BUNGE recebe terceira certificação BONSUCRO e selo de signatária do Compromisso Nacional
Faltando apenas 4% da área com feijão a ser colhida no Rio Grande do Sul, a produtividade apresenta-se muito heterogênea nas zonas de produção. Na última estimativa, a média do Estado já se encontra abaixo de uma tonelada por hectare. A qualidade do grão também é variável por região. Os produtores que tradicionalmente plantam a safrinha pelo menos estão contentes e otimistas com os valores recebidos pelo grão. Conforme o Acompanhamento Semanal de Preços da Emater/RS-Ascar, a média da saca de 60 kg do feijão-preto negociado no RS, nessa semana, obteve mais um pequeno aumento de 0,38%, passando para R$ 95,18, estando 15% acima do valor da média histórica para o mesmo período.
Nas regiões onde as precipitações foram adequadas e de bom nível pluviométrico no RS, o plantio da lavoura de trigo avançou. Em outras, a umidade ainda não é a ideal, retardando a semeadura e o desenvolvimento inicial das já implantadas. Os trabalhos com o plantio se intensificarão a partir dessa semana, devendo ser concluído até meados de julho. A comercialização mantém-se lenta na semana, com o valor da saca caindo mais 0,13% em relação à anterior, mantendo a tendência de baixa. O preço médio da saca ficou em R$ 23,72.
A geada atingiu algumas frutas na última semana. O fenômeno ocorrido no município de Terra de Areia, no Litoral Norte, prejudicou o desenvolvimento de 329 ha da cultura do abacaxi, que se encontra em estágios de desenvolvimento vegetativo e prestes a frutificar. Também sofreu impacto do clima o caqui com as geadas queimando as últimas frutas que estavam para ser colhidas na região serrana, frustrando diospirocultores que haviam planejado e implementado técnicas para postergar a colheita.
Ganha intensidade e atinge 30% o plantio da safra de alho na serra gaúcha, bastante beneficiada pelas últimas chuvas. Na mesma região, a cebola foi beneficiada por generosas chuvas, mas teve severas perdas de sementeiras pela queimada decorrente das intensas geadas, forçando muitos cebolicultores a adquirir novamente sementes da variedade crioula e repetir, embora fora da época ideal, a semeadura das sementeiras.
As fortes geadas praticamente acabaram com a produção das pastagens perenes de verão. No entanto, as chuvas das últimas duas semanas ocasionaram bom desenvolvimento das pastagens anuais de inverno como aveia e azevém. A disponibilidade de forrageiras começa aos poucos a se normalizar nas regiões onde ocorreram chuvas mais intensas, trazendo novas perspectivas em termos produtivos e em termos econômicos. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a situação é mais crítica. Com a base da alimentação voltando para as forrageiras, os produtores passam a fazer menos uso da silagem e da ração concentrada na maioria das regiões.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura