Variedades de arroz são destaque em dia de campo em Pindamonhangaba/SP

12.02.2009 | 21:59 (UTC -3)

O Instituto Agronômico (IAC), ligado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, expôs, no Dia de Campo de Arroz 2009, nesta quinta-feira (12/02), as ações que resultaram no lançamento de quatro variedades de arroz tipo especial nos últimos oito anos, atendendo a uma demanda crescente de mercado. O evento ocorreu em Pindamonhangaba.

A terminologia “especial” não ocorre à toa: são variedade apropriadas para o cultivo no Estado, que podem substituir produtos importados (inclusive são superiores a eles, em muitos casos), de grande valor agregado, altamente rentáveis, além possuírem características agronômicas que as tornam diferenciadas das demais (leia abaixo).

Com periodicidade bienal, o Dia de Campo de Arroz apresenta para membros de toda a cadeia produtiva as principais tecnologias desenvolvidas pela Apta. Nesta edição, também teve destaque a apresentação de sistemas de produção de arroz no Vale do Paraíba, controle fitotécnico e os produtos e máquinas usados no cultivo, expostos pelas empresas apoiadoras.

Segundo o pesquisador do IAC e um dos coordenadores do evento, Cândido Ricardo Bastos, o Programa de Melhoramento Genético de Arroz da instituição estuda a cultura desde 1935 e, em 1992, encampou as pesquisas com melhoramento genético de tipos especiais.

VARIEDADES EXPOSTAS:

IAC 300 - Com características intermediárias entre os tipos arbório e carnaroli (utilizados no preparo de risotos), é adequada para o cultivo no Estado. Esses tipos de arroz absorvem o molho e o amido solta uma espécie de creme, o que caracteriza o prato italiano. A variedade responde a uma grande demanda de mercado, atualmente atendida por produtos importados. Para o produtor, a grande vantagem é o valor agregado, os lucros superam em mais de 200% os alcançados pelo arroz agulhinha.

IAC 400 - Variedade de arroz do tipo koshihikari, ideal para o preparo de sushi, tem produção equivalente à de cultivares de arroz tradicional já produzidas em São Paulo, cerca 5.200 quilos por hectare, muito superior aos materiais importados. Atende a fortes demandas internas e externas, sendo competitiva tanto no mercado nacional como no internacional.

IAC 500 - O arroz do tipo aromático tem saber amanteigado, como o da pipoca de micro-ondas. Em algumas regiões do mundo, seu consumo chega a ser quase três vezes maior que o do tipo tradicional, sem aroma. A IAC 500 tem produção um pouco menor que a das principais variedades do tipo agulhinha produzidas no Estado, mas apresenta cerca de 65% de grãos inteiros, além de elevada resistência ao acamamento e bom potencial produtivo, características que a tornam altamente rentável.

IAC 600 - Primeira variedade de arroz exótico adaptada para o cultivo em terras paulistas, o arroz preto, como é conhecido, tem sabor e aroma acastanhado e ganha cada vez mais mercado. Além de pratos bastante apreciados, serve ao desenvolvimento de novas mercadorias que agregam valor ao produto, como o chope de arroz preto. Com alto valor agregado, a IAC 600 é altamente resistente à brusone e precoce, com intervalo de 85 dias do plantio à colheita, características que a tornam economicamente atrativa.

Fontes: Assessoria de Comunicação da Secretaria - 11 5067-0069 /

; Assessoria de Comunicação da Apta - 11 5067-0424 e Assessoria de Imprensa do IAC - 19 3231-5422, ramal 124

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