Programa Reverte, iniciativa que visa recuperar solos degradados, alcança o marco de R$ 500 milhões em créditos liberados aos agricultores

Tendo como parceiros o Itaú BBA e a The Nature Conservacy, Reverte tem a meta de recuperar 1 milhão de hectares até 2030

31.08.2023 | 18:34 (UTC -3)
Juscelino Pereira Junior

O Programa Reverte, iniciativa criada pela Syngenta junto à The Nature Conservancy (TNC) e que conta com o Itaú BBA como parceiro financeiro, acaba de alcançar o marco de R$ 500 milhões em créditos liberados para que os agricultores possam financiar os insumos necessários para evoluírem com a recuperação de solos degradados, por meio da aplicação de protocolos agronômicos específicos.

Com a Embrapa como responsável pelo aconselhamento técnico do programa, o Reverte é uma iniciativa desenvolvida em 2019 - e implementada em 2021 - que tem como objetivo apoiar agricultores, por meio de técnicas agronômicas e financiamento de longo prazo, a transformarem pastos degradados em solos produtivos, sem a necessidade de abertura de novas terras, suportando, assim, não apenas a preservação ambiental, como também o avanço da agricultura regenerativa. A ideia é permitir que estes produtores expandam suas lavouras sem degradar o solo, demonstrando a viabilidade econômica de recuperar terras ao invés de abrir novas para plantar. Todos estes fatores contribuem, também, para a preservação da vegetação nativa.

"Estamos recuperando milhares de hectares degradados em áreas de lavoura, sempre com a combinação da tecnologia da Syngenta junto com outros sistemas de produção, como sistemas integrados e rotações de cultura. Com os avanços técnicos e seguindo um protocolo socioambiental bastante rígido, é possível aumentar o número de áreas recuperadas, viabilizando ainda mais a expansão sustentável da agricultura no Brasil”, destaca Grazielle Parenti, vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Syngenta

Até o momento, o Reverte conta com 39 clientes e 206 fazendas com compromisso assinado com o programa, somando um total de 140 mil hectares de solos degradados em processo de recuperação e R$500 milhões em créditos liberados aos agricultores por meio da parceria com o Itaú BBA.

"Em linha com o nosso compromisso em apoiar os clientes na transição para práticas ainda mais sustentáveis, o Programa Reverte possibilita que produtores rurais tenham acesso a orientações e protocolos agronômicos essenciais à recuperação de solos degradados. Isso não só traz benefícios econômicos, como capacitação dos produtores e avanços na agenda ambiental”, comenta Pedro Fernandes, Diretor de Agronegócio do Itaú BBA.

A expectativa do programa é de que até 2030 sejam recuperados 1 milhão de hectares de solos degradados para áreas cultiváveis e produtivas em todo o Brasil. Atualmente, o programa cobre, principalmente, terras das regiões do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

"Temos a parceria de grandes empresas para levar aos produtores o acesso às melhores práticas de recuperação do solo e recursos financeiros competitivos no mercado. Nossa meta é ambiciosa, mas temos a certeza de que estamos no caminho certo. Queremos contribuir para o aumento da produtividade já no curto prazo, permitindo o retorno sobre o investimento e, desta forma, evitando mais degradação", destaca Grazielle Parenti, Diretora de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Syngenta.

Reverte na prática

Entre as fazendas atendidas pelo Reverte, está o Grupo Biancon, primeiro cliente do programa. Segundo estudos conduzidos pela Syngenta, após dois anos de trabalho de recuperação, o solo apresentou indicadores com ótimos resultados, comprovando que os protocolos agronômicos realizados possuem grande eficácia.

"Com o suporte do Reverte estamos transformando mais de 4 mil hectares de pastagens degradadas em um sistema de integração lavoura-pecuária produtivo, rentável e sustentável. Os indicadores de saúde do solo medidos por meio da ferramenta BIOAS, da Embrapa, demostram que saímos de um solo doente para um solo em recuperação e com as boas práticas adotadas temos a convicção que o solo estará saudável nas próximas safras", afirma Igor Biancon, Diretor do Grupo Biancon.

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