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O gado Pé-Duro, reconhecido como patrimônio histórico e cultural do Piauí, através do decreto de número 13.765, está sendo avaliado pela Embrapa Meio-Norte.
Um plano de ação do Projeto Bifequali, inserido no macroprograma 1, está avaliando, através de cruzamentos, a qualidade da carne, conversão alimentar e resistência a parasitas.
Essas atividades estão sendo conduzidas pelo pesquisador Geraldo Magela Carvalho, na Fazenda Otávio Domingues, campo experimental da Embrapa Meio-Norte no município de São João do Piauí, a 500 quilômetros ao sul de Teresina. O trabalho é em parceria com as unidades Embrapa Pecuária Sudeste, Embrapa Pecuária Sul e Embrapa Gado de Corte.
Os estudos vão mais além. Em parceria com a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, através do Projeto Rede Animal, também do macroprograma 1, está sendo avaliada a constituição genética e a certificação de origem dos animais. Outra atividade importante é a coleta de sêmen e de embriões. O plantel em estudo tem 225 animais.
Geraldo Magela Carvalho vê o gado Pé-duro como “uma carta estratégica nas mãos da Embrapa” que poderá contribuir, com sua constituição genética extraordinária, “para a segurança alimentar do País”. A raça, segundo o pesquisador, tem a constituição genética especial porque se formou em um ambiente hostil.
No Estado do Piauí, os primeiros bovinos foram introduzidos por volta de 1674, pelo desbravador português Domingos Afonso Mafrense, a partir do rio São Francisco. O gado foi ambientado no calor intenso, com forrageiras grosseiras, falta de água, solo pedregoso e a parasitas. Esses fatores resultaram, após séculos, em animais resistentes e adaptados às condições desfavoráveis.
Fernando Sinimbu
Embrapa Meio-Norte
(86) 3089-9118 /
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