Câmara setorial discute diversificação e sustentabilidade para biodiesel
Preocupados com mudanças climáticas e a queda na produtividade das lavouras sul-mato-grossenses nas últimas safras, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o governo do Estado, por meio da Secretaria de Produção e do Turismo (Seprotur), irão apoiar a pesquisa de cultivares de melhor adaptação às características do Estado, e a melhoria no monitoramento agro-climático.
A primeira reunião técnica para definir estratégias de ação ocorreu terça-feira (18/08), com a presença de técnicos de Brasília, do Estado, da Fundação Chapadão, Fundação MS e Fundação Vegetal.
Representando o Mapa, o Diretor de Programa da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), Helinton José Rocha, revelou que já há trabalhos no ministério sobre os reflexos das mudanças climáticas na agricultura, com foco na baixa produtividade nas últimas safras. “Queremos saber os efeitos da mudança climática, e também a redução na adoção tecnológica na região”, salientou.
O secretário Adjunto da Seprotur, Paulo Engel, lembrou que o Estado negocia com o Mapa a implantação de 48 novas unidades de monitoramento agro-climático, que vão somar as 23 já existentes. “Estes investimentos serão de fundamental importância para as pesquisas agro-climáticas”, declarou, lembrando, no entanto, que será preciso avançar ainda mais nesta cobertura. “Nossa área de observação ainda é pequena”, lamentou.
Dentre as estratégias que a Seprotur propôs neste primeiro encontro, visando minimizar as perdas de safra por adversidades climáticas, além da busca por mecanismos de apoio a pesquisa com foco na cultura de soja e milho safrinha, estão os ensaios para a definição dos períodos de plantio; recomendação de cultivares mais produtivos; adoção e instrumentos de cooperação técnica – financeira; e a criação de um fundo de apoio à pesquisa.
Resultados
O gerente de pesquisa da Agencia de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Hércules Arce, aponta como um dos reflexos da ampliação da pesquisa no Estado, a maior confiabilidade das informações sobre o que está ocorrendo nas lavouras do Estado. Ele lamenta que hoje não é possível responder com clareza porque este fenômeno agro-ecológico vem ocorrendo, muitos menos, apontar porque as cultivares não estão funcionando adequadamente. “Estas respostas serão fundamentais para que possamos traçar alternativas e apontar tendências ao produtor, ou seja, quais as melhores épocas de plantio e quais cultivares usar”, explicou.
Neste aspecto, o projeto da Seprotur pretende descentralizar e flexibilizar aspectos operacionais do Zoneamento Agrícola, com a instalação de 48 estações meteorológicas e a incorporação de atividades não contempladas atualmente. Quanto aos estudos agro-ecológicos, a proposta debatida com o Ministério da Agricultura visa aprofundar os estudos em diversas culturas; fortalecer as estruturas de pesquisa agropecuária existentes, envolvendo os órgãos oficiais e as fundações estaduais; implantar um programa de recuperação e conservação de solo e água; e fortalecer o serviço de assistência técnica e Extensão rural.
O diretor do SDC concorda. Embora não tenha anunciado os valores que o Mapa deverá investir nos projetos, ele declarou que acredita que o zoneamento agro-ecológico precisa ser fortalecido, com ganhos de informações. “Precisamos enfrentar os problemas que cercam a queda da produtividade”, conclui.
Alexssandro Loyola
Assessoria de Imprensa Seprotur
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