Sindiadubos divulga projeções para o mercado de fertilizantes no Brasil em Simpósio

O evento, primeiro após a pandemia, também tem como objetivo possibilitar contatos e mostrar as novidades do setor

26.10.2022 | 13:48 (UTC -3)
Ceres Battistelli

A volatilidade no setor de fertilizantes e as projeções para as próximas safras em diferentes cenários estão entre os principais temas do Simpósio Sindiadubos NPK 2022, que será realizado no dia 27 de outubro, em Curitiba.

O evento - será promovido na sede da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) - e deverá reunir um público recorde nesta edição, com mais de 500 participantes, entre empresários e representantes do setor produtivo. As inscrições podem ser feitas pelo site.

O presidente do Sindiadubos, Aluísio Schwartz Teixeira, explica que será feita uma projeção de dados de importações, compras e o setor de fertilizantes no Brasil, baseada em dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA).

"Os estoques estão reduzindo e se ajustando, dependendo do consumo. Esperamos para 2023 um aumento da demanda e que a importação e compra aconteça ao longo dos meses para que não haja gargalos de demandas, mas as expectativas são muito boas para o ano que vem", afirma Aluísio.

O Simpósio do Sindiadubos, primeiro após a pandemia, também tem como objetivo possibilitar o network e mostrar as novidades do setor.

Na programação estão as palestras com diretor de operações da Portos do Paraná -- APPA, Luiz Teixeira da Silva Júnior e Kellen Severo, Jornalista especializada em Economia e Agronegócios e que é âncora e editora-chefe do jornalístico Mercado & Cia, no Canal Rural. Também é pós-graduada em Economia pela FIPE/USP e se especializou em Direito do Agronegócio no Insper e derivativos agrícolas pela BM & FBovespa.

Consumo de Fertilizantes

O Brasil é o principal produtor mundial de soja e ocupa o topo do ranking dos países exportadores do grão. No Paraná, segundo produtor nacional, até o dia 03 de outubro, o plantio havia atingido 15% da área estimada com soja da safra 2022/23, segundo dados do Deral - Departamento de Economia Rural do Estado. Segundo dados da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, em agosto, foram descarregadas 773.771 mil toneladas de fertilizantes.

O insumo é essencial para a agricultura e o Brasil depende de fornecedores estrangeiros para suprir a demanda.

O Brasil importa 85% do fertilizante usado nas lavouras. O país comprou um volume recorde de adubos este ano. A medida foi para garantir insumos suficientes para a expansão da área plantada diante dos temores de escassez por conta da guerra entre Ucrânia e Rússia, que é um importante fornecedor.

"Para se ter uma ideia, de janeiro a maio deste ano, a movimentação de fertilizantes pelos portos do Paraná, principal porta de entrada do produto no país, teve alta de 14%, em comparação com o mesmo período do ano passado", afirma Valdécio Bombonatto, empresário que atua no setor de fertilizantes há mais de 30 anos.

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