Renovado programa de diversificação agrícola no RS

05.11.2015 | 21:59 (UTC -3)
Eliana Stülp Kroth

Foi renovado nesta quinta-feira (5/11), o Programa Milho e Feijão Após a Colheita do Tabaco no Rio Grande do Sul. A assinatura foi realizada em Porto Alegre, na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi). Desenvolvido pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), o programa tem o apoio do governo estadual e de diversas entidades ligadas à agricultura. No final de outubro, o programa também foi renovado em Santa Catarina e no Paraná.

Participaram da renovação o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Ernani Polo, o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Iberê de Mesquita Orsi, o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Werner, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FETAG), Carlos Joel da Silva, o diretor da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL), Mauro Flores, o diretor-técnico da Fundação Estadual de Pesquisa e Agropecuária (Fepagro), Carlos Alberto Oliveira, representantes de outras entidades parceiras do agronegócio, deputados e imprensa.

De acordo com o secretário Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Ernani Polo, o termo de cooperação assinado é uma iniciativa importante que já foi desenvolvida em outros anos. "Damos total apoio para estimular o plantio de milho e feijão após a cultura do tabaco, aumentando a renda dos produtores. Em um ano com problemas climáticos como este, percebemos como é ainda mais importante para o produtor ter mais opções de renda em sua propriedade", avalia. Segundo o secretário-adjunto do SDR, Iberê Orsi, é preciso levar alternativas de renda para os produtores e o programa alcança esse objetivo. "Apoiamos as iniciativas que aumentem a renda do pequeno produtor", afirmou.

Para o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, o apoio das entidades parceiras é essencial para difundir o programa que trabalha três pilares: a proteção do solo, a otimização de recursos e o estimulo à sustentabilidade. "A indústria entende que o produtor deve ter opções de renda e tem incentivado essa prática desde os anos 70, com o reflorestamento, e a partir de 1985, com o cultivo de grãos para o consumo próprio ou que sirvam como insumos para outras culturas. O produtor diversificado, além de auferir mais renda, terá um custo menor de produção e de mão de obra, considerando que são utilizados os mesmos fertilizantes da produção de tabaco na safrinha seguinte. O objetivo principal é plantar mais, colher mais e auferir mais renda nas pequenas propriedades rurais", afirma o executivo.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor de tabaco brasileiro. Com mais de 80 mil produtores, a cultura é produzida em 274 municípios gaúchos. Segundo o presidente da Afubra, Benício Werner, a grande maioria dos produtores já é diversificada. "Nosso objetivo é sensibilizar o produtor para que produza mais grãos, aumentando o incentivo especialmente no caso do feijão, uma vez que o milho já está bastante difundido tanto como alimento, como é também para a silagem", disse o representante dos produtores.

Na prática, além da estrutura de campo das empresas associadas ao SindiTabaco, técnicos das entidades parceiras também irão atuar na divulgação das vantagens do plantio da safrinha, assistência técnica e capacitação de produtores, incentivo à diversificação da propriedade, redução dos custos de produção de proteína animal (carne, leite e ovos), uso de práticas conservacionistas, como plantio direto e cultivo mínimo. Além disso, entre as ações do programa está um dia de campo que deverá acontecer no início de 2016.

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