Dificuldade de escoamento do milho pode influenciar na redução geral de ritmo dos trabalhos no MT

“Existe uma pressão de colheita e a dificuldade de espaço no Mato Grosso, baixando os preços do grão", disse Malu Fernandes, da Tarken

06.07.2022 | 16:23 (UTC -3)
Vinicius Macedo

A dificuldade de escoamento do milho colhido, principalmente no Mato Grosso que segue adiantado em colheita da safrinha, pode influenciar uma redução geral de ritmo nos trabalhos, com a finalidade de aguardar o escoamento para o mercado interno e externo, segundo análise de Malu Fernandes, da Tarken, agritech brasileira que oferece um marketplace para trading de grãos.

“Existe uma pressão de colheita e a dificuldade de espaço no Mato Grosso, baixando os preços do grão. Os principais valores cotados para o milho hoje são: R$ 67,18 em Canarana, R$ 70,77 em Nobres, R$ 72,35 em Rondonópolis e R$ 69, 57 em União do Sul”, diz Malu. “Os altos valores de frete não permitem o escoamento rápido do milho do estado para outros. As estimativas de área plantada e de produtividade se mantiveram inalteradas até o momento no Mato Grosso. Com cerca de 55% de áreas de milho colhidas até o momento, a produtividade se manteve em 102 sacas por hectare, valor dentro da média do estado”, completa.

De acordo com a analista, esse número pode cair significativamente quando as áreas de plantio tardio, atingidas pela escassez hídrica, começarem a ser colhidas.

Poucas foram as negociações reportadas no decorrer da semana passada no estado, ao longo da última quinta feira (30/06), dia da liberação do relatório da USDA, a Bolsa de Chicago caiu, os preços nos portos recuaram, e as negociações ficaram travadas. “Para essa primeira semana de julho, mercado também sem fluxo de negócios e preços tendendo à grandes quedas no decorrer da semana, se aproximando cada vez mais dos R$ 62”, prevê Malu.    

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