAgro, realizado em Indaiatuba (SP)
Um dos alimentos mais importantes da mesa brasileira é o arroz. A cultura do cereal participa desde 2005 do projeto sobre o sistema de Produção Integrada do Arroz (PIA). Uma das características desse sistema é aumentar a rentabilidade e a qualidade do arroz irrigado, bem como reduzir riscos de contaminação ambiental em decorrência do elevado uso de insumos químicos. A PIA quer aumentar a produtividade do arroz irrigado, priorizando técnicas de manejo de pragas. A região Sul do país se caracteriza pelo cultivo do arroz irrigado e é responsável por 67% da produção nacional.
O projeto PIA se propõe a se inserir na cadeia produtiva por meio de estratégias de sensibilização de produtores e da agroindústria, capacitação técnica e validação de requisitos normativos, visando a sustentabilidade e maior competitividade do setor orizícola e bases para a certificação do processo. O projeto vem avaliando a produtividade nos sistemas de PIA e convencional, promovendo ações de organização de produtores para disseminação de princípios e implementação da PIA, através de ações de transferência de tecnologias como dias de campo, cursos, reuniões técnicas e seminários regionais.
Um dos objetivos do projeto é estabelecer normas de Produção Integrada de Arroz (PIA) de modo a subsidiar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na regulamentação de critérios e procedimentos formais necessários à implantação do Cadastro Nacional de Produtores no Regime de Produção Integrada de Grãos.
O projeto é uma parceria entre a Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) e a Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás, GO), e conta com o envolvimento do Mapa, do CNPq e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).
A valorização de produtos agropecuários
Entre uma das metas do projeto PIA está a geração de informações que possibilitem aos orizicultores adeptos de boas práticas agropecuárias do uso de um selo de qualidade. Assim, o projeto busca benefícios diretos para produção de produtos agropecuários voltados ao mercado, e é claro, ao consumidor. Através da certificação de origem da produção, atestado pelo uso de um selo de qualidade, isso vai indicar se o grão ou o produto está livre de contaminações químicas, físicas e biológicas e livre ou com presença de resíduos de defensivos agrícolas dentro dos limites máximos permitidos pela legislação brasileira e internacional.
" A certificação garante aspectos de qualidade alimentar, como produtos com propriedades funcionais e nutricionais, informações quanto a finalidade de uso, rastreabilidade para permitir o acesso de como o arroz foi produzido, ou seja, com respeito ao meio ambiente e aos direitos do trabalhador rural", completa a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Maria Laura Mattos.
Seminário Regional
Como forma de valorização dos produtos agropecuários, a Superintendência Federal de Agricultura do Rio Grande do Sul, realizou um seminário regional, nesta terça-feira (22/03), para tratar da abordagem da "Valorização de produtos agropecuários: indicação geográfica, marcas coletivas e produção integrada agropecuária".
A Embrapa levou experiências sobre a produção integrada da maçã, através do trabalho realizado pela estação de fruticultura de clima temperado da Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves, RS), a Associação dos Produtores de Maçã (Agapomi) e a Cooperativa Sanjo (São Joaquim, SC). Como contribuição, a equipe da PIA foi representada pelos pesquisadores Maria Laura Mattos e Samar Velho da Silveira, que apresentaram investimentos públicos em projetos de produção integrada agropecuária.
O seminário regional ocorreu na Casa do Povo, no bairro Glória, em Vacaria, RS.
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