Dias de campo mostram desempenho de forrageiras na recuperação de pastagens em MT
A conservação dos solos no bioma Pampa foi o tema debatido em um seminário realizado nesta quarta-feira (18) em Bagé, promovido pela Embrapa Pecuária Sul e Mapa, com a apoio da Emater-RS. O evento foi em alusão ao Dia Mundial do Solo, comemorado no dia 15 deste mês, e reuniu produtores, pesquisadores e técnicos no auditório da Embrapa. O objetivo foi sensibilizar o público presente sobre a importância do manejo correto para a conservação dos solos e melhorar a atividade agropecuária na região da Campanha.
De acordo com o Fiscal Federal Agropecuário do Mapa Ricardo Dourado Furtado, o evento foi realizado pela primeira vez este ano, apenas em Brasília e Bagé e a idéia é levar para outras regiões do país e tornar uma promoção anual. “A importância de repassarmos estas informações aos produtores não se restringem apenas à cadeia produtiva, mas sim para as gerações futuras. Por isso, o Mapa incentiva o debate em torno de práticas sustentáveis de produção, que levem em consideração esse bem precioso, que é o solo”, ressaltou Furtado.
No seminário, o Assistente Técnico Estadual de Solos da Emater, Edemar Valdir Streck, falou sobre as classes de solos do Pampa e a transformação do seu ambiente natural como determinantes do uso, manejo e conservação. Segundo Streck, no Pampa se encontram diferentes tipos de solos, com composições, profundidades e fertilidades diferenciadas. Por isso, é preciso conhecer quais as aptidões de cada local e se a sua utilização é mais adequada à agricultura ou à pecuária, por exemplo. “É extremamente importante o produtor conhecer qual o tipo de solo que ele vai trabalhar para utilizar culturas mais indicadas ou se o ideal é preservar o campo nativo, de acordo com análises técnicas”, ressaltou. Ainda segundo o palestrante, um manejo correto é eficiente para evitar a degradação do solo, além de ser uma ação que necessita de pouco investimento.
Já o pesquisador da área de agrometeorologia da Embrapa Pecuária Sul, Gustavo Trentin, discorreu sobre a influência dos fenômenos climáticos na conservação do solo. Trentin ressaltou que é extremamente importante para o produtor saber das previsões climáticas para planejar sua atividade, podendo assim minimizar os efeitos do principal fator de degradação dos solos, que é a erosão hídrica. “Hoje sabemos, por exemplo, que o mês de abril é o com maior potencial de erosidade do solo. Portanto, se o produtor adotar um manejo adequado, ele pode ter uma perda menor de solos”, afirmou.
Para finalizar o seminário, o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Leandro Volk falou sobre a conservação do solo em pastagens cultivadas e naturais. Para Volk, conservar o solo é utilizá-lo de acordo com sua capacidade produtiva. Ou seja, o produtor tem que adequar sua produção, seja agrícola ou pecuária, dentro do que solo de sua propriedade permite. “Já existem várias ferramentas para avaliar a capacidade dos solos. Com certeza, se a utilização foi maior que sua capacidade, ele estará sendo degradado”, disse. O pesquisador ressaltou ainda que a preocupação com a conservação do solo deve ser permanente, sob o risco do produtor inviabilizar sua própria atividade econômica.
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