CESB registra média de 95,5 sacas por hectare no Desafio Nacional de Máxima Produtividade 2011/2012
Para trabalhar na sensibilização e indução do Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) no Maranhão, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) está criando o Grupo Gestor Estadual do Plano ABC. Idealizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Plano ABC tem como objetivo reduzir até 2020, em aproximadamente 36%, do total de 01 bilhão de toneladas de gás carbônico poluentes no Brasil. A reunião para discutir a composição do grupo aconteceu esta semana, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão (Faema).
Participaram do encontro, o secretário de Agricultura, Cláudio Azevedo, e o adjunto da pasta, Raimundo Coelho de Sousa; o superintendente Federal de Agricultura, Antônio José dos Santos; o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão (Faema), Hilton Coelho; e o chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cocais, José Mário Frazão; além de técnicos, produtores rurais, gestores, representantes de bancos oficiais e entidades que lidam com o setor agropecuário.
Para reduzir a emissão de gás carbônico, o Mapa definiu como ações voluntárias a redução de 80% da taxa de desmatamento da Amazônia e 40% do cerrado; a adoção intensiva da recuperação de pastagens degradadas; promoção da integração lavoura-pecuária-floresta; ampliação do sistema de plantio direto na palha; fixação biológica de nitrogênio e tratamento de dejetos de animais.
O secretário Cláudio Azevedo informou que a Sagrima irá coordenar, com o apoio de todos os parceiros, a ampla divulgação do Plano ABC, por meio de seminários e oficinas, que serão realizadas em todo o Maranhão. “Nós iremos elaborar o nosso Plano Estadual da Agricultura de Baixo Carbono. Este é o começo de um grande trabalho que será desenvolvido em todo o Maranhão e um dos nossos principais desafios é a recuperação da capacidade produtiva das áreas degradadas existentes no nosso estado”, afirmou Cláudio Azevedo.
O Programa da Agricultura de Baixo Carbono, elaborado pelo Mapa, é uma abreviação do nome Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura.
O ministério disponibilizou R$ 3,5 bilhões para as linhas de crédito voltadas para a diminuição da emissão do gás carbônico. “Já foram concretizadas no Maranhão operações financeiras pelo Banco do Brasil, no valor de R$ 8,6 milhões para as linhas de crédito do Programa e a nossa previsão é de que até o final deste mês esse número alcance um patamar de 10 milhões”, informou a representante do Banco do Brasil, Jardiane Viégas. “As propostas foram feitas para as regiões Tocantina, Baixo Parnaíba e municípios do Sul do Maranhão”, complementou.
O presidente da Faema, Hilton Coelho, informou que em todos os dias de campo realizados pela federação vão ser distribuídos aos participantes, o Guia de Financiamento para o investimento na ABC. “Este guia foi elaborado pela Confederação Nacional da Agricultura e nele constam informações sobre as condições e regras para acessar os financiamentos”, explicou ele.
Durante a reunião, o pesquisador da Embrapa do Distrito Federal, Ivênio Rubens de Oliveira, apresentou a palestra “Tecnologias para uma agricultura de baixa emissão de carbono” e elogiou a participação de diversas entidades e órgãos no encontro. “Aqui no Maranhão é fundamental essa integração entre os diversos setores”, afirmou.
O secretário adjunto da Sagrima, Raimundo Coelho de Sousa, explicou que a degradação do solo, pelo uso inadequado, pela falta de adubação e por práticas rudimentares como as queimadas, provoca o desgaste do solo e a morte de microorganismos, concorrendo como as principais causas para a baixa produtividade. “Precisamos produzir de forma sustentável, preservando o meio ambiente”, alertou.
Recuperação de Pastagens Degradadas: sistemas que promovem a recuperação da capacidade produtiva das pastagens degradadas;
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF): é uma estratégia de produção sustentável, que integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais, realizadas na mesma área em cultivo simultâneo, em sucessão ou rotacionado;
Sistema Plantio Direto (SPD): também chamado de “plantio direto” ou “plantio direto na palha”. É um sistema de produção baseado na manutenção dos resíduos vegetais (palhada) sobre a superfície do solo, eliminação das operações de preparo do solo e adoção da rotação de culturas.
Florestas Plantadas: a produção de florestas plantadas com fins econômicos, principalmente com espécies como o eucalipto e pinus, nas propriedades rurais possui quatro objetivos básicos: implementar uma fonte de renda de longo prazo para a família do produtor; aumentar a oferta de madeira para fins industriais (celulose e papel, móveis e painéis de madeira), energéticos (carvão vegetal e lenha), construção civil e outros usos; reduzir a pressão sobre as matas nativas; captura de CO2 da atmosfera, reduzindo os efeitos do aquecimento global.
Fixação biológica de nitrogênio ao solo: possibilita captar, por meio de microorganismos e/ou bactérias, o nitrogênio existente no ar e transformá-lo em matéria orgânica para adubar as culturas, reduzindo os custos de produção e melhorando a fertilidade do solo.
Tratamento de dejetos animais: aproveitamento dos dejetos de suínos e outros animais para a produção de energia (gás) e composto orgânico, que além de contribuir na adubação do solo, reduz a emissão de gás metano, um dos gases de efeito estufa.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura