Manual orienta a recuperação de áreas degradadas na Caatinga
Uma das cinco maiores produtoras de maçãs do país, a Sanjo é uma cooperativa agrícola que tem a sua história de sucesso baseada na qualidade de sua produção agrícola, favorecida pela adaptação singular da variedade Fuji ao clima da serra catarinense, em São Joaquim.
Fundada em 1995 e formada originalmente por imigrantes de origem japonesa, oriundos da cooperativa Cotia em São Paulo, a Sanjo alcançou sucesso efetivo como especialista em maçãs Fuji, graças ao trabalho pioneiro do Prof. Kenshi Ushirozawa.
Ainda nos anos 70, ele trouxe para o Brasil a maçã Fuji – cujo nome remete ao imponente vulcão japonês - e encontrou na serra catarinense as condições climáticas ideais para o seu cultivo, na altitude de mais 1300 metros e na média de 700 horas de frio anual nos meses de inverno.
Por conta disso, a cidade hoje guarda a macieira matriz da espécie Fuji no Brasil e também um monumento ao professor Ushirozawa, que podem ser visitados na Estação Experimental da Epagri.
Uma das frutas mais antigas cultivadas pelo homem, estima-se que hoje existam mais de 7500 variedades de maçãs espalhadas pelo mundo. No Brasil, a variedade mais consumida ainda é a maçã Gala, mas a Fuji tem crescido no padrão de consumo, principalmente nas Regiões Sul e Sudeste. A Sanjo produz ambas as variedades em grande volume, comercializadas em todo o país nas marcas Sanjo, Dádiva, Pomerana e Hoshi.
As diferenças entre as maçãs Gala e Fuji são bem acentuadas: a Fuji é uma maçã mais crocante e suculenta, em seu processo de maturação ainda no pé inicia uma formação do mel – Pingo de Mel - que nada mais é do que o acúmulo de frutose. Esta característica única acontece em pequenos volumes colhidos nos meses de maio e junho, que propicia a esta variedade um sabor único. Seu sabor é mais doce e menos ácido do que a Gala, além de demorar mais tempo a ficar com uma textura “farinhenta”, o que amplia significativamente a sua durabilidade. Em relação ao cultivo, a floração das macieiras ocorre entre setembro e outubro, sendo que e a colheita da maçã Fuji começa em março e se estende até maio, enquanto a da Gala se encerra no fim do verão.
Os fatores climáticos ideais para uma boa safra incluem: frio constante no inverno, com acumulo de pelo menos 700 horas com temperatura abaixo de 7,2 °C; na primavera, temperaturas altas e sem chuva para uma boa polinização; e no verão, chuvas regulares com bons períodos de insolação, para garantir uma boa coloração das maçãs.
A safra de maçã Fuji deste ano representou 71% do volume total produzido pela Sanjo. A preferência da população pela variedade Gala é vista pela empresa como uma questão cultural: “O brasileiro em geral come pelo olho, e a maçã Gala certamente é mais vistosa”, afirma Sr. Roberto Katto, presidente.
Além do sabor, as maçãs da Sanjo, sejam elas Fuji ou Gala, carregam todos os amplos benefícios de saúde e nutrição associados ao consumo da fruta, como o controle do colesterol, a prevenção de alergias e irritações físicas, a formação de cálculos, a limpeza do sangue e a prevenção do câncer no aparelho digestivo.
Isso porque a empresa é pioneira no Brasil na obtenção do selo de Produção Integrada da Maçã (PIM), um sistema certificado pelo Inmetro, que garante a qualidade da fruta em todas as fases de produção, armazenagem e classificação – sendo a maçã a primeira fruta no Brasil a ter uma metodologia de controle dentro deste sistema.
Com seus 1100 hectares de maçãs cultivados dentro do sistema PIM, hoje a Sanjo consegue rastrear todo o caminho percorrido por cada fruta colhida pelos 78 integrantes de sua cooperativa e armazenadas nas câmeras frias de sua moderna unidade fabril - com benefícios que incluem a segurança alimentar, o controle biológico natural de pragas e doenças e a conseqüente preservação ambiental.
Fonte: MCK Cultura da Informação
(48) 3232-6473
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura