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Com a presença das principais lideranças do agronegócio brasileiro e a participação de técnicos envolvidos com a questão do financiamento do setor rural, será realizado no dia 26 de abril, em São Paulo, o seminário “Instrumentos de Crédito e Seguro para o Agronegócio”. Promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), em conjunto com as Câmaras de Crédito e de Seguro Rural do Mapa, o evento debaterá as propostas que estão atualmente em análise nas áreas de produção, finanças, bolsa e seguro, tendo em vista a necessidade de elevação dos recursos para custeio e investimento do setor no País.
“O que nós queremos é dar maior eficiência ao sistema privado de crédito”, afirma um dos palestrantes do evento, o advogado Renato Buranello, coordenador do subcomitê de Sistema Privado de Financiamento da ABAG e sócio da Demarest & Almeida Advogados. “Precisamos, efetivamente, melhorar algumas leis, no sentido de cumprir a função mais importante do sistema, que é levar mais recursos financeiros para o campo”, acrescenta ele.
Uma dessas melhorias legais é a criação de instrumentos que possibilitem haver um mercado privado de títulos e não apenas o crédito oficial. Segundo Buranello, é preciso fazer com que esses títulos circulem, resultando num mercado secundário como existe atualmente no mercado imobiliário, onde não falta crédito. No estudo feito pelo Subcomitê a CPR (Cédula de Produto Rural) tinha limitações que precisavam ser quebradas. “É necessário aperfeiçoar os outros títulos do agronegócio para o mercado financeiro poder comprar mais essas ideias dos títulos. São mais de 30 ou 40 pedidos de mudança. Estamos contextualizando as duas normas para que a produção, comercialização e financiamento fiquem integrados”, informa Buranello.
O crédito e seguro rural são instrumentos vitais para o funcionamento do setor agrícola, eles não são independentes. O agricultor necessita de capital de giro para tocar a sua lavoura. Os resultados de todos esses estudos do Subcomitê e também do Comitê de Financiamento da ABAG serão apresentados no seminário. O comitê tem como objetivo principal reunir as propostas apresentadas pelas diversas áreas para elevação dos recursos destinados ao setor. Com isso, a intenção é conferir maior velocidade e melhorar a gestão das demandas que, muitas vezes, envolvem ministérios distintos. A partir do trabalho do Comitê, a ABAG levará ao governo uma pauta consolidada para dar maior força e legitimidade para toda a cadeia do agronegócio. A prioridade é concentrar na questão do crédito e das formas de investimento.
O seminário será aberto, às 13h30, pelo presidente da ABAG, Luiz Carlos Corrêa Carvalho e por Caio Tibério Dornelles da Rocha, secretário de Política Agrícola do MAPA.
Confira, na sequência, as palestras e seus respectivos coordenadores:
14h – Apoio à Comercialização, com Sérgio De Marco, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa).
15h – Sistema de Financiamento, com Alexandre Figliolino, diretor do Banco Itaú BBA.
16h20 – Central de Risco e Seguro, com Walmir Fernandes Segatto, superintendente comercial do Banco Santander.
17h30 – Comentários e Encaminhamentos, com José Carlos Vaz, secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Dessa última parte participará ainda José Carlos Vaz, Secretário Executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e João Sampaio, Presidente do Cosag – Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp.
Também estão convidados para os debates: André Pessoa, sócio-diretor da Agroconsult Consultoria e Projetos; Sávio Rafael Pereira, assessor do DEAGRI, do Mapa; Carlos Favaro, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso; Antonio Carlos Ortiz, diretor de Rural Banking, do Rabobank International Brasil; Renato Macedo Buranello, sócio sênior da Demarest & Almeida Advogados; Ricardo Conceição, sócio-diretor da RiCon Consultoria e Assessoria; Luiz Roberto Paes Foz, presidente da UBF Seguros; Carlos Eduardo Ratto Pereira, diretor da Cetip; João Pinto Rabelo Júnior, secretário-adjunto de Política Agrícola do Mapa; e Luiz Carlos Guedes Pinto, diretor-geral do BB/Mapfre – Aliança Seguros.
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