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No começo a análise do solo, depois a plantadeira, o pivô de irrigação, o pulverizador e por último, a colheitadeira. Esses são alguns dos processos realizados diariamente em propriedades rurais, com auxílio de uma ferramenta que veio para ficar: a agricultura de precisão. São técnicas e equipamentos que demandam mão de obra qualificada, devido aos variados níveis de tecnologia embarcada. Pensando nisso, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), por meio do programa nacional de Agricultura de Precisão, está promovendo uma série de treinamentos de atualização para instrutores da área que levam qualificação para o produtor e o trabalhador rural. Esta semana, os cursos aconteceram em Palmas (TO) e em Não-Me-Toque (RS), com apoio da empresa de máquinas Stara.
“A Stara é uma grande parceira. Em 2012 e 2013 tivemos a oportunidade de levar os instrutores até a fábrica em Não-Me-Toque no Rio Grande do Sul e, agora, em 2015, conseguimos formatar uma capacitação exclusiva para o SENAR nos estados. Já atualizamos profissionais de Minas, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná”, explica o coordenador do programa, Rafael Diego Nascimento da Costa.
Desde 2010 atuando com agricultura de precisão pelo SENAR, o instrutor do Rio Grande do Sul, Gustavo Blom Pippi, conta que apesar dos anos na área, o treinamento contribui para ficar por dentro das inovações tecnológicas dos maquinários. “Já trabalhei com distribuidores, plantadeiras e aqui estamos vendo os pulverizadores. Além de nos atualizar com as novidades da empresa, podemos interagir com os colegas e trocar experiências”, comenta.
O instrutor acrescenta que no seu estado a procura por agricultura de precisão tem sido grande, chegando a 25% em quatro anos. “A previsão é que teremos um crescimento de mais 25% nos próximos quatro anos, como mostrou um estudo do projeto Aquarius, da Universidade Federal de Santa Maria, do Rio Grande do Sul. Com a melhoria adquirida pelo uso da AP, o produtor consegue pagar o investimento em máquinas com a própria produção, porque passa a produzir mais, gastando menos com insumos. É o caso do pulverizador, que estamos vendo no treinamento. Com ele, é possível usar menos produto para obter o mesmo resultado”, explica Gustavo Pippi.
No Tocantins, a aplicação da agricultura de precisão está crescendo principalmente entre os médios produtores, afirma o instrutor Diego Bárbara de Moraes. “A agricultura de precisão é para todos, mas como o grande produtor já tem acesso à AP, estamos levando as capacitações na área para o pequeno e médio produtor. E não é apenas o operador de máquinas que participa dos treinamentos, o produtor também tem interesse e busca esse conhecimento, até porque existe a insegurança do operador deixar a propriedade. A agricultura de precisão é um benefício e uma realidade no agro, por isso é importante o produtor participar e se manter atualizado também.”
As capacitações no Rio Grande do Sul e Tocantins acabam nesta sexta-feira, 12. No próximo mês, o SENAR encerra os treinamentos na Stara com a Administração Regional de Mato Grosso. “A previsão para o segundo semestre é a realização de novos treinamentos com outras empresas do setor. Ainda estamos fechando os cronogramas”, finaliza o coordenador Rafael Diego da Costa.
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