Projeto viabiliza construção de viveiro e câmara fria em Registro

16.08.2012 | 20:59 (UTC -3)
Fonte: Assessoria de Imprensa

O Instituto Ambiental Vidágua, em parceria com a Unesp de Registro, com financiamento do Fundo Estadual de Recursos Hídricos através do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape desenvolve o projeto “Da semente à Floresta”, que visa incentivar a proteção dos recursos hídricos e florestais da região do Vale do Ribeira envolvendo as comunidades e gestores locais na cadeia produtiva da restauração florestal.

Patrimônio natural, socioambiental e cultural da humanidade, título conferido em 1999 pela Unesco, o Vale do Ribeira localiza-se entre os estados de São Paulo e Paraná, e abriga a maior extensão contínua e conservada de Mata Atlântica no Brasil.

Nos últimos 20 anos, somente a porção paulista do Vale perdeu mais de 11 mil hectares de mata ciliar. Sem essa vegetação, a saúde dos rios e a qualidade de vida das pessoas estão comprometidas. O viveiro e a câmara fria, previstos pelo projeto, já estão funcionando no Câmpus Experimental de Registro. As primeiras trinta mil mudas produzidas serão doadas para recomposição de mata ciliar no Vale.

Francisca Alcivânia de Melo Silva, professora do curso de Agronomia da Unesp de Registro é responsável técnica pelo projeto “Da semente à Floresta”, e é quem cuida do viveiro construído na universidade.

Segundo Francisca, ele possui três principais funções. A primeira é subsidiar a produção de 30 mil mudas e doá-las para a Campanha Cílios do Ribeira, até abril de 2013.

As mudas serão utilizadas em plantios de reflorestamento de mata ciliar na bacia hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape.

A segunda função do viveiro é didática. Ele vai subsidiar as aulas de silvicultura e todas as aulas da parte florestal do Câmpus de Registro. Além disso, deve subsidiar pesquisas com espécies florestais de Mata Atlântica.

O viveiro foi inaugurado este ano, e desde o final de maio, alunos do curso de Agronomia da Unesp de Registro trabalham e aprendem com ele.

“O viveiro já está cumprindo sua função didática. Trabalhando no viveiro, os alunos vivenciam todas as etapas da produção da muda. Na disciplina de silvicultura, da grade curricular de agronomia, os alunos vão ajudar no viveiro e acompanhar durante todo o semestre vendo desde semeadura, quebra de dormência, até a produção da muda”, explica Alcivânia, que orienta os alunos no viveiro.

Com pouco mais de dois meses de trabalho, o viveiro já possui 26 espécies de Mata Atlântica, semeadas ou germinadas em aproximadamente 15 mil tubetes.

Outra estrutura importante adquirida através do projeto “Da semente à Floresta” é a câmara fria de sementes, que vai subsidiar a formação de um banco de sementes de espécies nativas de Mata Atlântica.

A ideia é prospectar quais são os viveiros e comunidades que trabalham com sementes e mudas e reunir essas pessoas para montar um banco de sementes na Unesp de Registro.

“Nós vamos abrigar a estrutura da câmara fria, mas ela deve ser partilhada com as comunidades e todos que tiverem interesse em guardar as sementes, que também poderão ser trocadas”, lembra a professora.

“Para nós, o viveiro e a câmara fria são duas estruturas essenciais. E nesse caso a parceria com o Vidágua foi muito importante para viabilizar o recurso. O Vidágua entrou como know-how que tem com projetos ambientais e nós com a parte técnica, e conseguimos que o Fundo Estadual de Recursos Hídricos, FEHIDRO, aprovasse o projeto. Só temos a agradecer”, diz Alcivânia.

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