Variedades de arroz são destaque em dia de campo em Pindamonhangaba/SP
A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia recebeu no dia 12 de fevereiro a visita do Chefe da Seção de Planejamento do Departamento de Pesquisa Internacional do Ministério da Agricultura, Pesca e Floresta do Japão, Takayoshi Mihara e do representante do Jircas (Japan International Research Center for Agricultural Sciences) para o Brasil e América do Sul, Hiroshi Kudo. Eles estavam acompanhados do pesquisador da Embrapa Soja, Alexandre Lima Nepomuceno.
A visita foi feita em duas etapas, que envolveram uma apresentação da Unidade pelo pesquisador Maurício Lopes e uma visita ao Laboratório de Transformação Genética de Plantas, guiada pelo pesquisador Elíbio Rech.
Na primeira parte da visita, o pesquisador Maurício Lopes explicou o funcionamento da Unidade em quatro núcleos temáticos: recursos genéticos, biotecnologia, controle biológico e segurança biológica e apresentou algumas pesquisas, como os estudos com a mandioca, o estudo dos feromônios, as pesquisas com o genoma do café e da banana e a técnica da clonagem.
Segundo o pesquisador Alexandre Nepomuceno, o principal objetivo da visita do representante japonês à Embrapa é estruturar o plano quinquenal de pesquisas internacionais do Ministério da Agricultura do Japão, a partir de 2011, quanto acaba a vigência do plano atual. Segundo ele, há alguns pesquisadores japoneses trabalhando na Embrapa Soja, por meio de um acordo firmado entre o Brasil e a Jircas em 1998.
Takayoshi Mihara ficou particularmente interessado em saber qual o uso que a sociedade poderá fazer no futuro da técnica de clonagem de animais, ao que o pesquisador Maurício Lopes respondeu que um dos usos possíveis é evitar a extinção de algumas espécies de animais.
Em virtude dos resultados já alcançados, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia é Centro de Referência da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) em biotecnologias de reprodução animal. Entre as principais conquistas alcançadas recentemente destacam-se o primeiro clone brasileiro produzido pela técnica de transferência nuclear, em 2001, o bovino "Vitória da Embrapa", e o primeiro animal clonado no Brasil a partir de células ovarianas de um animal morto, o bovino "Lenda da Embrapa", de 2003. Em 2005, a equipe de reprodução animal da Unidade comemorou o nascimento de "Porã" e "Potira", dois clones bovinos da raça Junqueira, que hoje se encontra em estado crítico de extinção, com menos de cem animais em todo o País. Esse foi um passo decisivo para unir a moderna biotecnologia animal ao resgate de parte da história brasileira, com a preservação de raças de animais domésticos ameaçadas de extinção.
A clonagem é uma tecnologia importante para raças muito ameaçadas de extinção, como é o caso da Junqueira, pois pode resultar na formação de núcleos de conservação de fêmeas clonadas, sobre as quais pode-se utilizar sêmen de diversos touros, contribuindo assim para aumentar a variabilidade genética, o que é fundamental para a restauração da raça.
Irene Lôbo
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
(61) 3448-4773 e 3340-3672 /
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