Produtores de feijão do Paraná já comercializaram 90% da primeira safra

A segunda safra de feijão tem previsão de produção de 589 mil toneladas

13.04.2023 | 17:07 (UTC -3)
Cultivar

Os produtores do Paraná estão concluindo a comercialização da primeira safra de feijão 2022/2023. Foram produzidas 197 mil toneladas em uma área de 115 mil hectares. Apesar de problemas climáticos, a safra foi considerada de alta qualidade, resultando em uma melhor remuneração ao produtor. As informações provêm do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura do Paraná.

Na semana passada, os agricultores receberam em média R$ 403 pela saca de 60kg de feijão de cores e R$ 267 pelo feijão tipo preto. A segunda safra de feijão tem previsão de produção de 589 mil toneladas e deve ser colhida a partir de maio.

Em meados de maio, quando se intensifica a colheita da segunda safra, deve ocorrer uma maior oferta de feijão para o mercado. A segunda safra ocupa uma área de 296 mil hectares e a previsão de produção é de 589 mil toneladas. Até o momento, o clima tem sido favorável e 92% das áreas ocupadas com feijão encontram-se em boas condições, e 8% em médias condições. Cerca de 35% da área cultivada está em desenvolvimento vegetativo, enquanto 41% das áreas estão em floração, 21% em frutificação e 3% em maturação. Todas essas fases ainda estão vulneráveis às condições climáticas.

O plantio da segunda safra de milho 2022/23 foi finalizado no Paraná. Estima-se que foram plantados 2,5 milhões de hectares, 8% a menos do que na safra anterior. O atraso na colheita da soja resultou em uma área plantada menor do cereal. No campo, as condições de lavoura seguem boas para 97% da área; apenas 3% têm condição mediana.

Por fim, produtores de soja e trigo enfrentam dificuldades devido aos preços baixos no mercado. Foi registrada queda de aproximadamente 18% no preço recebido pelos produtores de soja. A saca, que valia R$ 172,00 em abril de 2022, hoje é comercializada por valor abaixo de R$ 140,00. Segundo o Deral, os preços menores no mercado doméstico podem ser explicados pela supersafra brasileira, pela variação cambial e por questões logísticas.

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