Setor produtivo se une contra cigarrinha-do-milho

Objetivo é alertar o produtor rural para a crescente presença desse inseto nas lavouras e orientar sobre as boas práticas de manejo

28.02.2023 | 15:11 (UTC -3)
Sistema FAEP/SENAR-PR, edição Cultivar
Objetivo é alertar o produtor rural para a crescente presença desse inseto nas lavouras e orientar sobre as boas práticas de manejo; Foto: Divulgação Cultivar
Objetivo é alertar o produtor rural para a crescente presença desse inseto nas lavouras e orientar sobre as boas práticas de manejo; Foto: Divulgação Cultivar

Cooperativas, sindicatos rurais e órgãos de governos lançaram nesta semana a campanha “Paraná contra a cigarrinha-do-milho”. A proliferação da cigarrinha-do-milho é uma preocupação crescente entre os produtores do cereal no Paraná. O inseto é vetor de doenças vasculares e sistêmicas que causam o chamado enfezamento da planta, problema capaz de reduzir em mais de 70% a produção de grãos nos cultivares suscetíveis.

A campanha de orientação aos produtores é uma realização conjunta do Sistema Ocepar (Ocepar, Fecoopar e Sescoop/PR), Sistema FAEP/SENAR-PR, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), órgãos ligados à Secretaria da Agricultura e Abastecimento e Agricultura do Paraná (Seab), e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). O objetivo é alertar o produtor rural para a crescente presença desse inseto nas lavouras do Paraná e orientar sobre as boas práticas de manejo para reduzir os problemas causados pela infestação da praga.

As peças da campanha, criadas com o apoio da Cocamar Cooperativa Agroindustrial de Maringá, levam em conta cada fase de cultivo do milho. As orientações para evitar a infestação da cigarrinha incluem, por exemplo, a eliminação do milho voluntário (tiguera).

Saiba mais sobre o manejo da cigarrinha-do-milho na Cultivar Grandes Culturas:

Controle da cigarrinha-do-milho

Fertilizante foliar ajuda controlar a cigarrinha do milho

Enfezamentos na cultura do milho

O que é

Desde 2015, populações de cigarrinha-do-milho estão se deslocando e sendo registradas na Bahia, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. A partir de 2019, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul também passaram a ser afetados. Atualmente, a proliferação da cigarrinha-do-milho e a ocorrência de enfezamentos dos cultivos é considerada um desafio fitossanitário para a cadeia produtiva do cereal. A cigarrinha pode se tornar vetor de três doenças sistêmicas que atacam o milho: o enfezamento pálido, o enfezamento vermelho e à risca do milho ou milho raiado fino.

A cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) adulta mede de 3,7 a 4,3 mm de comprimento, com fêmeas geralmente maiores que machos. Tem coloração palha com manchas negras no abdômen e duas manchas negras na cabeça, similares a olhos escuros. Vivem em colônias no cartucho e folhas jovens do milho. Sugam a seiva das plantas. O ciclo de vida da cigarrinha, de ovo a adulto, é em torno de 45 dias. Sob condições favoráveis de temperatura, 26 e 32 ºC, o ciclo pode ser completado em 24 dias. Na fase adulta as fêmeas podem depositar cerca de 14 ovos/dia, totalizando em média, 611 ovos durante seu ciclo.

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