Sistema de Alerta faz treinamento

19.09.2011 | 20:59 (UTC -3)
Bruno Zamora Teoro

A equipe do Sistema de Alerta da mosca-das-frutas, grupo multiinstitucional que está monitorando a praga e criando mecanismos para evitar a infestação dos pessegueiros gaúchos, reuniu técnicos da extensão rural e de Secretarias Municipais de Agricultura da região de Pelotas para reforçar as estratégias de combate. O curso, realizado na Sede da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS) no dia 15 de setembro, definiu um padrão de informações entre as áreas técnicas de diferentes órgãos agropecuários para facilitar o repasse de conhecimento aos agricultores.

Orientações sobre como monitorar e proteger os pomares contra a mosca-das-frutas foram repassadas. Os participantes expuseram suas dúvidas e aprenderam o preparo e as técnicas de aplicação da armadilha e da isca tóxica.

Os pesquisadores da Embrapa Dori Edson Nava e Mirtes Melo explicaram todo o processo, desde a confecção da armadilha – espécie de bola contendo em seu interior proteína hidrolisada diluída em água que serve para capturar e monitorar a população das moscas – até o preparo e a aplicação da isca tóxica – substância pulverizada em partes dos pomares que contém, além de proteína e água, um inseticida que mata as moscas.

“A armadilha é somente um indicativo da presença ou ausência da mosca. É uma forma de controle. Para combatê-la, é necessário aplicar a isca tóxica”, detalhou Mirtes.

Funcionário de uma indústria de conserva da região, Rubernei Cardoso trabalha com 130 produtores e oferece a eles os produtos para fazer a isca tóxica. “Damos aos nossos produtores o que é necessário para fazer a isca tóxica para proteger o pomar contra a mosca-das-frutas, e os produtores de pêssego nos pagam com parte da safra”, expôs.

O Sistema de Alerta da mosca-das-frutas foi criado para evitar a infestação dos pomares pelo inseto, já que os inseticidas tradicionalmente usados pelos agricultores estão fora do mercado e a falta de informação sobre quais passos adotar no cultivo pode inviabilizar toda a safra local.

O monitoramento é feito semanalmente na região que abrange Pelotas, Morro Redondo e parte de Canguçu – as três cidades que respondem por praticamente toda a produção de pêssego da Metade Sul gaúcha. O projeto é uma parceria da Embrapa, Emater/RS-Ascar e Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

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