Secretário da Bahia debate com produtores estruturação das cadeias do coco e da laranja

26.03.2012 | 20:59 (UTC -3)
Josalto Alves

Reunidos com cerca de 500 agricultores, pescadores e assentados dos 15 municípios localizados nos territórios de identidade do Litoral Sul e do Agreste de Alagoinhas, no Clube Esportivo de Conde, o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, debateu durante mais de três horas as demandas das cadeias produtivas do coco e citricultura, predominantes na região, além da pecuária de leite e corte, e da pesca e aquicultura. Participaram das discussões os superintendentes da Seagri, os coordenadores e diretores da CDA, EBDA, Adab e Bahia Pesca, representantes dos Banco do Brasil e Banco do Nordeste do Brasil; o secretário de Agricultura de Conde, Claudio Velame, e Roberto Lessa, diretor da Aurantiaca, indústria de coco que está sendo implantada em Conde,

Esta importante reunião fez parte da programação da 26ª edição do projeto Seagri Itinerante, que durante quatro dias percorreu os 15 municípios dos territórios de identidade do Litoral Sul e do Agreste de Alagoinhas.

Com relação à citricultura, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vai fazer um levantamento das doenças que podem afetar a região e capacitar os produtores para combater e ou prevenir. Atendendo às demandas apresentadas, os agricultores da região serão incluídos no programa Bahia Citros, e a EBDA vai promover a subsolagem das pequenas propriedades que apresentam problemas nessa área para melhorar a produção.

Momentos antes da reunião, o secretário da Agricultura, Eduardo Salles visitou o canteiro de obras da Aurantiaca, primeira indústria de coco a se instalar na Bahia, atraída para o Estado pelas ações desenvolvidas pela Secretaria da Agricultura, através da Superintendência de Atração de Investimentos, em parceria com a Secretaria de Indústria e Comércio (Sicm). Os diretores da indústria, Roberto Lessa e Oscar de Lavrini explicaram ao secretário e comitiva o que está sendo feito na fábrica, que no mês de setembro deste ano vai colocar em operação a sua primeira unidade, para fabricação de biomantas e biorolos, utilizados em sistema de contenção. Em abril de 2013, a indústria inicia a fabricação de óleo e água de coco.

Destacando a importância de crédito para o custeio e para investimentos visando a recuperação dos coqueirais, o secretário Eduardo Salles informou aos agricultores que, em dezembro do ano passado, o Grupo Aurantiaca, prefeitos de municípios da região, os Banco do Brasil, Banco do Nordeste do Brasil e Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), assinaram com a Secretaria da Agricultura e seus órgãos vinculados Adab e EBDA o Protocolo de Intenções Para Revitalização da Cadeia Produtiva do Coco no Litoral Norte do Estado. Como parte do protocolo, o BB, BNB e a Desenbahia assumiram o compromisso de criar linhas de crédito que terão recursos superiores a R$ 20 milhões.

Salles afirmou ainda que o coco está inserido nas cadeias de fibra e da fruticultura, esta considerada estratégica para o Estado e incluída no programa Vida Melhor, lançado no ano passado pelo governador Jaques Wagner. A cultura do coco gera 240 mil empregos e é praticada essencialmente pela agricultura familiar. Com 83 mil hectares plantados, a Bahia é líder do ranking nacional, com produção anual superior a 500 milhões de frutos, posicionando-se à frente do Ceará, (43 mil ha), Sergipe, (34 mil ha), e Pará, em quarto lugar com 25 mil hectares. Localizado no Litoral Norte, o município de Conde possui 15 mil hectares plantados, área que somada à do vizinho município de Jandaíra, (11 mil ha), supera a do Estado do Pará.

A assinatura do protocolo foi o primeiro passo para a implementação do Plano de Estruturação da Cadeia Produtiva do Coco do Litoral Norte, que está sendo elaborado pela Subcâmara do Coco, instância da Câmara Setorial de Fibras.

“A estruturação da cadeia do coco é uma das prioridades do governo do Estado. As ações que estamos desenvolvendo em parceria com o Grupo Aurantiaca, BB, BNB, Desenbahia e prefeituras da região vão incrementar o desenvolvimento do Litoral Norte e do Agreste de Alagoinhas, dando sustentabilidade a milhares de famílias de agricultores”, avaliou Salles.

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