Secretaria da Agricultura de Santa Catarina faz balanço de missão técnica internacional

21.11.2011 | 21:59 (UTC -3)
Anna Bellani

Na última sexta-feira (18), o secretário adjunto de Santa Catarina da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, retornou ao Brasil após integrar missão técnica internacional organizada pela Secretaria, com o apoio do Sebrae/SC, para Austrália e Nova Zelândia. A equipe permaneceu nos países durante duas semanas, de 04 a 18/11, e contou com 30 integrantes dos setores público e privado.

Na Nova Zelândia, a delegação visitou a produção e processamento de hortigranjeiros em larga escala, a produção de leite a base de pastagens, a bovinocultura de corte, ovinocultura, produção de grãos com irrigação, a vitivinicultura e a produção de cervos. Também foram visitadas instituições de pesquisa agropecuária, melhoramento genético de rebanhos e de pastagens, um frigorífico de abate de bovinos e ovinos, cooperativas e a feira Agropecuária de Canterbury, a segunda maior do país.

Na Austrália, no Estado de New South Wales, a missão visitou e discutiu oportunidades de negócios com a Câmara Comércio Brasil-Austrália, a rastreabilidade de animais, o sistema de inspeção sanitária e biosegurança, a vitivinicultura. No Estado de Queensland, a delegação catarinense realizou um seminário com a Secretaria da Agricultura do Estado, e visitou propriedades rurais que produzem leite com ordenha robotizada, bovinos de corte com transferência de embriões, pastagens, produção e beneficiamento de hortigranjeiros. Também visitou um frigorífico do grupo JBS e um confinamento de bois, que produz produtos de alta qualidade para o mercado global. Foram visitados ainda propriedades rurais que produzem grãos, utilizando irrigação e foi apresentado um seminário sobre a suinocultura australiana.

De acordo com o secretário adjunto, Airton Spies, a missão foi considerada um sucesso por todos os participantes. “Como pontos de destaque e de grande interesse para Santa Catarina, estão a produção de leite de alta qualidade, a custo competitivo, a partir de pastagens tratadas como lavouras”, destacou. Para Spies, os fundamentos da produção de leite nesses dois países são simples e podem ser adaptados e aplicados na nossa realidade.

“Investir na produção de pasto, com genética de gramíneas e leguminosas adequadas, correção e adubação do solo, e manejo correto com pastoreio rotativo são pilares que eles aplicam. Outro aspecto é a genética das vacas leiteiras, que são adequadas para se alimentar do pasto e não depender de concentrados, que só são utilizados sim, mas só quando dão lucro”, explica Airton Spies. Eles dispensaram os "garçons de vacas" desenvolvendo um sistema de produção no qual as vacas se servem no pasto, em vez de terem que ser servidas no cocho. Isso também vale para a produção de bovinos de corte e ovelhas. “Antes de ser um produtor de leite ou de carne, é preciso ser um produtor de pasto”, afirma Spies. Outro destaque de grande interesse visto na Austrália são os sistemas de captação, armazenagem e uso da água da chuva na irrigação. Cada produtor constrói açudes para guardar a água da chuva quando ela é abundante, para garantir uma boa safra, mesmo em caso de estiagens.

Dessa missão será preparado um relatório técnico, a ser finalizado em reunião do grupo no dia 03/12/2011 em Lages, o qual deverá contribuir ainda mais para difundir os resultados para todos os interessados.

Participaram da missão agricultores, líderanças do setor, pesquisadores, extensionistas e dirigentes de entidades, além Secretário Ajunto da Agricultura e da Pesca Airton Spies e do Deputado Estadual José Milton Scheffer representando a Assembléia Legislativa. A missão foi organizada pelo Sebrae/SC e teve a participação nos países visitados, da Lincoln University na Nova Zelândia e da Quadrant na Austrália.

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