Produtores do RS recebem orientações para controle da cigarrinha-do-milho

Foram abordados temas como escolha adequada de cultivares com resistência à cigarrinha-do-milho e outros aspectos a serem observados na semente

07.07.2021 | 20:59 (UTC -3)
Emater RS

Os produtores de Rolante receberam, nesta terça-feira (06/07), orientações quanto ao Manejo Integrado de Pragas (MIP), como fazer a escolha adequada de cultivares de milho com resistência à cigarrinha-do-milho e outros aspectos a serem observados na semente do milho. Também receberam informações sobre a importância do monitoramento da lavoura para diagnosticar precocemente a praga, como realizar o tratamento das sementes e o controle da cigarrinha-do-milho, transmissora de agentes causais de doenças, denominadas de enfezamentos na cultura do milho.

As orientações foram repassadas em um evento promovido pela Emater/RS-Ascar de Rolante, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), juntamente com a Secretaria Municipal de Agricultura e Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Rolante/Riozinho (STAF), no espaço de eventos da Associação Esportiva Farroupilha.

No encontro o extensionista da Emater/RS-Ascar, Guilherme Martins Costa, explicou que a presença desse inseto está fazendo com que os técnicos da Emater/RS-Ascar orientem os produtores no manejo das lavouras, visando reduzir a incidência de doenças transmitidas pela cigarrinha na próxima safra, como escolha de híbridos tolerantes aos enfezamentos, uso de sementes tratadas com inseticidas, redução da janela de semeadura, entre outras. O inseto já casou impacto na produção de grão e silagem na safra 2020/2021.

As lavouras atacadas pelo complexo de enfezamentos apresentam como sintomas avermelhamento e amarelecimento das folhas, encurtamento de entrenós com redução do porte das plantas, multiespigamentoe a má formação de espigas e grãos, o que afeta diretamente o rendimento das lavouras.

O manejo da cigarrinha-do-milho e do complexo de enfezamentos deve ser realizado de forma Integrada e regionalizada, envolvendo produtores, instituições de pesquisa, assistência técnica, associações, cooperativas e entidades representativas do setor, segundo Martins Costa.

Dentro do manejo integrado as práticas recomendadas são a eliminação das plantas tigueras de milho após a colheita, a sincronização da semeadura e a redução da janela de semeadura entre produtores, a escolha de híbridos tolerantes, o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos, o monitoramento da presença do inseto-vetor e, no caso da presença do inseto, a complementação de controle com inseticidas biológicos e/ou químicos nos estágios iniciais da cultura em até 40 dias após a emergência.

Já o agrônomo da STAF, Victor Hugo P. Ferreira, explicou a diferença entre as cultivares de milho e para qual o propósito se destinam para o produtor poder escolher a mais adequada aos propósitos da propriedade, ressaltou a importância do milho híbrido e as vantagens frente ao ataque da cigarrinha e de outras pragas.

Além do repasse de informações, o encontro serviu para que os produtores pudessem esclarecer dúvidas.

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