Unidade de referência tecnológica em ILPF é destaque na Feacoop
O modelo é indicado para melhorar a produtividade sem aumento de área e, ainda, reduzir a emissão de gases do efeito estufa
A Rizoflora Biotecnologia S.A., empresa especializada no desenvolvimento de produtos biológicos que substituem o uso de defensivos, teve sua venda efetivada para a Stoller do Brasil, na última terça-feira, dia 26 de julho. Em maio, a empresa obteve a aprovação de Registro no Brasil para uso comercial do Rizotec – produto elaborado a partir de um fungo que combate nematoides, um tipo de verme que destrói as plantas pela raiz.
Com a entrada do novo sócio, a Rizoflora – que está instalada no Parque Tecnológico da Universidade Federal de Viçosa (MG) – dá um passo representativo rumo à expansão da unidade e ganho de mercado nacional. “Agora, a empresa estará mais bem estruturada para atender clientes de todo o Brasil. Além disso, poderá se manter ainda mais forte em Viçosa, com um projeto de expansão da unidade. A partir disso, surgem também boas perspectivas para o desenvolvimento de novos produtos inovadores”, ressalta Gustavo Moreira Mamão, diretor da Rizoflora.
Rodrigo Oliveira, CEO da Stoller, tem opinião semelhante e está certo de que os produtos da Rizoflora poderão se tornar campeões de venda na agricultura. “São itens que não agridem ao meio ambiente e que nossos testes revelaram alta eficácia no combate ao nematoide e que, ao final, resultam em acréscimos significativos de rendimento”, afirma.
Para alcançar os resultados almejados, a partir de 2008, a Rizoflora contou com o apoio financeiro do Criatec, fundo de capital empreendedor criado pelo BNDES, que foi fundamental para o desenvolvimento do Rizotec. O principal objetivo do fundo é apoiar inovações a partir da ciência brasileira. A empresa foi um dos investimentos do Criatec em estágio mais embrionário, sem nenhum resultado concreto do produto no mercado naquela época. Para Eric Gomes Nobre Ribeiro, gestor Regional em Minas Gerais do Criatec, o investimento valeu a pena.
“Pelo retorno que tivemos e também por termos conseguido levar ao mercado uma solução que reduz a aplicação de produtos químicos pouco eficientes e muito tóxicos aos humanos, aos animais e ao meio ambiente. Além disso, mostramos que é possível transformar o conhecimento científico em um negócio de sucesso”, avalia.
Eric ressalta que a motivação e o comprometimento do empreendedor em levar a tecnologia ao mercado, bem como a relevância do produto, foram os principais fatores que levaram o fundo a investir na Rizoflora. “As perdas mundiais causadas pelos nematoides são estimadas em mais de US$ 150 bilhões ao ano. A tecnologia desenvolvida pela empresa resolve um problema economicamente relevante e ainda garante acesso aos produtores a um mercado consumidor crescente que exige produtos mais saudáveis, sem a utilização de agroquímicos”, explica.
Novos produtos tendem a surgir. De acordo com Robert E. Binder, co-gestor Nacional do Criatec, com o investimento na Rizoflora, a Stoller tem o intuito de se aproximar da UFV para o desenvolvimento de novas tecnologias. “Diante dessas perspectivas, como fundo de capital semente, podemos dizer que cumprimos nosso papel de levar a empresa até esse estágio enquanto, ao mesmo tempo, realizando um retorno financeiro expressivo. A partir de agora, uma nova etapa importante terá inicio para a empresa”, avalia.
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