Inseticida da DuPont é mostrado no MS
A Sanepar conseguiu, junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), o Licenciamento Ambiental Simplificado que permitirá a utilização do lodo de esgoto na agricultura em propriedades de São João, Sul do Estado. Este foi o primeiro de sete pedidos protocolados no IAP pela unidade regional da Sanepar em Pato Branco. As outras solicitações, quando aprovadas, atenderão os municípios de Clevelândia, Coronel Vivida, Mangueirinha, Palmas, Pato Branco e Chopinzinho.
A Sanepar realiza nos últimos anos estudos sobre a correta destinação dos resíduos sólidos (lodo) nas estações de Tratamento de Esgoto (ETE´s). Para isso, foi criada em cada ETE uma Unidade de Gerenciamento de Lodo (UGL), que é responsável pelo processo de tratamento e distribuição do lodo para os agricultores. Em 2008, a empresa atendeu a 700 hectares na Região Metropolitana de Curitiba, com 25 mil toneladas, e outras 240 foram destinadas a 50 hectares na região de Foz Iguaçu.
Segundo o técnico da diretoria de Meio Ambiente da Sanepar, João Carlos Martinello, existe um plano de gerenciamento do lodo, para os sete municípios da Unidade Regional de Pato Branco. As medidas de aproveitamento foram traçadas de acordo com a resolução 01/2007 da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema). "Todos os cuidados técnicos são tomados para atender a legislação e garantir a eficiência do insumo agrícola", explica.
CADASTRO – Depois da liberação da licença, o lodo da UGL de São João será separado por lotes que obedecerão aos parâmetros exigidos e serão destinados a agricultores cadastrados junto a Emater, sendo possível atender, em sistema de rodízio, a 10 propriedades por ano. "Através dessa parceria iremos contribuir de forma segura para o destino do lodo", ressaltou Maritinello. Ele lembrou que a Sanepar e a Emater terão controle sobre as áreas que o lodo será aplicado e orientarão cada produtor. O início da distribuição está previsto para o segundo semestre deste ano.
De acordo com o Plano de Gerenciamento da UGL de São João, cerca de nove toneladas de esgoto serão produzidas a cada ano. No entanto, isso não significa que todo o resíduo irá para as lavouras. A cada lote gerado na UGL será realizada a caracterização de parâmetros de sanidade, substâncias potencialmente tóxicas e de parâmetros agronômicos, visando sua destinação para o uso agrícola.
O lodo de esgoto poderá ser aplicado em grandes culturas cujos produtos são consumidos após industrialização ou em culturas que não são consumidas "in natura", como feijão, soja, trigo, aveia e cevada. Também pode ser utilizado em áreas de fruticultura, por que os frutos não entram em contato direto com o solo, e em áreas de reflorestamento. Do ponto de vista agronômico, o lodo apresenta potencial fertilizante, pois possui significativa quantidade de nitrogênio, fósforo e matéria orgânica. Além disso, o processo de estabilização alcalina prolongada – que torna o lodo utilizável – faz dele um eficiente corretivo da acidez do solo.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Estado do Paraná
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