A safra de laranja 2022/23 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro encerrou em 314,21 milhões de caixas de 40,8 kg, 0,86% abaixo da projeção inicial divulgada em maio de 2022 pelo Fundecitrus. De acordo com a entidade, a escassez de chuvas no início da safra prejudicou o crescimento dos frutos das variedades precoces, enquanto as fortes precipitações contribuíram para a queda prematura de frutos.
Apesar disso, o coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) do Fundecitrus, Vinícius Trombin, afirmou que o total acumulado ficou próximo da média histórica e a produção total não se distanciou muito do esperado. Em relação ao peso dos frutos, o valor médio aumentou um grama em relação ao projetado em maio, passando para 159 gramas por fruto, ligeiramente acima da média histórica das últimas cinco safras, que é de 156 gramas.
As chuvas também contribuíram para o aumento significativo da queda prematura de frutos, elevando a taxa média de queda no cinturão citrícola para 21,30%, um incremento de 1,3 ponto percentual em relação à projeção feita em maio de 2022. Nos últimos três anos, a taxa de queda do cinturão citrícola tem se mantido acima de 21%, o que representa um aumento em relação aos anos anteriores, quando essa taxa girava em torno de 17%.
As perdas estimadas com queda foram de 85 milhões de caixas ao longo da safra. Pragas e doenças foram responsáveis por quase 65 milhões de caixas e, somente o greening, derrubou quase 22 milhões de caixas. As principais causas foram as condições climáticas adversas ocorridas durante as três últimas safras e as pragas e doenças, como bicho-furão em conjunto com mosca-das-frutas (6,27%) e greening (5,48%), que foram os principais responsáveis pela queda nesta safra.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
