Plantio do trigo no RS encaminha-se para o final
Durante a 49ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia (SBZ) – “a produção animal no mundo em transformação", em Brasília-DF, que ocorrerá entre os dias 23 e 26 de julho no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, a régua de manejo de pastagem, elaborada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Unidade Gado de Corte (Campo Grande-MS), será apresentada a técnicos, pesquisadores, professores e estudantes das diversas áreas da produção animal do evento.
Lançada durante as comemorações dos 35 anos da Embrapa Gado de Corte, em maio, a régua é uma nova tecnologia que vai facilitar a vida do produtor de gado. Com o objetivo de apontar o momento correto de entrada e de saída do gado na pastagem. A ferramenta indica a altura certa de vários capins quando da entrada de animais (cor verde) e da saída na pastagem (cor vermelha) das forrageiras: Brachiaria humidicola Comum, Brachiaria decumbens cultivar Basilisk, Brachiaria brizantha, cultivares Marandu, Xaraés e BRS-Piatã e de três cultivares do gênero Panicum, Panicum maximum X Panicum infestus cultivar Massai, Panicum maximum cultivares Tanzânia-1 e Mombaça.
Os idealizadores, Haroldo Pires de Queiroz (Embrapa Gado de Corte) e José Alexandre Agiova da Costa (Embrapa Caprinos e Ovinos), relatam que uma das dificuldades do produtor é saber como manejar corretamente a pastagem para que ela não sofra queda de produtividade ao ser super pastejada. “A nova ferramenta vai facilitar o trabalho de manejo da pastagem de forma adequada”, afirma o zootecnista Haroldo Pires de Queiroz.
“É comum nas fazendas brasileiras encontrar rebanhos em áreas super pastejadas, com os animais permanecendo no piquete com o capim muito abaixo da altura indicada para a espécie, entre outras causas, por falta de um indicador seguro do momento de saída dos animais. E também é normal encontrar produtores deixando o capim passar do ponto de entrada, igualmente por falta de uma indicação segura da altura em que deve ser manejado", complementa o pesquisador Alexandre Agiova.
Durante quatro anos, os técnicos da Embrapa trabalharam nesse lançamento, da concepção à proteção intelectual junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), eles enfrentaram obstáculos, como “o levantamento, agregação e ponderação de dados díspares quanto à altura correta de manejo para as oito forrageiras”, conta Haroldo. A morosidade na tramitação do processo no Instituto Nacional, conforme ele, também foi outro item levantado por ele.
Atualmente, à frente, há o desafio de licenciar o invento para produção e distribuição. De acordo com Erno Suhre, supervisor do Setor de Gestão de Prospecção e Avaliação de Tecnologias (SPAT), na próxima semana será aberto edital público de licitação, sem exclusividade, para selecionar uma empresa imbuída dessa missão.
- Em pastejo contínuo, a régua indica o momento de aumentar ou reduzir a lotação do pasto. Altura máxima de capim - aumento de número de animais no piquete e o mesmo raciocínio aplica-se para altura mínima. Já em rotacionado, o instrumento aponta quando da entrada e retirada de animais na pastagem. A taxa de lotação mais adequada corresponde àquela que permitir o consumo de toda a forragem entre as alturas de entrada e saída, em um período de 1 a 7 dias.
A régua ainda possibilita medir a altura do primeiro pastejo, que deve ser com pouca remoção de forragem para estimular o perfilhamento. Cada capim possui suas características de manejo e a régua considera tais peculiaridades.
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