Linha de crédito leva mais capital de giro para o setor da laranja
As chuvas, menos intensas, que atingiram o território gaúcho de forma irregular, mantiveram o solo bastante úmido, impedindo um manejo adequado das pastagens e atrasando os trabalhos de plantio e o desenvolvimento das culturas de verão.
De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, as temperaturas, não muito elevadas, têm contribuído para um desenvolvimento inicial muitas vezes lento e não muito vigoroso das lavouras recém implantadas. "As lavouras de arroz, de feijão e de milho estão sendo semeadas de forma muito lenta, mantendo a média de plantio atrasada em relação à média da safra passada", destaca a diretora técnica da Emater/RS, Águeda Marcéi Mezomo, ao anunciar uma melhor expectativa para o mês de outubro, quando o plantio da safra de verão deverá ser intensificado.
No caso do arroz, os produtores tratam de ultimar os preparativos para a safra que se aproxima. Pequenas áreas, localizadas em zonas mais quentes da Fronteira Oeste, começam a ser semeadas, devendo se intensificar a partir de outubro. O total até o momento não ultrapassa 1% do previsto para este ano. Enquanto esperam pela melhora das condições meteorológicas, os orizicultores negociam o restante da safra passada e os valores negociados são apenas o suficiente para saldar compromissos imediatos.
O plantio da lavoura da 1ª safra de feijão do Estado se encontra em atraso, chegando apenas aos 31% da área inicialmente prevista de cerca de 85 mil hectares, 13% atrás que a média da safra passada. Outro problema para alguns agricultores é com o replantio de áreas afetadas com as enxurradas, que carregaram parte das sementes e solos. A comercialização se mantém estável no Estado, com a saca de feijão preto de 60 kg sendo negociada em média a R$ 66,27/sc.
As condições desfavoráveis de temperatura e de umidade têm atrasado o processo como um todo, fazendo com que o percentual de área semeada com milho atinja somente 35%. Nas partes mais baixas de algumas lavouras, o acúmulo de umidade tem paralisado o crescimento das plantas. Os produtores também não têm tido muita satisfação com a comercialização do cereal. A saca de 60kg de milho está sendo comercializada ao preço médio de R$ 16,92.
Apesar do clima, as condições das lavouras de trigo ainda são consideradas satisfatórias. Em todas as regiões produtoras, a incidência de doenças tem aumentado, levando os produtores a intensificar o uso de fungicidas. A manutenção das condições meteorológicas vigentes poderá afetar a produtividade média das lavouras, uma vez que estas estão, com mais intensidade, entrando nas fases de floração e formação do grão, consideradas extremamente sensíveis com relação ao excesso de umidade e à
falta de luminosidade. Com relação à comercialização, a situação segue inalterada para o produtor, com os preços abaixo do que seria razoável.
Adriane Bertoglio Rodrigues
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
51-2125-3104 /
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