Pesquisadores da Embrapa indicam novos usos para a bananeira

16.09.2011 | 20:59 (UTC -3)
Léa Cunha

O terceiro dia do Simpósio Internacional ProMusa-ISHS: Bananas e Plátanos, que vai ser realizado em Salvador (BA), no período de 10 a 14 de outubro, vai ter um espaço específico para a discussão sobre os novos usos de bananeiras e plátanos que devem alcançar novos nichos de mercado.

“Usos alternativos: Desafios e oportunidades” é o nome da palestra principal 1 da sessão 4 de mesmo nome, que será ministrada pela pesquisadora Janay Almeida dos Santos-Serejo, da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas – BA). “Quase todas as partes das bananas e dos plátanos têm algum uso econômico ou medicinal”, afirma Janay, citando as fibras obtidas do pseudocaule (falso tronco) da bananeira, que podem ser empregadas nas indústrias têxtil, de papel e celulose. “Já a casca da fruta pode ser usada na produção de tintas, álcool, biogás e na extração de pectina, uma fibra hidrossolúvel muito aplicada na indústria de alimentos. Raízes, flores, caule e folhas também são utilizados na indústria farmacêutica”, complementa a pesquisadora.

Outro uso alternativo é como planta ornamental. Com o objetivo de diversificar e expandir o uso da variabilidade do Banco Ativo de Germoplasma de Bananeira – área que conserva material genético de uso imediato ou futuro – da Embrapa Mandioca e Fruticultura, diversas plantas com potencial ornamental têm sido selecionadas para obter novos híbridos que poderão ser usados na jardinagem, em vasos, como flores de corte ou minifrutos ornamentais, para arranjos florais”, explica Janay. Na Embrapa, esta pesquisa tem sido conduzida por ela e pelos pesquisadores Fernanda Vidigal Souza e Edson Perito Amorim, presidente do ProMusa.

O Simpósio Internacional ProMusa-ISHS: Bananas e Plátanos tem como objetivo atualizar os diferentes segmentos do agronegócio de bananeira em relação às novidades da área de pesquisa. “Além dos desafios e das oportunidades para usos alternativos, serão discutidas questões ligadas a práticas culturais, doenças da cultura, diversidade e melhoramento genético, pós-colheita, marketing e comercialização”, explica Edson Perito Amorim.

O ProMusa é realizado pela Embrapa, ISHS (Sociedade Internacional da Ciência da Horticultura), Bioversity International, Musalac (Rede de Pesquisa e Desenvolvimento de Banana e Plátano para América Latina e Caribe) e Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF).

Mais informações no endereço

e pelo telefone (71) 2102-6600.

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