Após 35 anos na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a bióloga e doutora Rose Monnerat assume um novo desafio como Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento na SoluBio - empresa de biotecnologia, que só em 2022 investiu mais de R＄ 30 milhões na área de Pesquisa e Desenvolvimento, e que trabalha com a produção dos bioinsumos nas fazendas.
A profissional será responsável pelo Centro de Inovação da empresa, localizada em Brasília, e tem como principal objetivo fortalecer a área de prospecção de ativos, que é, resumidamente, encontrar e estudar microorganismos, a forma que eles atuam e suas principais funções (como controle de insetos e doenças), ver como podem ser competitivos com ferramentas que já existem no mercado e desenvolver um método de produção industrial que os façam virar produtos.
Além disso, ela vai dar continuidade ao trabalho de formação de pessoal -- atividade que será realizada em parceria com a Universidade de Brasília.
“Comecei na Embrapa como estagiária e cresci como doutora no laboratório, e sinto que a minha missão ali foi cumprida. Agora quero me dedicar a ajudar a resolver alguns dos problemas que enfrentamos na agricultura. Meu maior objetivo na SoluBio é a prospecção de ativos para então desenvolvermos um método de produção industrial que o torne um produto natural, biológico, utilizável e eficiente”, afirma.
A doutora explica que acredita que os bioinsumos são o futuro e que esse é um caminho sem volta, principalmente com os recentes problemas enfrentados envolvendo fertilizantes, como a possibilidade de falta e o significativo aumento no preço.
“O Brasil é líder mundial em bioinsumos e nós temos condições de sermos autossuficientes. O que precisamos fazer hoje é o que a SoluBio já está fazendo: oferecer a solução para os produtores e abranger todas as etapas do processo desde o início, desde a pesquisa do ativo até a assistência na utilização do produto nas fazendas, com controle de qualidade e assistência”, complementa.
Rose foi coordenadora do laboratório responsável pelos recursos genéticos e que possui uma coleção de bactérias que é referência na Embrapa -- um total de 3 mil. Ela também trabalhou no desenvolvimento de produtos e formação de alunos, mas não renunciou à área acadêmica ao sair da área pública.
“O projeto era uma parceria entre a UNB e a Embrapa, mas agora será com a SoluBio. Imagina a empolgação dos alunos ao realizarem atividades com uma empresa privada, sabendo da possibilidade de contratação e crescimento? Vai ser incrível”, finaliza.
A bióloga não enfrentará o desafio sozinha. A SoluBio agora conta também com a sua equipe: 12 colaboradores, entre eles biólogos, agrônomos e engenheiros florestais, e especialistas em microbiologia; processos bioindustriais; entomologia; e biologia molecular.
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