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Uma técnica agrícola sem uso de defensivos chegou à cidade de Rio das Ostras, na Região dos Lagos (RJ) para garantir uma melhora na produtividade de hortaliças. É a prática da hidroponia: cultivo de hortaliças na água pura, sem contato com o solo, defensivos ou risco de contaminação. Levada para o município por um produtor de Teresópolis, que perdeu tudo na tragédia que atingiu a Região Serrana em janeiro, a técnica tem permitido que pequenos agricultores ampliem suas oportunidades de geração de renda, com um produto de maior valor agregado e alta qualidade. A alface hidropônica, por exemplo, pode ser vendida a um valor 40% superior àquela cultivada de forma tradicional.
Logo após perder toda sua produção em janeiro, o agricultor Alexandre Ramos, que tinha uma propriedade em Teresópolis, decidiu buscar socorro em Rio das Ostras, onde o sogro lhe cedeu um pedaço de terra. Foi quando Alexandre começou experimentar o plantio de culturas hidropônicas no município litorâneo, mais comuns em cidades serranas. Desde então, a Prefeitura de Rio das Ostras tem oferecido apoio técnico, com o maquinário para preparar o local e as estufas, além de disponibilizar engenheiros e técnicos agrônomos para que o agricultor e sua equipe possam trabalhar.
A colheita farta mostra que a experiência está dando certo. Além de apostar na produção de alface lisa e crespa, os produtores também estão testando o cultivo de salsinha, rúcula e morangos. Ajudante de Alexandre, o agricultor José Miranda se anima com os resultados obtidos nestes cinco meses. “Já tiramos pé de alface aqui com 1,2 kg”, diz José Miranda, satisfeito com a ajuda oferecida pela prefeitura. Segundo os produtores, atualmente eles conseguem colher cerca de 2,5 mil pés de alface por mês. Mas, depois que o produto ficar mais conhecido e consumido na região, eles esperam chegar a 60 mil pés de alface por mês e ainda diversificar o cultivo, com outras hortaliças.
Irrigadas por meio de canos próprios para hidroponia, as mudas são preparadas em pequenas placas, depois são inseridas em canos com orifícios menores para receber a água – “límpida, direto da nascente”, reforça Alexandre. Depois de maiores, as hortaliças são colocadas em canos com orifícios mais largos, para que possam crescer, somente com as raízes em contato com a água. O produtor adiciona o adubo direto na água, o que vai fazer com que as plantas se desenvolvam, limpas, sem contato com terra.
Assessoria de Imprensa
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