Pesquisadores desenvolvem técnica para detecção de resistência a fungicidas
Para simplificar o processo, os cientistas usaram o MinION para sequenciar genes alvo de fungicidas e fornecer um mapa abrangente de todas as mutações possíveis
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou nesta semana o Boletim Agroclimatológico do mês de julho, com análises das condições climáticas durante o período e prognósticos para os meses de agosto, setembro e outubro de 2024. Segundo o documento, julho foi marcado por acumulados de chuva acima de 150 mm no extremo norte e sul do país, assim como na costa leste do Nordeste. Nestas áreas, as chuvas foram suficientes para manter a umidade do solo elevada.
Já nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, além do interior da Região Nordeste, a seca predominou. Nas áreas com ocorrência de chuvas, os volumes foram inferiores a 40 mm, diminuindo os níveis de água no solo, principalmente no sudeste do Piauí, meio oeste da Bahia e norte de Minas Gerais.
Na parte norte da Região Norte, os volumes de chuva foram superiores a 150 mm, principalmente em Roraima e norte do Amazonas, onde as chuvas ultrapassaram os 300 mm. Em áreas do centro do Amazonas e norte do Pará, foram registrados valores de chuva entre 40 e 70 mm. Já o sul da região amazônica, encontra-se em seu mês mais seco, com volumes de chuvas inferiores a 30 mm e ausência de chuva nos Estados do Tocantins e Rondônia. De modo geral, os níveis de armazenamento hídrico do solo encontram-se favoráveis na região, exceto no Estado do Tocantins, onde os níveis de umidade estão baixos.
No interior do Nordeste e no Matopiba, os volumes de chuva foram inferiores a 30 mm, com áreas sem precipitação, principalmente no sudeste do Piauí e oeste da Bahia. Apesar da redução das chuvas, as condições seguem favoráveis para a maturação e colheita do algodão e milho segunda safra.
Desde o início da estação seca, os níveis de umidade no solo estão reduzidos em todos os Estados, exceto no sul do Mato Grosso do Sul, onde as chuvas localizadas contribuíram para manter os níveis de umidade favoráveis para as lavouras de trigo.
Grande parte do país registrou temperaturas mínimas médias inferiores a 25ºC. Na Região Sul, devido a entrada de massas de ar frio, registrou temperaturas abaixo de zero e geadas fortes.
Segundo o boletim, as temperaturas devem permanecer acima da média em grande parte do país. Na Região Norte, devem ocorrer chuvas abaixo da média, apenas no extremo norte de Roraima e do Amapá as previsões indicam condições de chuvas próximas ou ligeiramente acima da média.
Também são esperadas temperaturas mais elevadas no sul da Amazônia, devido a redução das chuvas e que, aliada a baixa umidade, favorece a incidência de queimadas e incêndios florestais. O documento também indica baixos níveis de umidade do solo nos próximos três meses em boa parte da Região Norte.
Na Região Nordeste, o cenário se repete com chuvas abaixo da média e temperatura do ar acima da média histórica da região. A previsão para os próximos três meses indica níveis elevados de água no solo somente na costa leste do Nordeste. Nas demais áreas, predominarão os baixos níveis de umidade no solo.
O período seco observado desde maio na Região Centro-Oeste também deve prevalecer, com tendência de chuvas abaixo da média e de diminuição da umidade relativa do ar, com valores diários que podem ficar abaixo de 30%. As temperaturas vão se manter acima da média nos próximos meses, com a possibilidade de ocorrência de alguns dias de excesso de calor em algumas áreas, favorecendo a ocorrência de queimadas e incêndios florestais.
Com a redução das chuvas e a elevação das temperaturas, prevê-se uma redução dos níveis de água no solo em praticamente toda a região nos próximos três meses. Já no sul do Mato Grosso do Sul, os níveis de umidade podem permanecer com volumes satisfatórios.
Assim como na Região Centro-Oeste, o mês de julho costuma ser mais seco na Região Sudeste, onde deve predominar a previsão de chuvas abaixo da média. As temperaturas tendem a permanecer acima da média histórica nos próximos meses em grande parte da região. O documento aponta para a redução do armazenamento hídrico do solo em grande parte da região. Apenas no leste e sudeste de São Paulo, os níveis de água no solo permanecerão satisfatórios.
Já na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis para chuvas acima da média na parte central e sul da Região Sul. Em áreas do centro-norte do Paraná, a previsão é de condições de chuvas próximas e abaixo da média. A temperatura do ar deverá prevalecer acima da média histórica em grande parte da região, principalmente no extremo norte do Paraná, onde devem ser registrados os maiores valores de temperatura. Apesar disso, algumas regiões devem apresentar a ocorrência de geadas, especialmente as de maior altitude.
A previsão do balanço hídrico para os próximos meses indica níveis de umidade no solo elevados em grande parte da Região Sul. Já no norte do Paraná, a previsão para o trimestre indica níveis mais baixos de umidade no solo.
O modelo de previsão de Enos do Apec Climate Center (APCC), centro de pesquisa sediado na Coréia do Sul, aponta para transição das condições de Neutralidade para o início da La Niña no trimestre agosto-setembro-outubro/2024 (ASO/2024), com uma probabilidade de 58%.
Já no trimestre setembro-outubro-novembro/2024 (SON/2024), a probabilidade do início do fenômeno aumenta para 60%.
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